Fantasy Football 2021: alvos de troca semana 4
Os rumos da temporada começam a ser traçados e temos cada vez menos tempo a perder se quisermos almejar o título da nossa liga de fantasy. Então, chega mais para conferir quem você deve mirar para incorporar ao seu elenco antes da semana 4 da NFL
Nem mesmo um quarto da nova temporada regular da NFL – agora com 18 semanas e 17 jogos para cada time – foi alcançado ainda. Porém, temos sempre que lembrar que, para o fantasy football, a temporada tem uma semana a menos e a primeira fase termina, em regra, na semana 14.
Portanto, ainda que um início 0-3 ou 1-2 seja perfeitamente reversível, esse é um dos principais momentos para que janelas de oportunidade sejam aproveitadas, especialmente se você atingiu esse recorde negativo sem fazer um mínimo de movimentações via waivers ou trocas, já que, daqui a pouco, pode ser tarde demais.
Por janelas de oportunidade entenda desempenhos aquém do esperado, na última rodada, por parte de jogadores cujo talento e/ou utilização já estejam sedimentados e saibamos que a regressão à média de produção estatística – e consequentes pontos para o fantasy – tende a ocorrer, mais cedo ou mais tarde. Afinal, as tendências ofensivas da maioria das franquias da NFL em 2021 estão cada vez mais claras depois de três semanas.
Em contrapartida, lesões a jogadores relevantes para o nosso game, como A.J. Brown, Jerry Jeudy, Sterling Shepard e James White também podem ter bastante influência na hora de tomar decisões sobre trocas, especialmente se o seu início não foi dos melhores. Pode ser que você não tenha tanto tempo para esperar o retorno deles aos gramados. Busque envolvê-los em acordos com times de recorde positivo, mas sem ceder demais no tamanho do “desconto”.
A exceção fica por conta da superestrela Christian McCaffrey. Considerando que sua ausência não deve ser longa, ainda que você não tenha conseguido buscar seu reserva imediato Chuba Hubbard nas waivers, por ele vale a pena esperar independentemente dos resultados iniciais da sua liga ou, ao menos, não conceder qualquer espécie de desconto na hora de negociá-lo, pois continua sendo o principal cheat code do fantasy football.
Vamos, então, aos alvos de “compra na baixa” e “venda na alta” para a semana 4 da NFL em 2021.
Foto: Reprodução/ Instagram Stefon Diggs
Running Backs para “comprar na baixa”:
Joe Mixon (CIN)
Ainda que seu número de snaps tenha caído para menos de 75% pela primeira vez na temporada nesta última rodada, o camisa 28 – por mais que não conte com muito carinho dos praticantes de fantasy, pois costumou deixá-los na mão com alguma frequência nos últimos anos – continua dominando completamente o backfield dos Bengals.
Com uma média superior a 20 toques na bola por partida e envolvido em diversas situações de jogo, é um dos pouquíssimos “cavalos de batalha” na liga que cada vez mais valoriza comitês de RBs. E quando nos deparamos com o fato de que, para a surpresa de muitos, a franquia de Ohio parece ter alterado bastante o DNA ofensivo em relação à última temporada – na qual foi um dos ataques mais pass happy da NFL –, com um investimento muito maior em corridas em 2021, também ajudado por desempenhos defensivos acima do esperado, fica fácil entender por que Mixon surge como uma das melhores oportunidades de compra da semana.
Apesar das circunstâncias citadas, dos 7 TDs anotados pelos Tigres de Bengala até aqui, apenas um foi por via terrestre, com o camisa 28 tendo passado em branco nos dois últimos jogos. É hora de aproveitar, pois essa proporção de touchdowns tende a normalizar nas próximas partidas, ainda mais ao checarmos o calendário de Cincinnati, que apresenta Jaguars, Packers, Lions, Ravens e Jets em sequência, equipes que não vêm tendo muito sucesso em barrar a produção de RBs. Mas corra! Porque o primeiro desses jogos já é no Thursday Night Football desta quinta-feira.
Jonathan Taylor (IND)
Sensação de filme repetido é o que se tem ao olhar para o segundanista dos Colts. Assim como no ano passado, JT parece iniciar o ano em marcha lenta. Mas, se lembrarmos que, na segunda metade de 2020, ele arrancou para terminar a temporada entre os dez melhores corredores para o fantasy football, ainda é cedo para que se desista completamente do camisa 28. Muito pelo contrário: talvez seja o momento de conseguir incorporá-lo ao seu elenco pelo menor “preço” possível.
Ainda que pareçam ter se confirmado as suspeitas deste que vos escreve no sentido de que a posição em que saiu do board nos drafts lá de agosto estava alta demais, já que Nyheim Hines continua sendo um fator muito relevante no ataque de Indianapolis e que a transição de quarterback poderia demorar para encaixar, isso sem falar nas lesões que vêm atormentando peças-chave da unidade ofensiva, como Quenton Nelson e o próprio Carson Wentz, é inegável que o talento de Taylor continua presente.
Conseguindo um número de jardas por carregada (4,36) bastante respeitável considerando todos os problemas que sua equipe enfrentou nas últimas semanas – e continua enfrentando –, com o principal deles sendo o desempenho muito aquém do esperado por parte da linha ofensiva, Taylor, mesmo sem ter marcado TD algum até aqui, ainda assim figura no top 30 entre RBs. Na esperança de que o ataque se recupere, ainda que minimamente, tanto física quanto tecnicamente ao longo da temporada, tempos melhores muito provavelmente virão para um dos mais talentosos corredores da liga.
Outros RBs para “comprar na baixa”: Nick Chubb (CLE), David Montgomery (CHI), Josh Jacobs (LV), Damien Harris (NE), Ty’Son Williams (BAL)
Running Backs para “vender na alta”:
Clyde Edwards-Helaire (KC)
O “despertar” de CEH após desempenhos bastante preocupantes nas duas primeiras semanas – depois das quais, diga-se, foi desvalorizado até demais em trocas por aí – não tende a durar. Explica-se: ao se observar o plano de jogo da defesa dos Chargers na última rodada, elaborado pela ótima mente defensiva do técnico Brandon Staley, surge a principal explicação para que o segundanista tenha ultrapassado as 100 jardas totais e anotado um TD aéreo.
Visando a impedir passes em profundidade que resultam nas big plays para TD que já nos acostumamos a ver Patrick Mahomes lançar semana sim, semana também, Staley reforçou sua secundária e “ofereceu” espaços para que os Chiefs corressem com a bola. Deu tão certo que, no final das contas, os Chargers venceram o confronto divisional importantíssimo.
Para piorar, os próximos adversários de Kansas City (Eagles, Bills e Washington) tendem a fazer com que o time volte às velhas tendências de buscar sucesso pelo ar, marcando o provável retorno dos desempenhos aquém do esperado por parte do camisa 25. Portanto, se você conseguir “vendê-lo” por um bom valor antes da próxima rodada, aproveite.
James Conner (ARI)
Sempre que um RB que vem sendo usado em papel bastante específico – neste caso como o chamado goal line back – anota dois touchdowns numa partida e inflaciona sua pontuação de fantasy no processo, naturalmente surge uma boa oportunidade para negociá-lo.
Não se engane com os números do camisa 6, que vem atuando em pouco mais de 40% dos snaps ofensivos e com quase nenhum envolvimento no jogo aéreo. Este, inclusive, vem sendo o principal fator de produção estatística de seu companheiro de backfield Chase Edmonds, que é claramente o líder do comitê. Tire proveito caso surja uma boa oferta por Conner.
Outros RBs para “vender na alta”: James Robinson (JAX), Melvin Gordon (DEN), Cordarrelle Patterson (ATL), Jamaal Williams (DET)
Wide Receivers para “comprar na baixa”:
Tyreek Hill (KC)
São esperadas algumas down weeks por parte do recebedor mais rápido da NFL. Afinal, suas próprias características e forma com que é utilizado levam a isso, com o seu histórico estatístico sendo a prova cabal. Porém, quando dois desses desempenhos de baixa surgem em rodadas consecutivas, é hora de aproveitar a eventual ansiedade ou desespero de quem gastou uma escolha de primeira ou segunda rodada no camisa 10 dos Chiefs.
Isso porque o mencionado histórico estatístico também demonstra que o “Cheetah” é um dos pouquíssimos jogadores capazes de ganhar rodadas de fantasy praticamente por conta própria, como foi o caso, inclusive, na semana de abertura de 2021. Com isso, ainda que ele provavelmente não saia tão barato assim, dificilmente aparecerá melhor chance do que esta para adquirir a “montanha russa” mais radical do fantasy football, que, dentre pontuações nucleares e semanas aquém da expectativa, muito provavelmente terminará o ano no top 3 entre WRs uma vez mais.
Stefon Diggs (BUF)
Falando em top 3 WRs, outro nome que foi constantemente draftado nesta faixa surge como outra importante oportunidade de compra. Ainda sem engrenar o mesmo desempenho apresentado em 2020, o camisa 14 ficou abaixo das 70 jardas em todos os jogos até agora, tendo agarrado apenas um touchdown, na semana 2.
Acontece que ele apresenta uma quantidade de alvos bastante animadora, com média superior a 10, e não deixou de ser um dos mais precisos corredores de rota da liga, jogando como clara opção principal de um ataque prioritariamente aéreo que faz parte de um dos maiores favoritos ao título da NFL.
Semana passada, na “goleada” contra Washington, Josh Allen lançou 4 TDs, nenhum deles para sua arma mais relevante. A expectativa é de que isso mude bem mais cedo do que tarde. Busque tirar proveito.
Outros WRs para “comprar na baixa”: Calvin Ridley (ATL), Terry McLaurin (WAS), Courtland Sutton (DEN), Amari Cooper (DAL), Allen Robinson (CHI), DeVonta Smith (PHI), Michael Pittman (IND), Robert Woods (LAR), Corey Davis (NYJ)
Wide Receivers para “vender na alta”:
D.J. Chark (JAX)
Não se deixe enganar pelas pontuações das semanas 1 e 3, em que o camisa 17 foi salvo por touchdowns. Após três rodadas, já fica bastante claro que o “Tubarão” não é o alvo principal do QB calouro Trevor Lawrence, que vem procurando muito mais a segurança oferecida pelo veterano Marvin Jones.
Praticamente limitado ao papel de ameaça em profundidade de um ataque que vem se mostrando bastante confuso, Chark muito dificilmente vai oferecer algum tipo de consistência na sua escalação titular. Envolvê-lo em negociação por alguém mais confiável é recomendado.
Adam Thielen (MIN)
Novamente figurando nesta sessão, é impressionante – para não dizer surreal – a eficiência do camisa 19 na red zone. Numa sequência de 8 jogos, contando partidas do ano passado, em que não ultrapassou as 100 jardas de recepção, Thielen continua a pautar sua produção estatística principalmente no número de touchdowns anotados (foram incríveis 4 em 3 jogos em 2021, que fazem parte de um total de 18 nas últimas 20 partidas). Ainda que, já há algum tempo, tenha deixado de ser o alvo principal de Kirk Cousins e visto a ascensão de jovens como Justin Jefferson, K.J. Osborn e Tyler Conklin como opções para receber passes em um ataque que segue priorizando correr a bola com Dalvin Cook sempre que a oportunidade aparece.
Por isso é que, apesar de tamanha eficiência não deixar de ser um mérito enorme por parte de Thielen, ao se deparar com a chance de negociá-lo em troca por um recebedor que tenha médias superiores de alvos e jardas – estatísticas muito mais previsíveis do que touchdowns –, não se aconselha deixar passar.
Outros WRs para “vender na alta”: A.J. Green (ARI), Christian Kirk (ARI), Emmanuel Sanders (BUF)
Tight Ends para “comprar na baixa”:
Darren Waller (LV)
Fazendo parte de uma das sensações deste início de temporada, qual seja, o ataque comandado por um Derek Carr que volta a ter seu nome incluído nas discussões para MVP da NFL, o camisa 83 vem sendo, paradoxalmente, a principal “vítima” de um desempenho ofensivo tão bom por parte de sua equipe.
Explica-se: diferentemente do que nos acostumamos a ver a partir da segunda metade de 2020 e na primeira rodada deste ano, os Raiders de Jon Gruden estão espalhando muito mais a bola, ou seja, aumentando os alvos de seus jovens recebedores Hunter Renfrow, Henry Ruggs e Bryan Edwards e, consequentemente, diminuindo a enorme quantidade que víamos ser direcionada a Waller. Uma das principais razões para isso é exatamente o tamanho da preocupação que o TE gera nas defesas adversárias, que faz com que acabe funcionando muitas vezes como “isca” para abrir espaços para os WRs.
Contudo, mesmo que não continue a ter média de aproximadamente 10 targets por partida, a já explicada melhor produção geral ofensiva da franquia preta e prata tende a “compensar” tal fator, com a anotação de TDs por parte do “melhor jogador que já foi treinado por Gruden” – palavras do próprio –, mas que passou em branco nas duas últimas semanas, retornando logo, logo. Procure adicioná-lo a seu elenco.
Outros TEs para “comprar na baixa”: T.J. Hockenson (DET), Kyle Pitts (ATL), Dallas Goedert (PHI)
Tight Ends para “vender na alta”:
Mike Gesicki (MIA)
Após uma rodada de abertura na qual jogou apenas 39% dos snaps e não somou recepção alguma, o camisa 88 praticamente dobrou a quantidade de jogadas nas quais esteve em campo nas semanas seguintes, culminando no seu desempenho destacado na última partida, contra os Raiders, que o fez terminar como um dos 10 principais TEs para o fantasy na semana 3.
Contudo, ao verificar-se a situação do ataque de Miami como um todo, que vem demonstrando bastante dificuldade em anotar pontos, tendo dúvidas sobre a condição física e disponibilidade de seu QB titular, além de múltiplas opções para receber passes e dividir uma “torta” que já não é tão grande ou suculenta, fica fácil enxergar as razões pelas quais Gesicki dificilmente garantirá confiabilidade de produção estatística.
Outros TEs para “vender na alta”: Zach Ertz (PHI), Dalson Knox (BUF), Tyler Conklin (MIN)
Quarterbacks para “comprar na baixa”:
Russell Wilson (SEA)
Depois de duas semanas nas quais beirou os 30 pontos de fantasy, Russ não chegou aos 15 na terceira rodada, na qual seu time teve poucas oportunidades de ter a bola, numa partida em que os Vikings controlaram o relógio com Alexander Mattison fazendo estragos pelo chão. Com isso, e projetando que nos próximos dois jogos, contra os rivais de divisão 49ers e Rams, o camisa 3 provavelmente se verá obrigado a “soltar o braço” em confrontos de provável pontuação larga (é de 52.0 o over/under atual projetado pelas casas de apostas contra San Francisco), surge a chance de conseguir trazê-lo para o seu time antes que ele volte a explodir.
Outros QBs para “comprar na baixa”: Kyler Murray (ARI), Dak Prescott (DAL), Aaron Rodgers (GB)
Quarterbacks para “vender na alta”:
Kirk Cousins (MIN)
Apesar da já mencionada dominância do jogo terrestre dos Vikings no último jogo contra os Seahawks, os 3 TDs do representante da NFC Norte saíram pelo ar. Considerando que, principalmente quando Dalvin Cook retornar aos gramados, essa desproporção tende a ser dissipada, fica difícil imaginar que Cousins, apesar de seu ótimo aproveitamento em passes completos nos últimos tempos, continue a produzir de forma tão sólida para o fantasy – foram pelo menos 19 pontos nas últimas cinco partidas, contando 2020.
Outros QBs para “vender na alta”: Sam Darnold (CAR), Derek Carr (LV), Ryan Tannehill (TEN)