“Eles não devem ser chamados de Redskins”, diz Bernie Sanders, candidato à presidência norte-americana
Sanders, que é pré-candidato pelo Partido Democrata, é mais um a criticar o nome da franquia por incitar racismo
Conhecido por sua campanha baseada nos direitos humanos e na quebra de tabus, Bernie Sanders, pré-candidato à presidência norte-americana pelo Partido Democrata, criticou o nome do Washington Redskins. A nomenclatura da franquia já foi diversas criticada por outras personalidades e é um grande tabu na NFL, por representar racismo em relação ao povo indígena.
“Washington tem uma equipe de futebol muito boa, mas não tem que ser chamado de Redskins”, disse Sanders, para um grande público no cassino Navajo, no Arizona. “Acreditamos que esta conversa é uma boa oportunidade para a NFL tomar medidas para remover o racismo a partir do nome de uma de suas maiores franquias”, completou Sanders.
A questão é longa e já gera muita polêmica. A acusação é de que o termo “Peles Vermelhas” denigre e esteriotipa a população indígena nos Estados Unidos, que sofreu um genocídio tremendo, maior até do que o que conhecemos no Brasil. O proprietário da franquia, Dan Snyder, já disse que não existe possibilidade do nome ser mudado, mesmo com a opinião contrária da maioria dos times na NFL e do boicote que muitas vezes o nome é alvo.
Snyder tem apoio de Roger Goodell, comissário da NFL, o que dificulta ainda mais o resultado das manifestações contra a nomenclatura – mesmo com o prefeito de Washington criticando tal postura. Os próprio índios nativos norte-americanos entraram com um processo contra o termo em 1992, que foi aceito mas derrubado em 1999. Diversos veículos de comunicação e promoções sobre a liga não chamam mais a franquia de Redskins, mas apenas de Washington. Bernie Sanders foi mais um, de uma série de ativistas, congressistas, atletas e jornalistas, a demonstrar repúdio para com o nome.