Mock Draft NFL 2022 do The Playoffs: versão Fabio Garcia 1.0
Após uma das offseasons mais movimentadas da história, o Draft chega para completar a montagem dos elencos
A free agency segue correndo, com nomes incríveis ainda procurando um contrato mais vantajoso numa equipe que vá disputar o título. Contudo, o Draft se aproxima, e a forma mais tradicional de construir uma boa equipe a longo prazo é justamente a seleção de jovens.
Neste ano, a profundidade está na parte defensiva do Draft, sem grandes destaques para a posição de QBs. Além disto, muitas equipes têm, até o momento, mais de uma escolha para aprimorar seus elencos e buscar o Vince Lombardi.
Neste, resolvi projetar sem trocas e, na versão 2.0, mais próxima do Draft, farei alterações projetando tudo que pode acontecer no final deste mês. Sem mais delongas, vejamos a primeira projeção de seleção.
(Foto: Matthew Visinsky/Icon Sportswire via Getty Images)
MOCK DRAFT NFL 2022 THE PLAYOFFS – VERSÃO FABIO 1.0
#1 – Jacksonville Jaguars: Evan Neal (Offensive tackle – Alabama)
Após mais uma tag aplicada em Cam Robinson, os Jaguars têm a chance de buscar uma solução a longo prazo. Neal aparece como um dos melhores prospectos, casando muito bem com necessidade da equipe em reforçar a proteção a Trevor Lawrence. Um trade down faria sentido, mas a classe de QBs talvez não ajude os Jaguars a acumular mais picks.
#2 – Detroit Lions: Aidan Hutchinson (Edge – Michigan)
Mesmo tendo dito que não queria ir para os Lions, Hutchinson chega em Detroit. A missão será parecida com algo que ele viveu em Michigan: retirar o passado recente de fracassos e alçar patamares que a equipe não conseguia. Com um jogo baseado em muito trabalho de mãos e incansável busca pelo QB, o ex-Wolverine pode mudar o patamar da defesa.
#3 – Houston Texans: Kyle Hamilton (Safety – Notre Dame)
Seguindo a linha de times que perderam bons jogadores e encontram correspondentes no Draft, os Texans optam por puxar o gatilho no safety de Notre Dame. Hamilton é um jogador muito físico, e pode ser utilizado de forma variada, apesar de muitos verem nele apenas um ‘box safety’. A saída de Justin Reid é suprida na primeira chance, e time do Texas segue sua reconstrução.
#4 – New York Jets: Garrett Wilson (Wide receiver – Ohio State)
Após a frustração de não conseguir Tyreek Hill, o time volta os olhos ao Draft para dar uma opção sólida a Zach Wilson. O produto de Ohio State talvez esteja no mesmo nível de alguns ótimos prospectos que vimos sair recentemente no Draft, e tornaria o ataque aéreo da Gang Green em algo bem mais perigoso. WR1 desde o primeiro dia.
#5 – New York Giants: Ikem Ekwonu (Offensive tackle – North Carolina State)
Na primeira seleção dos Giants, eles optam por reforçar a linha ofensiva – que parece um desastre quase todos os anos. Inúmeros sacks em Daniel Jones e lesões em Saquon Barkley parecem diretamente relacionados à impossibilidade da unidade em apresentar um bom rendimento. Ekwonu é, pra muitos, melhor até que Neal, e teria um impacto significativo desde o início.
#6 – Carolina Panthers: Malik Willis (Quarterback – Liberty)
Depois de ver Waston ir para Cleveland e deixar bem claro que não queria Baker Mayfield, os Panthers seguem a busca por um QB. Willis é o primeiro Qb de uma classe que não inspira muita confiança, mas que pode produzir em ótimo nível e virar o rosto de uma franquia. Com um jogo bastante dinâmico, talvez seja justamente a peça que falte para colocar Carolina no rumo dos playoffs.
#7 – New York Giants (via Chicago Bears): Kayvon Thibodeux (Edge – Oregon)
A segunda escolha dos Giants é a primeira da noite que foge do padrão “selecionar por necessidade”. O time conta com Ojulari, vindo de um ótimo primeiro ano, mas opta por draftar um dos melhores talentos disponíveis. Thibodeuax era projetado como escolha número 1, o que caiu um pouco por conta da sua última temporada. De todo modo, seria uma peça titular na defesa, com potencial para virar o Edge 1 da franquia.
#8 – Atlanta Falcons: Chris Olave (WR – Ohio State)
Eu sei, eu sei, você considera um reach. Mas a verdade é que Atlanta não sente confiança nos QBs da classe e, por isso, começa a criar o ataque para o QB que virá no futuro. Olave seria DE LONGE o melhor WR do grupo, e poderia fazer o trabalho projetado para Calvin Ridley, que está suspenso. Olave, Pitts e Patterson? Mariota agradece.
#9 – Seattle Seahawks (via Denver Broncos): Matt Corral (Quarterback – Ole Miss)
Ainda que várias fontes afirmem que os Seahawks gostariam de adicionar um QB veterano, o fato é que isto não aconteceu. Assim, o Draft passa a ser a única chance da franquia não ficar atolada em Drew Lock. Corral mostrou muita personalidade e capacidade de condução em determinados jogos, mas dependerá da comissão técnica para corrigir falhas e virar um QB titular de qualidade.
#10 – New York Jets (via Seattle Seahawks): Ahmad “Sauce” Gardner (Cornerback – Cincinnati)
Depois de escolher o recebedor número 1, o time vira os olhos para a defesa e seleciona o melhor talento da posição de cornerback. Gardner teve uma carreira quase perfeita em Cincinnati e, mesmo diante de Alabama, seguiu demonstrando ótima capacidade de marcação. Os Jets precisam de mais talento no setor, fechando o primeiro dia com dois jovens promissores em posições valiosas.
#11 – Washington Commanders: Derek Stingley Jr. (Cornerback – LSU)
Até poderia ser um QB, mas a chegada de Wentz – com 3 anos de contrato – afasta um pouco a possibilidade. Assim, a defesa bem que poderia melhorar, e Stingley é um ótimo nome para isto. Jogador absolutamente técnico, o produto de LSU costumava marcar – com qualidade – JaMarr Chase. Se conseguir ficar longe das lesões, é um lockdown CB na NFL.
#12 – Minnesota Vikings: Travon Walker (Edge – Georgia)
Os rumores de que Walker sairá no top 10 não me convenceram, mas os Vikings agradecem. A equipe de Minneapolis tem sofrido com lesões e perda de jogadores para pressionar o QB rival, então a chegada de Walker pode ser importante para uma mudança de cenário. Aaron Rodgers segue em Green Bay, então sua defesa PRECISA pressionar.
#13 – Houston Texans (via Cleveland Browns): Jordan Davis (IDL – Georgia)
Mesmo com adição de um defensor na primeira escolha, os Texans novamente draftam para a unidade. Davis é um monstro, capaz de parar corridas praticamente sozinho e traria uma estabilidade para a linha defensiva que não existe hoje em Houston. Com Davis e Hamilton, a reconstrução parece bem encaminhada, pelo menos no lado defensivo.
#14 – Baltimore Ravens: Tyler Linderbaum (iOL – Iowa)
Chega de lesões em Lamar Jackson! A ordem em Baltimore é proteger seu QB para poder competir numa divisão altamente qualificada. Linderbaum pode assumir o interior da OL e oferecer fisicalidade nos bloqueios das corridas que os Ravens tanto gostam de desenhar. Um grande jogador que deve ser ainda melhor quando trabalhado por John Harbaugh.
#15 – Philadelphia Eagles (via Miami Dolphins): Trent McDuffie (Cornerback – Washington)
A primeira de 3! escolhas dos Eagles vai para a posição de CB. Ainda que tenha a presença de D. Slay, a posição pode contar com mais talento, e McDuffie vem de um programa ótimo para CBs. O jogador parece polido em todos os pontos do jogo, e pode virar um defensor de primeira linha, se bem trabalhado nos primeiros anos.
#16 – Philadelphia Eagles (via Indianapolis Colts): DeVonte Wyatt (iDL – Georgia)
A renovação de Fletcher Cox demorou a sair, o que dá sinais de que a posição de iDL possa sofrer uma grande perda em breve. Assim, o time pode selecionar desde já um ótimo valor para desenvolver na posição. Wyatt jogava ao lado de Davis, e brilhava quase tanto, num front defensivo inacreditável dos Bulldogs. Com certeza, seria um jogador titular e que ajudaria muito Philadelphia.
#17 – Los Angeles Chargers: Trevor Penning (Offensive tackle – Northern Iowa)
A eliminação dos playoffs ocorreu muito por conta da péssima proteção no lado direito da OL. Herbert foi engolido por Maxx Crosby e os Chargers foram eliminados precocemente em 2021. Penning não é o jogador mais polido, mas compensa com uma fisicalidade quase sem precedentes. O jogador de Northern Iowa é focado 100% em cada jogada e, se trabalhar sua proteção ao QB, pode virar um RT de alto nível.
#18 – New Orleans Saints: Charles Cross (Offensive tackle – Mississippi State)
A reconstrução dos Saints precisa urgente de um offensive tackle, especialmente após a perda de seu RT para os Dolphins. Jameis Winston vai necessitar de tempo para suas leituras, e Cross talvez seja um prospecto interessante – neste ponto, até mais que Penning. A vida de Dennis Allen vai ser bem mais fácil se o ataque elevar seu nível e começar a jogar como sua defesa.
#19 – Philadelphia Eagles: Jameson Williams (Wide receiver – Alabama)
Como há três escolhas, os Eagles podem se dar ao luxo de pegar um jogador em recuperação de lesão e que, neste ponto, seria um grande steal no Draft. Williams era o centro que movia o ataque de Crimson Tide, combinando velocidade, boa separação e uma grande capacidade de conquistar jardas após a recepção. Com Smith, Goedert e Williams, Hurts têm armas para brilhar.
#20 – Pittsburgh Steelers: Kenny Pickett (Quarterback – Pittsburgh)
Nada é mais bonito que um jogador da “universidade local” assumir o posto de um dos maiores QBs da história da franquia. Pickett chegaria aos Steelers para brigar com Trubisky, e teria boa chance de vencer. Ao longo de sua carreira, mostrou alguns bons momentos, mas também fraquezas que somente um grande HC como Tomlin pode lapidar e chegar novamente aos offs.
#21 – New England Patriots: David Ojabo (Edge – Michigan)
Os Pats parecem ter muitas fraquezas, mas ainda assim seguem vencendo. Um recebedor faria bastante sentido, mas aposto que Belichick não resiste ao talento top 10 que cai em seu colo por conta de uma lesão no Pro Day. Ojabo é um grande jogador, que combina todos os ótimos elementos de um edge para atacar o adversário.
#22 – Green Bay Packers (via Las Vegas Raiders): Drake London (Wide receiver – USC)
Eu sou inocente o bastante para acreditar que os Packers vão selecionar um WR na primeira rodada? Sim. Após doar Davante Adams para os Raiders, a franquia de GB precisa urgente encontrar motivos para Aaron Rodgers não fazer mais dramas. Assim, London surge como um ótimo jogador, que chegaria como titular e alvo favorito desde o primeiro dia.
#23 – Arizona Cardinals: Treylon Burks (Wide receiver – Arkansas)
Depois do contrato inacreditável que Christian Kirk recebeu dos Jaguars, os Cardinals olham novamente para a posição de WR para se reforçar. Após a lesão de DeAndre Hopkins, a equipe sofreu muito para avançar no campo, e a chegada de Burks pode trazer justamente a faísca que precisa para o ataque ser explosivo e consistente ao longo do ano.
#24 – Dallas Cowboys: Zion Johnson (Guard – Boston College)
Os Cowboys precisam reforçar sua linha ofensiva, e talvez o melhor Guard do Draft seja a resposta do time. Johnson teria a capacidade de elevar o nível de proteção a Dak Prescott, algo que lhe faltou no jogo dos playoffs. Além disto, os últimos momentos de Zeke nos Cowboys poderiam ser bem melhores com um Guard agressivo liderando os bloqueios.
#25 – Buffalo Bills: George Karlaftis (EDGE – Purdue)
O time é tão bom que draftar o melhor prospecto disponível é obrigação. Após assinar com Von Miller, o time segue buscando ativos para a defesa, e adicionam depth ao grupo de Edges com o talento de Purdue. Ao longo do ano, foram inúmeras jogadas de domínio, vencendo frequentemente os OLs e causando pressões. A combinação com Rousseau e Von Miller seria incrível para finalmente levar a AFC.
#26 – Tennessee Titans: Devin Lloyd (Linebacker – Utah)
Os Titans encontram outro ótimo valor caindo para o fim da primeira rodada, e não hesitam. Considerado por muitos com o melhor LB da classe, Lloyd chegaria em Nashville para assumir o miolo defensivo de Mike Vrabel, dando estabilidade no coração da defesa.
#27 – Tampa Bay Buccaneers: Nakobe Dean (Linebacker – Georgia)
Meu jogador favorito no Draft cairia perfeitamente na defesa do agora HC Todd Bowles. Com muita energia, Dean cobre de sideline a sideline e não peca em momento algum pela falta de técnica. Mesmo um pouco menor do que o LB ideal, ele chegaria para assumir a rotação com White e David, formando um trio absolutamente assustador.
#28 – Green Bay Packers: Tyler Smith (OT – Tulsa)
Confesso que dá vontade de colocar outro WR aqui. Mas Gutekunst segue o trabalho de agradar o seu QB, oferecendo uma proteção no lado direito da linha. Smith tem características físicas que o GM dos Packers adora, e há espaço para desenvolver o jogador bem o bastante para se tornar um titular sólido. Com Bakhtiari saudável na esquerda, Smith assumiria a função de Right Tackle desde sua seleção.
#29 – Kansas City Chiefs (via Miami Dolphins, via San Francisco 49ers): Jermaine Johnson (Edge – Florida State)
Com os melhores prospectos já draftados na posição de WR e contratações que podem render muito com Reid, os Chiefs abrem a primeira de duas seleções defensivas. Johnson seria a solução para um problema crônico: pressionar o QB. Frank Clark jogou muito menos do que se esperava, e a pressão é praticamente exclusiva de Chris Jones. Johnson chega, farda e pressiona.
#30 – Kansas City Chiefs: Andrew Booth Jr. (Cornerback – Clemson)
Um CB é uma necessidade grande nos Chiefs, e a equipe encontra no ex-Tiger um bom talento. Booth se destacou mesmo em um ano muito abaixo de Clemson, mostrando qualidades que o fariam assumir a missão de enfrentar K. Allen, C. Sutton e D. Adams duas vezes por ano.
#31 -Cincinnati Bengals: DeMarvin Leal (iDL – Texas A&M)
Após inúmeras adições positivas na linha ofensiva, os Bengals olham para o outro lado da bola e fortalecem sua defesa. Após os dois jogadores de Georgia, Leal surge como a melhor opção para iDL e poderia aumentar significativamente a qualidade contra a corrida.
#32 – Detroit Lions: Desmond Ridder (QB – Cincinnati)
Ainda que Goff tenha alguns anos sobrando no contrato, os Lions adicionam competição para ele. Ridder teve ótimas marcas em Cincy e poderia roubar a titularidade ainda em 2022. A resposta a longo prazo, com certeza, não será Goff, por que não arriscar num jogador com talento e espaço para crescer?