Goodell diz que decisão dos Patriots de aceitar punição não tem interferência em apelo de Brady
Comissário da NFL reitera validade da decisão no caso Deflategate, mas diz estar com a "mente aberta"
O comissário da NFL Roger Goodell disse a repórteres na quarta-feira (20), na Reunião de Primavera da Liga, que o proprietário do New England Patriots, Robert Kraft, não encontrou uma maneira de afetar no processo de apelação de Tom Brady, sendo assim ele acabou aceitando a punição da Liga pelo caso “Deflategate”. Porém, Brady segue com seu processo junto à NFL Players Association e ainda pretende recorrer da suspensão de quatro jogos que sofreu.
“Este processo tem sido estabelecido, ele vai voltar para o comissário Pete Rozelle. Se existir qualquer nova informação que não estava no relatório, iremos ouvir e estudar, é por isso que nós vamos manter a mente aberta”, explicou Goodell, reforçando que os Patriots, ao jogarem a toalha, em nada afetam a situação de Brady, já que são situações diferentes.
Suspendendo Brady, obviamente, o comissário priva a liga de um dos seus melhores jogadores para o primeiro trimestre da temporada. Goodell foi perguntado nesta quarta-feira como olharia para tal situação, mas ele parecia determinado a seguir adiante com a punição. “Escute, ninguém gosta de estar suspenso de um jogo que eles adoram, é difícil,” disse ele. “Esta decisão vem depois de uma grande dose de pensamento, consideração e de reconhecer que essa é uma decisão difícil. E nós estamos tomando muito cuidado com esta situação”.
“Tenho grande admiração e respeito por Tom Brady, mas as regras têm de ser aplicadas de forma uniforme e se aplicam a todos na Liga. Elas se aplicam a todos os clubes, cada treinador e cada jogador individualmente, o jogo esta à frente de tudo”, reforçou Roger Goodell.
Lembrando que a punição do New England Patriots é uma multa de US$ 1 milhão e a perda da escolha de primeira rodada de 2016 e da escolha de quarta rodada de 2017.
Mais Goodell
Durante o evento, o comissário falou sobre o foco da reunião ser sobre o crescimento global da NFL. Goodell identificou um mercado em ascensão na Alemanha, bem como renovado interesse em jogar um outro jogo no México. Em 2005, o 49ers e os Cardinals jogaram no Estádio Azteca, na Cidade do México. O Rio de Janeiro também foi citado em uma das falas, o que reforça a possibilidade vermos um jogo de Pro Bowl no Brasil.
Roger Goodell também disse que não acha que é” inevitável “que uma equipe se mude para Los Angeles”, ao contrário do que disse Jim Irsay, proprietário dos Colts.