Maioria dos americanos agora apoia protestos como de Kaepernick, aponta pesquisa
Levantamento feito pelo Yahoo mostra que 52% dos entrevistados são a favor de manifestações contra injustiça racial
Uma pesquisa feita pelo Yahoo News/You Gov, divulgada nesta quinta-feira (11), apontou que 52% dos entrevistados nos Estados Unidos apoiam protestos contra a injustiça racial como o do quarterback Colin Kaepernick. Quatro anos atrás, quando o jogador ajoelhou pela primeira vez, apenas 28% das pessoas que participaram da pesquisa julgaram “apropriada” a manifestação.
Apesar de mais da metade dos 1.570 entrevistados responderem favoravelmente a “é OK um jogador da NFL ajoelhar durante o hino nacional para protestar contra mortes de afro-americanos por policiais”, outros 36% afirmam ser “inapropriada” esse tipo de manifestação. Cerca de 12% dos entrevistados responderam “não tenho certeza” sobre os protestos.
Quanto à divisão por sexo, 52% dos homens e 52% das mulheres que participaram da pesquisa são a favor dos protestos, enquanto 37% dos americanos e 34% das americanas se declararam contra. Já entre os jovens, o percentual de apoio às manifestações é o mais alto entre os grupos, atingido 68% das pessoas entre 18-29 anos. Número que cai entre os participantes com mais de 65 anos: 36 %.
Entre os grupos étnicos, 77% dos negros são favoráveis aos protestos, enquanto 47% dos brancos entrevistados apoiam as manifestações. Os hispânicos fecham a lista entre os pesquisados com 57% de respostas positivas ao Black Lives Matter.
Cerca de 77% dos que se auto-declararam democratas são a favor dos protestos, enquanto apenas 20% dos republicanos, partido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responderam positivamente às manifestações.
O Yahoo News/YouGov também fez a pergunta: “Você deu apoio ou foi contra Colin Kaepernick quando ele protestou contra a injustiça racial ajoelhando durante o hino nacional em 2016?”. E 42% das pessoas responderam que foram a favor na época, número que contrasta com os 28% da pesquisa da época.
(Foto: Reprodução Twitter/Colin Kaepernick)