O edge rusher Aldon Smith, recém-contratado pelo Dallas Cowboys, declarou nesta quinta-feira (9) ao Fox Sports 1 americano que estava em um “lugar obscuro” nos últimos anos. O jogador se envolveu em episódios de violência doméstica e de direção sob a influência de drogas por mais de uma vez.

Smith acredita que o ano de 2018 foi o mais baixo da sua vida, quando o jogador, em suas palavras, dormia em um carro por acreditar que não merecia estar em casa.

“Eu diria que 2018 foi o ano mais difícil. Eu estava em um lugar obscuro. Você sabe que eu não tinha muito valor sobre como pensavam sobre mim. Estava tão mal que dormia dentro do carro em algumas noites porque a minha doença me levou até lá. Eu tinha uma casa para dormir, mas eu estava em um lugar tão obscuro que eu não me via merecendo nada daquilo.”

Com a proposta de retorno à NFL aos 30 anos, Smith declara que considera “surreal” a oportunidade de voltar a jogar e se diz extramente grato pela chance dada pelos Cowboys.

“É tudo muito surreal. Eu não sei se senti tudo com plenitude ainda. É realmente incrível. Sou muito grato por isso ter dado certo […] Estou muito animado pelos Cowboys e pela NFL me darem uma chance de voltar e terminar o que eu comecei.”

Toda a bagagem emocional dos últimos anos fez com que Smith desse maior valor para quem se importa com ele. O edge rusher sentiu que o técnico dos Cowboys, Mike McCarthy, teve uma grande conexão com ele desde as primeiras conversas, algo que o defensor considerou vital para o acordo.

“Quando nos encontramos, parecia que nos conhecíamos. Foi muito importante para mim porque durante esse processo eu quis me cercar de pessoas que eu sentisse conexão. Eu sinto que ele genuinamente se importa comigo e com o que estou tentando fazer.”

O retorno de Smith ainda deve passar por uma aprovação da NFL, mas a franquia de Dallas acredita que não haverá nenhum contratempo com a liga. Caso o edge rusher seja liberado, ganhará US$ 2 milhões pela temporada de 2020.

(Foto: Divulgação/Oakland Raiders)