Nesta segunda-feira (1), o quarterback titular do Arizona Cardinals, Kyler Murray, testou positivo para Covid-19 e ficará, pelo menos, os próximos cinco dias em isolamento. O diagnóstico positivo se dá no início do período de training camps.

Na última semana, o QB assinou um novo contrato, que o reserva mais de US$ 230 milhões, com a franquia. Uma das cláusulas obrigava o quarterback a dedicar um tempo mínimo a estudos antes dos jogos, mas acabou sendo retirada dos papéis.

O termo fazia referência às atividades fora de campo do quarterback. O jogador deveria “completar no mínimo quatro horas de estudo independente, todas as semanas, excluindo byes, durante cada temporada, enquanto durar o contrato”. Os Cardinals definem a temporada como o período a partir da primeira segunda-feira após o training camp e indo até o último jogo do time, incluindo playoffs.

Além disso, a franquia determinou outras condições para que Murray obtenha crédito pelas horas dedicadas. O jogador deveria prestar atenção ao material exibido, e não poderia se envolver com atividades que pudessem distraí-lo durante o estudo – como assistir televisão, jogar videogames ou navegar na internet.

De acordo com Adam Schefter, da ESPN americana, o novo contrato vale US$ 230,5 milhões, sendo US$ 160 milhões garantidos. O salário anual, de US$ 46,1 milhões, ficará em segundo lugar entre os quarterbacks – atrás apenas de Aaron Rodgers, do Green Bay Packers.

Murray e os Cardinals estiveram no centro das discussões durante esta offseason. Depois de perder o duelo de Wild Card para o Los Angeles Rams, encerrando uma temporada em que Arizona venceu seus primeiros sete confrontos antes de cair consideravelmente de nível e sair derrotado em seis dos dez confrontos seguintes, o QB disse a repórteres que foi um ano de “enorme fracasso”.

Não parou por aí. No dia do Pro Bowl, Murray removeu qualquer referência aos Cardinals em sua conta no Instagram. Em fevereiro, Chris Mortensen, da ESPN americana, informou que o camisa 1 estava envergonhado com a derrota do time nos playoffs e o colapso no final da temporada, sentindo que foi o bode expiatório da derrota e nada satisfeito na franquia.

No final de fevereiro, seu agente, Erik Burkhardt, divulgou um comunicado público dizendo que o QB queria uma extensão a longo prazo e havia enviado aos Cardinals uma proposta de contrato. Ele perdeu grande parte das OTAs (atividades organizadas voluntárias de offseason) enquanto aguardava um desfecho entre as duas partes.

O jogador de 24 anos entra em sua quarta temporada na NFL e a franquia de Arizona já havia exercido a opção de quinto ano do seu contrato de calouro. Ele foi selecionado duas vezes ao Pro Bowl e eleito o Offensive Rookie of the Year em 2019 e é primeira escolha geral do Draft 2019, e não demorou a chegar ao patamar de um lançadores mais letais da liga.

(Foto: Reprodução Site / Arizona Cardinals)