Em apoio a Kaepernick, Rihanna rejeita show no intervalo do Super Bowl LIII
Cantora pop declina convite feito pela NFL para ser protagonista da atração por conta de luta do quarterback contra a liga
A luta de Colin Kaepernick vem encontrando cada vez mais consistência e novos adeptos públicos – dentro e fora dos campos. A nova demonstração de apoio ao quarterback e ativista dos direitos humanos e civis significa um grande baque para a NFL: a cantora Rihanna declinou o convite da liga para ser a atração principal do show no intervalo do Super Bowl LIII.
De acordo com o repórter Nicholas Hautman, do US Weekly, a artista pop negou a possibilidade de ser a atração do principal jogo da temporada em demonstração de apoio a Kaepernick, que permanece mais uma temporada sem equipe na NFL e alega que o fato de não ter sido contratado por outra franquia se dá por conta de um conluio da liga para boicotá-lo.
“A NFL e a CBS [emissora que faz a transmissão da final] realmente queriam a Rihanna como a atração do próximo ano em Atlanta [sede do próximo Super Bowl]. Eles ofereceram isso para ela, mas ela disse ‘não’ por conta da conta da controvérsia do ajoelhamento [durante o hino]. Ela não concorda com a postura da NFL”, teria declarado uma fonte à Hautman.
Um dos possíveis substitutos da cantora é a banda Maroon 5, que já é extra oficialmente confirmada como atração no intervalo do Super Bowl.
Tudo começou há cerca de duas temporadas, quando Colin Kaepernick começou a se ajoelhar durante o hino nacional norte-americano como uma forma de protesto a respeito da violência policial contra a população negra dos EUA. Diversos jogadores aderiram ao ato, que foi sendo censurado pela liga.
Desde que deixou o San Francisco 49ers, nenhuma franquia da liga se mostrou interessada em contar com o jogador em seu elenco, o que para Kaep e seus apoiadores é um claro sinal de retaliação dos times e da liga por conta da onda de protestos inaugurada pelo atleta.
Mesmo sem estar jogando, o ativismo de Kaepernick tem sido reconhecido de maneira potente. Ele venceu importantes prêmios, como o Muhammad Ali Legacy Award, e foi protagonista de campanhas de grandes revistas e marcas, como a Nike, pela qual estreou um comercial. Muito embora seus atos ainda dividam opinião, Kaepernick hoje é visto como uma referência da luta racial nos EUA.
Crédito da Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images. | Reprodução