Fantasy Football 2021: alvos de troca semana 2
Trocas são uma das partes mais divertidas do Fantasy Football e o desempenho positivo ou negativo dos jogadores na última semana pode ser fator fundamental na hora de fechar negócios
Inaugurando um novo artigo de Fantasy Football aqui no The Playoffs, traremos, semanalmente, os melhores jogadores para envolver em trocas. Tanto aqueles que você deve mirar para incorporar ao seu elenco, como aqueles que você deve aproveitar a valorização decorrente do desempenho na rodada anterior para ceder pelo melhor “preço” possível.
De forma semelhante ao que acontece no mercado de ações, os atletas escaláveis no Fantasy Football valorizam ou desvalorizam de acordo com sua performance mais recente. O exemplo mais claro depois dessa primeira semana de NFL em 2021 ficou por conta de todos os skill players do Green Bay Packers, equipe cujo desempenho na rodada de abertura passou longe do esperado para quem conta com o atual MVP da liga e alcançou a final da NFC nos últimos dois anos.
Em resumo, será muito difícil que Aaron Rodgers, Davante Adams, Aaron Jones e até mesmo A.J. Dillon e Robert Tonyan repitam desempenho tão ruim quanto o da semana 1. Portanto, aproveite para “comprá-los na baixa”.
Em sentido contrário, é possível identificar performances que dificilmente se repetirão por parte de uma equipe e, consequentemente, de alguns de seus jogadores. Após a rodada inaugural, a que mais chamou a atenção foi a do ataque do Houston Texans, especialmente do RB Mark Ingram, que, num gamescript bastante raro para aquela que é projetada para ser a pior ou, pelo menos, uma das piores franquias da liga este ano, acumulou 26 carregadas, 85 jardas e 1 TD.
Essa é a premissa básica da classificação dos jogadores como oportunidades de “compra na baixa” ou “venda na alta”, embora outros fatores também possam influenciar essa questão de uma semana para a outra. De qualquer forma, ao ler a nossa lista, isso tudo ficará bem mais claro.
Vamos lá, então!
Running Backs para “comprar na baixa”:
Najee Harris (PIT)
Apesar de não ter correspondido expressivamente em forma de pontos para o fantasy em sua estreia na NFL, na qual somou apenas 49 jardas totais e uma recepção, o calouro confirmou uma tendência importantíssima: foi um verdadeiro cavalo de batalha desde seu primeiro minuto na liga. O que isso significa? Esteve em campo em absolutamente todos os snaps ofensivos dos Steelers, o que é extremamente raro, indicando que atuará em toda e qualquer situação de jogo, com envolvimento, inclusive, no jogo aéreo.
Portanto, considerando o papel fundamental que o esquema 4-3 da reativa defesa dos Bills, especialmente a ótima dupla de linebackers Tremaine Edmunds e Matt Milano, exerceu na primeira performance do camisa 22 na temporada, talvez não haja melhor oportunidade para buscar a incorporação ao seu elenco de um dos pouquíssimos RBs workhorses da liga que cada vez mais valoriza o passe e comitês de backfield.
Se você se preocupa com a questionável linha ofensiva de Pittsburgh e/ou com a qualidade das defesas adversárias da forte AFC Norte, saiba que o histórico estatístico do fantasy football mostra que todo esse volume de toques esperado para Najee tende a sobressair ou, ao menos, “compensar” tais fatores no médio e longo prazo.
Javonte Williams (DEN)
Ao olhar a stat sheet da estreia da franquia laranja e azul do Colorado em 2021, os números que sobressaem no backfield, à primeira vista, são os do veterano Melvin Gordon, que ultrapassou as 100 jardas corridas, além de ter marcado 1 TD. Enquanto isso, o calouro somou apenas 45 jardas terrestres, além de ter perdido 4 jardas em sua única recepção.
Porém, alguns fatores devem ser levados em conta: os números de Gordon foram “anabolizados” por uma longa corrida de 70 jardas, que, inclusive, resultou no touchdown do camisa 25, e, mais importante ainda, o veterano teve menos corridas do que o rookie: 11 a 14. Soma-se a isso o fato de que, logo de cara, cada um deles atuou em exatamente 50% dos snaps.
O que isso quer dizer? Na modesta opinião deste que vos escreve, a tendência, antes do início da temporada, era que “Pookie” realmente assumisse o protagonismo desse backfield – como costuma acontecer com talentosos corredores em primeiro ano como profissional – a partir da segunda metade do ano. Acontece que a divisão de toques já explicada indica que isso pode acontecer bem mais cedo do que o esperado e, aproveitando-se dessa performance até certo ponto enganosa de Gordon, que mascarou o potencial de Williams, pode não haver melhor oportunidade para aquisição do camisa 33 dos Broncos do que agora.
Outros RBs para “comprar na baixa”: Aaron Jones (GB), Derrick Henry (TEN), Saquon Barkley (NYG), Ezekiel Elliott (DAL), Clyde Edwards-Helaire (KC), Chris Carson (SEA), Mike Davis (ATL)
Running Backs para “vender na alta”:
Miles Sanders (PHI)
Em linha com a identificação do calouro Kenneth Gainwell como alvo importante para waivers, a primeira semana mostrou que o camisa 26 dos Eagles, embora muito dinâmico, passará longe de dominar esse backfield, cuja nova comissão técnica que o coordena tende a implementar uma divisão que deve seguir a tendência da semana 1: cerca de 60% dos snaps para o veterano e a maior parte do restante para o rookie, principalmente em terceiras descidas, além de alguma chance de Boston Scott também aparecer.
E não é todo o dia que se enfrenta uma defesa tão vulnerável quanto a dos Falcons, que, apesar de sequer ter sofrido touchdown de Sanders, permitiu que ele terminasse como o 12º melhor RB para o fantasy na primeira rodada.
David Montgomery (CHI)
Apesar da excelente performance, principalmente em termos de eficiência na conquista de jardas por carregada, contra uma das melhores defesas da NFL (LA Rams) na semana 1, a utilização de Monty confirmou alguns receios trazidos do período anterior aos drafts de Fantasy Football.
Passando longe dos cerca de 80% dos snaps que deteve ano passado após a lesão de Tarik Cohen, fator determinante para que terminasse o ano entre os cinco melhores RBs para o fantasy, o camisa 32 atuou em somente 59% das jogadas ofensivas dos Bears. Isso significa que o recém-chegado Damien Williams deve ter papel importante nesse backfield, principalmente em situações de passe. Portanto, se tiver a oportunidade de conseguir um corredor de primeira ou segunda prateleira numa troca por Montgomery enquanto ele mantém os números destacados de 2020 e desse primeiro jogo, aproveite.
Outros RBs para “vender na alta”: Melvin Gordon (DEN), Josh Jacobs (LV), Mark Ingram (HOU), Jamaal Williams (DET)
Wide Receivers para “comprar na baixa”:
Allen Robinson (CHI)
Ao contrário de seu companheiro de equipe, o principal recebedor de Chicago, que somou apenas 35 jardas em 6 recepções, é um claro alvo para mirar em trocas depois dessa primeira semana. Afinal, não será marcado por Jalen Ramsey todas as rodadas e mostrou que seu papel como claríssimo alvo principal do time continuará intacto: foram 9 targets na estreia, mantendo a média dos últimos tempos. Também não atrapalha o fato de que o talentoso rookie Justin Fields tende a assumir a titularidade como QB mais cedo do que tarde.
Mike Evans (TB)
Em que pese a provável inconsistência de todas as opções com que os Buccaneers contam para receber a bola ao longo da temporada, exatamente pelo talento que esse numeroso grupo possui, quando uma delas destoa negativamente do restante, como foi o caso do camisa 13 na semana 1, surge a oportunidade para buscá-lo antes que seja a sua vez de explodir estatisticamente.
Outros WRs para “comprar na baixa”: Davante Adams (GB), Stefon Diggs (BUF), Calvin Ridley (ATL), Justin Jefferson (MIN), A.J. Brown (TEN), Terry McLaurin (WAS), Robert Woods (LAR), Brandon Aiyuk (SF), Courtland Sutton (DEN)
Wide Receivers para “vender na alta”:
Deebo Samuel (SF)
O maior beneficiário da surpreendente e confusa situação de Brandon Aiyuk no começo da temporada, o camisa 19 irrompeu para 189 jardas e 1 TD em 9 recepções na semana 1 contra os Lions. Além da qualidade questionável da defesa que enfrentou, o aspecto mais importante a se observar é que será extremamente improvável que repita a quantidade de alvos que apresentou nessa estreia (12), principalmente em um ataque tão dinâmico e que não costuma afunilar toques para um só jogador tão destacadamente, além de possuir um dos melhores TEs da liga e gostar de correr com a bola.
Adam Thielen (MIN)
O veterano continua a desafiar a matemática. Após um 2020 em que pautou sua produção para o fantasy na estatística mais volátil de todas – o número de touchdowns –, inaugurou a atual temporada com um par deles, além de uma target share de respeito (10 alvos que renderam 9 recepções para 92 jardas). Contudo, o histórico mostra que uma hora “a conta chega” e os TDs passarão a ser mais distribuídos, principalmente considerando a ascensão do segundanista que lhe faz companhia no corpo de recebedores de Minnesota: Justin Jefferson, que, já mencionado como alvo para compra, teve apenas um target a menos que o colega e uma média bastante superior em jardas por recepção. Talvez surja a oportunidade de trocar o viking mais velho pelo mais novo nesse ínterim até a semana 2. Se for o caso, este redator não pestanejaria em fechar negócio.
Outros WRs para “vender na alta”: D.J. Chark (JAX), Christian Kirk (ARI), Sterling Shepard (NYG), DeVante Parker (MIA), Jaylen Waddle (MIA), Jalen Reagor (PHI), Zach Pascal (IND), Marquise Brown (BAL)
Tight Ends para “comprar na baixa”:
Kyle Pitts (ATL)
De forma parecida ao que aconteceu com todos os principais jogadores de habilidade do Green Bay Packers, a lavada sofrida pelo Atlanta Falcons no primeiro jogo de 2021 faz com que todos seus mais proeminentes jogadores ofensivos surjam como oportunidade de compra no fantasy. O principal deles talvez seja o calouro sensação que veste a camisa 8. Em contraponto aos receios em relação ao histórico de TEs em seu ano de estreia como profissionais – fator que pode reforçar a apreensão do seu adversário que o detém no elenco –, Pitts foi utilizado praticamente como um wide receiver na partida contra os Eagles, tendo empatado com Calvin Ridley em número de alvos (8) – e isso é música para os ouvidos do jogador de fantasy. Assim, talvez não haja melhor oportunidade do que essa para mirar a incorporação do “unicórnio” ao seu time.
Outros TEs para “comprar na baixa”: Mark Andrews (BAL), George Kittle (SF), Tyler Higbee (LAR), Cole Kmet (CHI)
Tight Ends para “vender na alta”:
Rob Gronkowski (TB)
Na contramão dos argumentos utilizados para destacar Mike Evans como alvo para compra, Gronk, ao ter explodido para a maior pontuação de fantasy entre TEs na semana 1, surge como a principal opção de venda. Isto porque o grande número de opções à disposição de Tom Brady no jogo aéreo do atual campeão da NFL faz com que seja muito difícil que o camisa 87 mantenha a consistência ou desempenho parecido com as 90 jardas e 2 TDs em 8 recepções da rodada inaugural. Aparece, então, a chance perfeita para que você o envolva em uma negociação que traga para seu elenco um dos membros do top 6, ou seja, aqueles com maior expectativa de papel solidificado nos respectivos ataques ao longo da temporada: Kelce, Waller, Kittle, Hockenson, Pitts e Andrews.
Outros TEs para “vender na alta”: Logan Thomas (WAS), Jared Cook (LAC), Juwan Johnson (NO)
Quarterbacks para “comprar na baixa”:
Josh Allen (BUF)
Quase unanimemente colocado entre os três principais signal callers para o fantasy antes do início da temporada, o camisa 17 mostrou em sua estreia em 2021 que as tendências do ataque coordenado por Brian Daboll continuam as mesmas que o levaram a terminar na liderança da posição na última temporada: enorme quantidade de tentativas de passe e média interessante de jardas corridas – que conduzem a um bom número de TDs esperados por ambas as vias, ainda mais quando se faz parte de um dos melhores times da NFL. Como não é toda a semana que ele dará de cara com a poderosa defesa dos Steelers, aproveite essa oportunidade para “sentir a temperatura” de quem o tem no elenco.
Outros QBs para “comprar na baixa”: Aaron Rodgers (GB), Lamar Jackson (BAL), Ryan Tannehill (TEN), Matt Ryan (ATL)
Quarterbacks para “vender na alta”:
Jalen Hurts (PHI)
Aqui está a maior chance deste redator “queimar a língua” (ou a mão, para ser mais literal). A amostragem ainda é pequena, mas Hurts vem desafiando os incrédulos – ao menos em termos de produção estatística – jogo após jogo ao longo de sua ainda curta trajetória na NFL. Porém, a desqualificação da defesa dos Falcons, seu adversário na abertura da atual temporada, é fator a ser levado em conta, assim como a ainda pouca segurança que possui no emprego, circunstância, contudo, que parece estar mudando de forma gradativa – pelo menos aos olhos da torcida, que, nos últimos dias, catapultou a camisa 1 de seu QB para a segunda posição no ranking das mais vendidas.
Outros QBs para “vender na alta”: Jameis Winston (NO), Jared Goff (DET), Derek Carr (LV)