Jameis Winston volta atrás após discurso machista em escola primária
Quarterback dos Buccaneers fez trocadilho sexual e insinuou submissão das mulheres, mas lamentou "má escolha de palavras"
Poucas pessoas públicas têm tanta influência sobre jovens (crianças e adolescentes) como esportistas – principalmente se for do atual esporte mais popular do país, que é o futebol americano no caso dos Estados Unidos. No entanto, nem sempre essa influência é positiva, e foi assim que o quarterback Jameis Winston, do Tampa Bay Buccaneers, deu o mau exemplo em uma escola primária ao fazer um discurso de alto teor machista.
“Todos os meninos aqui, levantem. As meninas, sentem”, disse o atleta, em um trocadilho sexual. “Mas todos os meninos, levantem-se. Somos fortes, certo? Somos fortes! Somos durões, certo? Todos os meus garotos, digam a mim uma vez: eu posso fazer qualquer coisa que pôr na mente. Agora, vários meninos acabam tendo voz fina. Vocês sabem o que estou dizendo? Mas um dia vocês terão uma voz imponente como esta [se referindo a si mesmo]. Mas as senhoritas, elas deveriam ser silenciosas, educadas, gentis. Meus homens, meus homens devem ser fortes”, continuou Winston ao longo do discurso.
Após as falas de cunho sexista, o quarterback foi alvo de uma série de crpiticas. Ciente disso, o atleta tentou justificar o erro dizendo que o discurso foi uma mera “má escolha de palavras” e disse que boa parte do que falou foi com o objetivo de atingir um público jovem desinteressado.
“Eu estava fazendo esforços para interagir com um público jovem e masculino que não estava disposto a prestar atenção, e eu não queria isolá-los, então pedi que todos os meninos se levantassem. Durante a minha palesta, eu fiz uma má escolha de palavras que pode ter ofuscado minha mensagem positiva para alguns”, justificou o quarterback de 23 anos.
Antes de chegar ao Tampa Bay Buccaneers, Jameis Winston passou por uma série de problemas também na Universidade de Florida State, quando ele foi acusado, em 2012, de abusar sexualmente de uma menina da instituição, mas nunca foi preso por falta de provas. O caso se encerrou quando a Universidade pagou US$ 950 mil para a resolução do processo que a suposta assediada tinha movido.
Crédito da Foto: Divulgação/Tampa Bay Buccaneers.