Michael Bennett diz que deve manter protesto durante hino americano
Defensor aderiu aos protestos contra o racismo e ficou sentado durante o hino na abertura da pré-temporada
A polêmica dos protestos durante o hino nacional americano continua na NFL em 2017, dessa vez com mais gente aderindo. O último a fazer foi Michael Bennett, defensor do Seattle Seahawks, que ficou sentado enquanto o hino tocava antes do jogo contra o Los Angeles Chargers, vencido pela sua equipe por 48 a 17, neste domingo.
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Esses protestos começaram com o quarterback Colin Kaepernick na pré-temporada de 2016, quando ele dizia ficar sentado durante o hino nacional por “não querer saudar e adorar uma bandeira de um país que oprime pessoas negras”. Esses protestos tendem a continuar acontecendo, mas em maior escala, como já aconteceu durante a NBA e a WNBA na última temporada.
No caso de Bennett, esse protesto também acontece depois de manifestações do grupo neonazista conhecido como “Supremacia Branca”, que nos últimos dias causou polêmica nos Estados Unidos. O defensor falou sobre a situação depois da partida.
“Eu quero continuar usando a NFL para levar a mensagem para frente. Quero mostrar o quão altruísta você pode ser como uma sociedade. Como nós podemos continuar amando um ao outro e entendendo que as pessoas são diferentes, e só porque as pessoas são diferentes, não quer dizer que você não deve gostar delas. Porque elas não cheiram como você cheira, não comem do jeito que você come e não adoram o mesmo Deus que você adora, não significa que você deve odiá-la. Sejam eles muçulmanos, budistas ou cristãos, eu só quero que as pessoas entendam que, não importa o que aconteça, estamos nisso juntos. Quero que as pessoas sejam seres humanos agora.”, disse Bennett.
Bennett já havia apoiado Kaepernick durante o movimento no ano passado, dizendo que a NFL estava o deixando de lado para acabar com esses protestos, o que muitos dizem ter sido a causa pela qual Kaep continua sem clube. Michael não é o primeiro dos Seahawks a protestar. Em 2016, Richard Sherman, Kam Chancellor e Doug Baldwin foram alguns dos nomes a fazerem isso. Nomes importantes de outras equipes também se juntaram, como Kenny Stills, do Miami Dolphins, e Marcus Peters, do Kansas City Chiefs.
Em outras ligas, a opinião sobre esse assunto se dividiu. Na NBA, o protesto foi liberado e muitos apoiaram, como LeBron James. Já na MLB, os jogadores foram proibidos de seguir o exemplo, irritando algumas pessoas, como Adam Jones, jogador de campo central do Baltimore Orioles, vítima de insultos racistas vindos da torcida do Boston Red Sox, e Archie Bradley, arremessador de bullpen do Arizona Diamondbacks.
Nada veio fácil na carreira de Michael Bennett. O jogador não foi draftado e teve que assinar com o Tampa Bay Buccaneers pouco antes da temporada 2009 começar. Desde então, se tornou um dos melhores em sua posição e tem um total de 253 tackles e 45.5 sacks na carreira.