Malcolm Jenkins critica Jerry Jones por política para o hino nacional nos Cowboys
Safety criticou fortemente mandatário rival e se disse sortudo por não jogar em Dallas
Apesar da temporada ainda não ter começado, a rivalidade entre as franquias está bem ativa. Na última sexta-feira (28), o safety Malcolm Jenkins, do Philadelphia Eagles, foi aos microfones e fez duras críticas ao dono do rival Dallas Cowboys, Jerry Jones, por impor aos jogadores de seu time que fiquem de pé durante o hino nacional americano. As manifestações vieram logo após a declaração de Jones exigindo a postura de seus jogadores, considerado por Jenkins como atos de um bully.
“Jeffrey Lurie [dono dos Eagles] tem nos dado muito suporte desde o começo. Eu não vejo Jeffrey como um bully igual Jerry Jones. Sorte a minha que não jogo pelos Cowboys, nem quero jogar. Eu acho que é infeliz termos donos de franquias como ele que usam sua posição para intimidar e intencionalmente frustrar até mesmo a ideia de seus jogadores pensarem individualmente ou terem voz sobre questões que afetam suas comunidades diariamente. É triste. Para este donos, felizmente, há pessoas que desafiam isto, e estes terão todo o meu apoio”, disparou o jogador.
Na última semana, Jones declarou que os jogadores dos Cowboys seriam obrigados a permanecerem de pé e que não iria apoiar os jogadores que escolhessem ficar no vestiário durante a execução do hino, conforme autoriza a política da NFL lançada no último mês de maio.
Jenkins, por outro lado, é co-fundador da Coligação dos Jogadores, um grupo dedicado a abordar questões de desigualdade social que afetam os jogadores e suas comunidades. Desde o lançamento da política referente ao hino nacional, o defensive back se posicionou contrário. “É complicado quando você tem donos como Jerry Jones, que falam tão fortemente e têm sido tão firmes sobre isto, e ao mesmo tempo você tem donos tão quietos sobre o assunto. Bem, Jones agora é a voz dos proprietários das franquias da NFL, então a menos que você tenha outros proprietários com declarações definitivas de apoio, eles irão permitir que Jones empurre a narrativa não somente aos proprietários, mas a toda NFL”, comentou o jogador.
Ainda, quando perguntado se Lurie poderia ser um destes donos, o produto de Ohio State foi firme novamente: “Ele está incluído nisto. Eu acho que cada proprietário tem voz, e eles terão de decidir o que querem fazer. Eu penso que silêncio é conformidade. Se você não fala sobre algo, permite isto”.
Na próxima semana, a NFL e união dos jogadores deverão se reunir para discutir a política do hino nacional. Recentemente, ambos decidiram, por momento, congelar a política dos proprietários. As discussões sobre o polêmico assunto deverão se manter durante muitas semanas ainda, sem sabermos ao certo, por enquanto, como será a política no kickoff da NFL em 6 de setembro.
(Foto: Reprodução Twitter/Malcolm Jenkins)