Fantasy Football 2022: alvos de troca semana 9
Depois de muitas movimentações na trade deadline da NFL, as trocas não param no fantasy football!
A última terça-feira (1) marcou o último dia de trocas na National Football League, representando a trade deadline com o maior número de jogadores mudando de time em todos os tempos, dia este que nos apresentou algumas surpresas, tanto no que se refere aos jogadores efetivamente trocados, quanto àqueles atletas e times bastante especulados, mas que não apresentaram mudanças (Kareem Hunt nos Rams – que era forte aposta deste que vos escreve –, por exemplo, não rolou 😕).
No fantasy football, porém, ainda temos pelo menos quatro semanas para movimentar o mercado e, chegando numa semana repleta de equipes de folga (Giants, Cowboys, 49ers, Browns, Steelers e Broncos), saber navegar a “byepocalipse”, ponderando-a com o retrospecto atual de vitórias e derrotas do seu time se torna imprescindível.
Também com as trocas ocorridas na própria NFL em mente, além dos desempenhos recentes que fazem a cotação de determinado atleta cair ou subir, que o The Playoffs está mais uma vez aqui para te ajudar a identificar os melhores alvos para “compra” ou “venda”.
Vamos a eles logo logo, mas se vocês estiver curioso(a) para saber os jogadores mais afetados pela trade deadline pensando em fantasy, te convido a clicar no link e dar uma olhada num tweet deste humilde redator, que procura resumir tudo isso.
Foto: Reprodução Twitter/Around the NFL
Running Backs para “comprar na baixa”:
D’Andre Swift (DET)
Novamente aparecendo por aqui, o camisa 32 segue como alvo para aquisição. Além das razões anteriormente já expostas, com destaque para seu imenso talento, o fato de já ter folgado na semana 6 e a circunstância de que eventualmente recuperará a plena forma física e deixará de dividir de maneira tão igualitária snaps e oportunidades com o companheiro de backfield Jamaal Williams, a trade deadline fez surgir outro aspecto importante: a saída do tight end TJ Hockenson, que agora faz parte do elenco dos Vikings, tende a abrir mais espaços para que Swift demonstre uma de suas principais virtudes: receber passes pelo centro do campo.
Rachaad White (TB)
Sugestão mais especulativa do que de costume, até porque é possível encontrar o calouro dos Buccaneers nas waivers ou free agency de ligas rasas, White vem ganhando espaço no backfield do time de Tom Brady, especialmente no jogo aéreo, algo tão valorizado pelo quarterback recém-divorciado. Considerando, também, que Leonard Fournette jamais passou ileso de lesões por uma temporada inteira, o camisa 29 surge como um possível “league winner” na hipótese do veterano titular ter que se ausentar por um ou mais jogos, especialmente nas semanas 15 a 17, que representam os playoffs do nosso game, sequência na qual Tampa Bay enfrenta as convidativas defesas – especialmente para RBs – de Bengals, Cardinals e Panthers. Portanto, se você estiver com uma campanha folgada de vitórias em relação a derrotas, faça uma oferta por White “no precinho” e guarde o bilhete de loteria no seu banco de reservas.
Outros RBs para “comprar na baixa”: Cordarelle Patterson (ATL), Jeff Wilson (MIA), Elijah Mitchell (SF)
Running Backs para “vender na alta”:
Antonio Gibson (WAS)
Mesmo reconhecendo os problemas com fumbles que o camisa 24 apresentou recentemente, este redator segue sem entender a razão pela qual uma arma ofensiva tão explosiva – como “Gibby” já demonstrou ser – recebe tão curto número de chances de tocar na bola. Encarando esta realidade de frente, já que a esperança de ver o terceiranista em outra franquia não se concretizou no prazo fatal para trocas na NFL e ele continua sendo parte de um “backfield de três cabeças” em Washington, junto com Brian Robinson e JD McKissic, é hora de aproveitar o fato de que ele vem de dois jogos nos quais somou raros touchdowns recebidos para oferecê-lo a outros times da sua liga enquanto a cotação não volta a baixar, o que invariavelmente acontecerá em razão da situação na qual se encontra: média inferior a 50% dos snaps em um ataque pouco inspirador, mas como muitas “bocas para alimentar”.
Tony Pollard (DAL)
Em situação semelhante à de Gibson, Pollard teve a chance de provar, contra os Bears, na semana 8, que, nesta altura da carreira de ambos, é muito melhor do que o companheiro Ezekiel Elliott, o qual esteve ausente por uma lesão no joelho que não deve representar problema para que retorne a campo na semana 10, após a bye dos Cowboys. Acontece que o polpudo salário recebido pelo veterano, combinado com a palavra com força de lei de Jerry Jones, dono da franquia, praticamente garantem que, uma vez que Zeke volte, este continuará tendo mais oportunidades do que Pollard. Assim, mesmo que o camisa 20 siga sendo o melhor bilhete de loteria do fantasy na hipótese de uma ausência mais estendida por parte do companheiro de backfield, talvez você consiga um retorno surpreendente por parte de alguém que seja menos cético e mais esperançoso em relação às chances de Pollard assumir o protagonismo após seu espetacular desempenho de três touchdowns e mais de 130 jardas terrestres na última jornada.
Outros RBs para “vender na alta”: Derrick Henry (TEN), D’Onta Foreman (CAR), Jamaal Williams (DET), Melvin Gordon (DEN)
Wide Receivers para “comprar na baixa”:
Davante Adams (LV)
Vítima e parte integrante de uma performance absolutamente deplorável do ataque dos Raiders, que saiu zerado do jogo contra os Saints, Adams apresentou a pífia pontuação de 1.2 no fantasy, certamente aquela que, lesões à parte, representará sua pior na temporada. Com isso, e também lembrando que uma febre atrapalhou os treinos de Adams e de significativa parte do elenco da franquia de Las Vegas ao longo da semana passada, surge a chance de adquirir um WR top 10, com teto de top 5, junto a um GM que talvez sofra de um pouco mais de ansiedade do que o recomendável.
Chris Olave (NO)
Dono de uma das maiores proporções de alvos na NFL até este momento, o calouro falhou em ultrapassar os dez pontos de fantasy contra a generosa defesa dos Raiders, muito por que os Saints conseguiram administrar a partida com tranquilidade diante do inoperante ataque do adversário, como já citado. Sem notícias muito animadoras quanto ao retorno aos campos de Michael Thomas e Jarvis Landry, que seguem lesionados, o calouro que veste a camisa 12 do time da Louisiana tem tudo para voltar a ultrapassar os 15 pontos no curto e médio e prazo, pois, além da boa situação quanto a targets destinados a ele, conta com um calendário favorável. Procure aproveitar a chance.
Outros WRs para “comprar na baixa”: Amon-Ra St. Brown (DET), Keenan Allen (LAC), Gabe Davis (BUF), Christina Kirk (JAX), George Pickens (PIT), Courtland Sutton (DEN), Wan’Dale Robinson (NYG)
Wide Receivers para “vender na alta”:
AJ Brown (PIT)
O camisa 11 é, sem dúvidas, um dos recebedores mais talentosos da liga, o que ficou bastante claro na partida contra os Steelers. Acontece que não será sempre que enfrentará uma secundária tão fraca, que lhe permitiu o melhor desempenho estatístico de toda a carreira, com três TDs e mais de 150 jardas em apenas seis recepções. Ainda mais importante, Brown continua inserido em um ataque no mínimo balanceado entre passes e corridas, no qual os touchdowns costumam sair, em média, mais pelo chão do que pelo ar, sendo que, neste último caso, tendem a ser muito mais divididos com DeVonta Smith e Dallas Goedert ao longo do espaço amostral de toda a temporada. Com isso, há a oportunidade de oferecer um WR top 12 a preço de top 5. Busque aproveitá-la.
Chase Claypool (CHI)
“Chega para ser o evidente alvo número 1 da equipe”. “Pagaram caro nele (uma escolha de segundo round), então, será muito utilizado”. “Já demonstrou um grande talento”. Essas são algumas das frases que você pode ouvir – e usar como argumento de negociação – a respeito da troca do terceiranista, dos Steelers para os Bears. Acontece que ao menos parte deles também servia para Darnell Mooney antes de a temporada começar, mas o que vimos foi uma completa priorização do jogo terrestre no ataque da nova comissão técnica que assumiu para 2022. Mesmo que Justin Fields venha melhorando o desempenho nas últimas partidas, isto se dá muito mais pelo chão do que pelo ar. Assim, para o fantasy, Claypool não deve experimentar significativa mudança nos números pouco consistentes que vinha apresentando, ainda que tenha deixado de ser a terceira ou quarta opção do jogo aéreo dos Steelers para se tornar a primeira dos Bears.
Outros WRs para “vender na alta”: Amari Cooper (CLE), Brandon Aiyuk (SF), Jerry Jeudy (DEN), DJ Moore (CAR), Tyler Boyd (CIN), Rondale Moore (ARI), JuJu Smith-Schuster (KC), Mecole Hardman (KC), Romeo Doubs (GB)
Tight Ends para “comprar na baixa”:
Pat Freiermuth (PIT)
Principal beneficiário da saída de Claypool dos Steelers, “Muth” já vinha conseguindo se virar muito bem em termos estatísticos, apesar da forte concorrência de outros bons recebedores do elenco e do complicadíssimo calendário enfrentado por Pittsburgh, particularmente a partir do instante que Kenny Pickett se tornou o QB titular. Agora, porém, ele tende a ser o ponto focal pelo centro do campo em função da ausência do WR que mais ocupava o slot na temporada até o momento. Principalmente, se você possuir um retrospecto positivo de vitórias e derrotas, tente aproveitar a semana de folga do talentosíssimo segundanista para incorporar um tight end que pode se consolidar na segunda prateleira da posição daqui até o final do ano.
Outros TEs para “comprar na baixa”: Mark Andrews (BAL), Tyler Higbee (LAR)
Tight Ends para “vender na alta”:
Dawson Knox (BUF)
Knox já vinha sendo uma opção completamente dependente de touchdowns para produzir no fantasy. Então, quando isso acaba de acontecer, como é o caso das últimas duas vezes em que esteve em campo, automaticamente surge a oportunidade de “vendê-lo na alta”. Acontece que, após a trade deadline, seu número esperado de recepções, que já era bem baixo, tende a cair ainda mais, em função da adição de Nyheim Hines ao elenco dos Bills. Isto porque existe uma correlação entre targets e recepções de tight ends na comparação com running backs especialistas no jogo aéreo. Utilize esses últimos bons – mas dependentes de TDs – pontos de Knox para tentar “transformá-lo” em um TE menos volátil.
Outros TEs para “vender na alta”: Kyle Pitts (ATL), Zach Ertz (ARI), Isiah Likely (BAL)
Quarterbacks para “comprar na baixa”:
Matthew Stafford (LAR)
Saindo da semana de folga, Stafford teve o primeiro jogo, em 2022, no qual lançou ao menos um touchdown e nenhuma interceptação. Confiando que a bye week tenha sido um importante momento para ajustes por parte de Sean McVay e companhia e considerando que a cotação do camisa 9 segue baixíssima, há uma boa chance de adquirir bastante barato um quarterback cujo time estará em campo em todas as rodadas até dezembro e que tem adversários muito convidativos na agenda, pelo menos até a semana 14.
Outros QBs para “comprar na baixa”: Josh Allen (BUF), Tom Brady (TB)
Quarterbacks para “vender na alta”:
Tua Tagovailoa (MIA)
Já tendo deixado claro que, apesar do teto alto fornecido pela explosiva dupla de recebedores que possui (Hill e Waddle), apresentado em duas partidas até aqui, incluindo a da última rodada contra os Lions, Tua também já nos mostrou que seu piso é preocupante, na casa dos 10 a 15 pontos, como foi o caso dos outros três jogos em que esteve plenamente saudável. Também considerando que ainda cumprirá folga – na semana 11 –, é hora de aproveitar o mencionado teto para oferecê-lo por alguém com mais consistência.
Outros QBs para “vender na alta”: Kyler Murray (ARI), Dak Prescott (DAL)