Fantasy Football 2021: alvos de troca semana 11
Na semana que representa o prazo fatal para trocas na grande maioria das ligas, não há mais tempo a perder para melhorar seu time de fantasy football. Então, vem conferir o último e mais importante artigo sobre trocas do ano!
Senhoras e senhores GMs virtuais, a hora da verdade chegou. Na maior parte das ligas de fantasy football, a semana 11 é a última em que se faz possível celebrar trocas. Por isso, este artigo encerrará nossas dicas de “compra na baixa” e “venda na alta” em 2021.
Mas não se preocupe se, na sua liga, o trade deadline acontecer apenas na semana 12 ou, quem sabe, até além disso. Exatamente por ser nosso último texto do ano, faremos uma abordagem especial, com foco em calendários vantajosos dos jogadores destacados (aqueles que contarão com textos explicativos) ao longo das semanas 15, 16 e 17, que são as mais importantes do nosso jogo dentro jogo, pois compreendem os playoffs – quando um verdadeiro novo campeonato começa.
Falando em calendários vantajosos e olho na agenda de reta final da temporada do fantasy, um bom exemplo, que já iniciou o tipo de abordagem deste artigo final, é o principal destaque do nosso último texto: David Montgomery, RB1 do Chicago Bears, que talvez represente o melhor custo-benefício para se buscar em trocas neste instante. Outros exemplos de calendários convidativos ao longo dos playoffs, que, em geral, abrangem todas as principais posições do nosso game, com um foco um pouco maior para os RBs, são os de Dallas Cowboys, Denver Broncos, Detroit Lions, Jacksonville Jaguars, Philadelphia Eagles e San Francisco 49ers.
Ainda assim, se o seu retrospecto de vitórias e derrotas ainda não te garante vaga no mata-mata, fica, novamente, o lembrete de que, exatamente para conseguir os preciosos triunfos imediatos, talvez seja necessário abrir mão de bons jogadores que ainda possuem bye weeks na agenda por atletas de nível similar, mas que já tiraram suas semanas de folga.
Outra dica importante para quando chegar o momento dos playoffs – e apenas em tal momento; enquanto houver bye weeks, a abordagem segue a mesma – é a de alterar um pouco a estratégia de composição do seu banco de reservas. Profundidade de opções já não será tão importante quanto garantir reservas imediatos de seus principais running backs – visando a assegurar-se contra indesejadas lesões – e ter mais de uma defesa no elenco, revezando-as na escalação titular em função de adversários interessantes nas últimas semanas da temporada, passa a ser uma boa pedida.
Dito isso, é hora de listarmos os últimos alvos para trocas no fantasy football em 2021, na trilha para a semana 11 da NFL!
Foto: Reprodução Twitter/Las Vegas Raiders
Running Backs para “comprar na baixa”:
Saquon Barkley (NYG)
Depois de muita expectativa, o retorno de um dos corredores com maior teto de pontuação para o fantasy deve acontecer no próximo Monday Night Football, contra os Buccaneers. Por mais que esse primeiro confronto não seja dos mais convidativos, a capacidade e habilidade do camisa 26 em receber passes o torna capaz de “driblar” até os piores matchups.
De qualquer forma, o fato de Devontae Booker estar lidando com uma lesão no quadril favorece as chances de vermos, logo de partida, um grande volume de toques para Saquon em sua volta aos campos.
Quando olhamos para o restante do calendário, identificamos confrontos interessantes, principalmente nas partidas finais da primeira fase, ou seja, Dolphins e Chargers nas semanas 13 e 14, defesas que vêm sofrendo contra o jogo corrido. Depois disso, adversários que podem ser classificados como intermediários nos playoffs do fantasy: Dallas, Philadelphia e Chicago entre as semanas 15 e 17.
Por mais que, com a provável confirmação de que de fato fará seu retorno nesta semana 11, o “preço” de Barkley tenha aumentado, a narrativa de que é suscetível a lesões ainda pode ajudar quem nos lê na hora de realizar ofertas por ele. O risco de se lesionar está aí para todo mundo, o que resta a avaliar é se você está disposto a tomar essa chance para ter como reforço um jogador que pode levá-lo ao título da sua liga.
Javonte Williams (DEN)
Praticamente uma figurinha carimbada nesta sessão, o calouro ainda não desgarrou completamente da “concorrência” do veterano Melvin Gordon para se tornar o protagonista do backfield dos Broncos, que segue dividido de forma quase estritamente igualitária entre ambos.
Porém, se lembrarmos de alguns exemplos recentes envolvendo corredores novatos, como foi o caso de Cam Akers em 2020, há a chance – por mais que longe de qualquer garantia – de que a franquia do Colorado, uma vez transcorrida a bye week nesta semana 11, decida começar a olhar para o futuro e ter um vislumbre de como seria o funcionamento do ataque com o camisa 33 como claro lead back, o que muito provavelmente acontecerá ao menos a partir de 2022, já que Denver subiu no NFL Draft para selecioná-lo e Gordon não deve ter seu contrato renovado.
O fato de Williams ter tido um desempenho abaixo de sua média na semana 10 é outro fator que auxilia em sua incorporação por um valor de RB3, muito abaixo daquele que teria se nossa aposta efetivamente se concretizar. Além do mais, Gordon perdeu dois fumbles nos últimos três jogos e a agenda de partidas de Denver é bastante sedutora: da semana 12 em diante, enfrenta Chargers, Chiefs, Lions, Bengals, Raiders e Chargers novamente.
Outros RBs para “comprar na baixa”: Darrell Henderson (LAR), David Montgomery (CHI), Aaron Jones (GB), Nick Chubb (CLE), Kareem Hunt (CLE), Josh Jacobs (LV), Chris Carson (SEA), Miles Sanders (PHI), Clyde Edwards-Helaire (KC), Zack Moss (BUF), J.D. McKissic (WAS)
Running Backs para “vender na alta”:
Jonathan Taylor (IND)
Polêmica! O atual RB1 geral como opção de venda?!
Em defesa deste que vos escreve, recebi esse alerta/dica de um dos maiores apreciadores do segundanista em toda a face da Terra e fervoroso torcedor do Indianapolis Colts, o grande Sérgio Luís do Brasil Fantasy Football.
Claro que, para oferecer ou aceitar envolver JT em uma troca, sua contrapartida deve ser “premium”: nomes como Christian McCaffrey, Najee Harris, Dalvin Cook, Cooper Kupp e Davante Adams vêm à mente, muitos deles com algo a mais envolvido, inclusive.
Mas por qual razão estamos sugerindo “vender” o camisa 28? Além de ele ainda ter a bye week no horizonte – precisamente na semana 14 – seu calendário daqui para a frente é casca grossa. Apesar de enfrentar Houston na semana 13 e Las Vegas na 17, encara Buffalo na 11, Tampa Bay na 12, New England na 15 e Arizona na 16.
Se lembrarmos que, exatamente nas duas únicas partidas em que Taylor não ultrapassou os 10 pontos de fantasy, contra Rams e Titans na segunda e terceira rodadas, o gamescript foi desfavorável aos Colts ao longo da maioria do jogo, podemos ter alguma preocupação de que se distancie de seu excelente teto nas referidas partidas, em que Indianapolis tende a não contar com o favoritismo, muito embora a utilização do segundanista tenha mudado significativamente desde as três primeiras semanas da temporada.
Antonio Gibson (WAS)
Depois de ter surpreendido a muitos ao terminar a última rodada dentre os líderes para o fantasy, surge ótima oportunidade para “vender” o talentoso corredor de Washington a um “preço” que ele muito dificilmente voltará a alcançar.
Isso porque, além de o gamescript da verdadeira zebra aplicada pela franquia da capital federal contra os atuais campeões Bucs tê-lo favorecido bastante, seus números foram “inflacionados” por dois touchdowns em situações de goal line.
Como sabemos, J.D. McKissic continua mais do que presente e já deu indícios bastante claros de que será o RB acionado – principalmente no jogo aéreo – quando o Football Team precisa correr atrás do placar, situação que deve ser mais comum do que rara daqui até o fim do ano.
Por isso – também lembrando da fratura por stress na canela que ainda atormenta Gibson –, aproveite esse inesperado momento de alta para oferecer o camisa 24 em negociações que tragam ao seu elenco jogadores que gerem menos dúvidas e sejam menos dependentes de gamescript.
Outros RBs para “vender na alta”: Alvin Kamara (NO), Mark Ingram (NO), Devin Singletary (BUF), Darrel Williams (KC), A.J. Dillon (GB), Rhamondre Stevenson (NE), D’Ernest Johnson (CLE), Tony Pollard (DAL)
Wide Receivers para “comprar na baixa”:
D.K. Metcalf (SEA)
Depois da “experiência Geno Smith” e da semana de folga dos Seahawks, Russell Wilson retornou, entregando um desempenho – dele e de todo o ataque – bem abaixo do esperado no frio Lambeau Field, que experimentou muita neve e vento no último domingo.
Com isso, a chance de encontrar impaciência por parte de quem detém o camisa 14 no elenco não é das menores. Hora de aproveitar, já que não só a principal arma de um dos melhores QBs da liga, mas o ataque todo de Seattle tende a voltar a se encontrar daqui para frente, ainda mais com uma agenda bastante convidativa, que inclui duelos contra Washington, San Francisco, Houston e Detroit nas semanas 12, 13, 14 e 17, além de jogos longe de algo tão desfavorável assim, contra Cardinals, Rams e Bears nas rodadas 11, 15 e 16.
Diontae Johnson (PIT)
Principalmente em ligas PPR, não há como afirmar que o camisa 18 dos Steelers esteja exatamente em baixa, pois, mesmo sem contar com seu QB titular na última rodada, terminou a semana novamente acima da marca dos 10 pontos de fantasy – o que se repetiu em todos os jogos da temporada até aqui, tirando a semana 3, em que estava lesionado e não entrou em campo.
Apresentando uma média próxima dos 10 alvos por partida, a qual pode até mesmo aumentar diante dos problemas físicos com que seu companheiro Chase Claypool vêm lidando – sem que nos esqueçamos de que JuJu Smith-Schuster está fora da temporada –, Diontae é o WR 22 em ligas PPR, mesmo com dois jogos a menos que muitos concorrentes (a referida semana 3 e a bye na semana 7) e apenas 3 TDs anotados.
Se projetarmos o retorno breve de Ben Roethlisberger aos campos, já que, diferente de outros por aí, está vacinado contra a Covid-19, e que a quantidade massiva de targets que Johnson recebe tende a fazer com que encontre a end zone com mais frequência do que aconteceu até agora, vislumbramos um potencial bem factível de WR top 10, mas que, hoje, pode estar sendo avaliado apenas como um WR2. Aproveite o desconto e faça uma oferta.
Outros WRs para “comprar na baixa”: Ja’Marr Chase (CIN), A.J. Brown (TEN), Amari Cooper (DAL), D.J. Moore (CAR), Brandin Cooks (HOU), Tyler Lockett (SEA), Brandon Aiyuk (SF), Kadarius Toney (NYG), Kenny Golladay (NYG)
Wide Receivers para “vender na alta”:
Mike Evans (TB)
Principalmente para quem acompanha esta coluna com algum afinco, parece que não poderia faltar um recebedor de Tampa Bay nesta sessão do texto que fecha nossa série em 2021, não é mesmo? Ainda mais sendo ele o mais dependente de touchdowns dentre todas as talentosas armas que Tom Brady tem à disposição.
Ainda que Rob Gronkowski, principal “concorrente” de Evans na red zone, esteja sofrendo para permanecer saudável, ao menos o retorno de Antonio Brown deve acontecer a alguma altura da temporada, no mais tardar quando mais importa: entre as semanas 15 e 17, que compreendem os playoffs do fantasy football.
Mas, ainda mais importante do que ter que dividir atenção com outros recebedores de qualidade, é o fato de que o camisa 13 vem tendo um número inconstante de alvos mesmo na ausência de “concorrentes” – foram apenas 7 nos dois últimos jogos, por exemplo.
Contado que nem sempre poderemos ser “salvos” pela anotação de touchdowns, aconselha-se utilizar a grife de Mike, que é o atual WR10 geral (WR5 em ligas non-PPR), para buscar outro WR1 que apresente inconsistência menor.
DeVonta Smith (PHI)
Listado aqui pela segunda semana seguida, o motivo para tanto é bastante parecido com o de Mike Evans. Mesmo tendo visto um baixo volume de oportunidades, o calouro tirou o melhor proveito delas, anotando 2 TDs em apenas 4 recepções para 66 jardas na semana 10.
Sendo essa a segunda semana de explosão estatística do camisa 6, que ainda tem sua semana de folga por cumprir lá na 14ª rodada, fica a dica para que se procure tirar proveito da valorização para “vender” um WR que, embora muito talentoso, dificilmente conseguirá manter a toada recente atuando em um ataque cada vez mais voltado ao jogo terrestre em 2021.
Também não ajuda o encontro com Marshon Lattimore, um dos melhores CBs da NFL, agora nesta semana 11.
Outros WRs para “vender na alta”: Robby Anderson (CAR), Kendrick Bourne (NE), Bryan Edwards (LV)
Tight Ends para “comprar na baixa”:
Darren Waller (LV)
Apesar de ótima oportunidade para produzir, o camisa 83 decepcionou no horário nobre de domingo passado contra a defesa dos Chiefs. Com isso – e apesar da inconsistência que vem apresentando desde o início do ano – surge mais uma oportunidade – desta vez a última – de adquirir os serviços do mais atlético TE da liga por um valor que pode vir a se tornar uma pechincha.
Por mais que o risco de voltar a finalizar uma ou mais das próximas rodadas com o piso baixo de pontuação já apresentado nesta temporada, é inegável que Waller ainda oferece um dos maiores tetos de sua posição no nosso jogo dentro do jogo, o qual só aumentou desde a dispensa de Henry Ruggs por parte dos Raiders – e chegou perto de ser alcançado na semana 9, contra os Giants.
Observando que ele ainda enfrenta muitos adversários convidativos daqui até o final da temporada e não possui mais bye week para cumprir, é considerável a chance de que, assim como aconteceu em 2020, possa ser um dos principais responsáveis por te levar ao título da sua liga.
Outros TEs para “comprar na baixa”: T.J. Hockenson (DET), Dallas Goedert (PHI), Logan Thomas (WAS), Dalton Schultz (DAL)
Tight Ends para “vender na alta”:
Hunter Henry (NE)
Aproveitando-se da ausência de Jonnu Smith no último domingo, “Double H” manteve sua ótima sequência de pontuação para o fantasy. São 10 touchdowns nos últimos 10 jogos, que o fizeram alcançar o posto de TE4 geral. Isso tudo em uma média de apenas 2,9 alvos e 2,1 recepções por partida.
Por mais que o camisa 85 seja extremamente eficiente na red zone, nem precisamos mais dizer que a famosa regressão à média sugere que esses números são pouco sustentáveis, não é mesmo? Para piorar, Henry ainda tem a bye week a cumprir – na semana 14 – e enfrentará duas vezes os Bills, que vêm conseguindo conter a produção estatística de todas as posições.
Portanto, se você encontrar um adversário que não se atente tanto aos números periféricos e só enxergue a pontuação geral, tente aproveitar a chance.
Outros TEs para “vender na alta”: Tyler Conklin (MIN), Gerald Everett (SEA), Austin Hooper (CLE), Tyler Higbee (LAR), Zach Ertz (ARI)
Quarterbacks para “comprar na baixa”:
Lamar Jackson (BAL)
Ao puxarmos os números do camisa 8 em 2021, é possível conferir que seus melhores desempenhos vieram em partidas bastante competitivas, em que os Ravens tiveram que correr atrás do placar e experimentaram muitas trocas de liderança que resultaram em verdadeiros “tiroteios”: Chiefs na semana 2, Colts na semana 5 e Vikings na semana 9, sendo que, mesmo nas semanas de baixa, pudemos contar com um piso bastante decente, decorrente de sua capacidade de produzir com as pernas.
Conferindo os próximos jogos de Baltimore, identificamos diversas oportunidades para que o roteiro se repita, principalmente nos confrontos divisionais decisivos contra Browns (duas vezes), Steelers e Bengals (semanas 12, 13, 14 e 16), além das partidas contra os Packers e os Rams nas semanas 15 e 17.
Somando isso à performance de baixa contra os Dolphins na última quinta-feira e à recente notícia de que foi dispensado dos treinos para lidar com uma doença não relacionada à Covid, vislumbra-se a oportunidade de que você consiga um valor bem interessante na hora de negociar por um dos mais elétricos signal callers da NFL.
Outros QBs para “comprar na baixa”: Kyler Murray (ARI), Tom Brady (TB), Justin Herbert (LAC), Aaron Rodgers (GB), Matthew Stafford (LAR), Russell Wilson (SEA), Joe Burrow (CIN), Carson Wentz (IND)
Quarterbacks para “vender na alta”:
Mac Jones (NE)
Por mais que o desempenho do calouro nos últimos jogos venha gerando merecidos elogios e levando os Patriots a importantes vitórias, principalmente por sua capacidade de “gerenciamento do jogo”, tal característica, infelizmente possui nenhum ou muito pouco valor para o fantasy football.
Com o camisa 10 saindo de um jogo em que lançou 3 touchdowns – algo raro para um ataque que vai optar por correr sempre que tiver a chance –, aparece a oportunidade de oferecê-lo com valor acima daquele que realmente dispõe, principalmente para alguém que possa confundir vida real com o nosso game – ou, quem sabe, seja levado a agir por clubismo, já que sabemos que a torcida da franquia de Foxborough não é pequena no Brasil.
Outros QBs para “vender na alta”: Ryan Tannehill (TEN), Kirk Cousins (MIN)