Em ação social, Kenyan Drake e Duzão visitam hospital no Rio
Em entrevista exclusiva ao TP, running back dos Dolphins falou sobre a ONG na qual é embaixador, nova comissão técnica e seu relacionamento com o brasileiro
RIO DE JANEIRO (RJ) – É bastante comum nos Estados Unidos jogadores se envolverem em causas sociais. Tanto que todo ano a NFL entrega o troféu Walter Payton NFL Man of the Year ao atleta que teve maior impacto positivo para o voluntariado e caridade em comunidades.
Na manhã desta quinta-feira (27), o running back do Miami Dolphins Kenyan Drake decidiu ir além das fronteiras. Enquanto os treinamentos para a pré-temporada não começam, o atleta veio ao Brasil e fez uma visita ao Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, para se encontrar com crianças que sofrem de fissura labiopalatina, uma má formação na região interna da boca. O hospital é considerado referência na área de tratamento desse defeito congênito.
Drake é embaixador internacional da Smile Train, uma instituição sem fins lucrativos que visa a ajudar pacientes com essa anomalia. Segundo dados da própria organização, uma a cada 700 crianças nascidas no mundo todo nascem com fissura labiopalatina.
O brasileiro e companheiro de Drake nos Dolphins, Durval Neto, o Duzão, também estava presente e fez a alegria da criançada.
Em um bate-papo exclusivo com o The Playoffs, o running back contou um pouco sobre o impacto da organização na vida dessas crianças.
“É importante construir uma consciência sobre a Smile Train e para as causas que ela está envolvida.”, disse Kenyan. “Não apenas com as coisas que eles ajudam diretamente, mas também todo o apoio que eles trazem para as famílias desses jovens. Pais e mães são envolvidos no processo e eu sinto que isso é muito importante porque a organização os ajuda bastante”.
Ao ser perguntado sobre o que passa por sua cabeça quando vê o sorriso das crianças no rosto e o carinho envolvido, Kenyan declarou: “Significa muito para mim, porque não importa a situação ou o lugar do mundo, as crianças merecem permanecer com essa pureza. E nada melhor que capturar essa essência com a sensação de que elas acreditam em si mesmas e existem pessoas que acreditam nelas”.
Apesar de boas atuações, Kenyan Drake passou as últimas temporadas com um papel mais secundário no ataque de Miami. Mas para o running back, isso serviu para desenvolvê-lo não só como jogador, mas também como pessoa.
“Jogo futebol americano desde os seis anos de idade, mas todos os anos eu aprendi algo novo comigo mesmo e com o time em que eu estava jogando. Então eu foco em cada oportunidade e eu sei que isso vai me ajudar e ajudar minha equipe a ganhar jogos – e esse é meu principal objetivo”.
Kenyan falou um pouco também sobre Brian Flores, novo head coach dos Dolphins, e a reformulação da comissão técnica na equipe, agora também um papel de mais protagonismo em Miami.
“Nos encontramos pela primeira vez nos treinos de primavera, em abril. Nós estamos construindo o conhecimento sobre o playbook e sobre como jogar juntos. Que todo mundo possa estar na mesma sintonia, como um time, quando a temporada começar. Em agosto teremos um mês de pré-temporada para nos preparamos para o resto do ano. Estou empolgado com tudo que virá assim que voltarmos aos treinamentos”.
Por fim, o assunto foi Duzão. Recém-chegado na equipe, o brasileiro já começa a mostrar o quanto é especial dentro e fora de campo, como contou o próprio Drake.
“Ele é um dos meus melhores amigos no time, especialmente agora que a gente se conheceu mais com essa viagem para o Brasil. Aprendi muito sobre o tipo de pessoa que ele é. Espero que ele tenha sucesso no esporte também já que, além de grande (como o próprio nome diz), ele é muito atlético e explosivo. Com certeza ele pode nos ajudar”.
Quem também quiser abraçar a causa e fazer doações para a Smile Train, o endereço eletrônico é smiletrainbrasil.com
Fotos: Kelvin Queiroz/The Playoffs