O pedido feito pela defesa de Deshaun Watson para adiar o depoimento do quarterback no processo civil por abuso sexual foi negado. A decisão foi tomada na segunda-feira (22) pela juíza Rabeea Sultan Coulier, do 113º Tribunal Distrital do Texas.

A defesa de Deshaun Watson buscava adiar o depoimento do quarterback até o fim do inquérito criminal, que supostamente terminará em 1º de abril. Rudney Hardin, advogado do jogador, argumentou que a data garantiria tempo para conseguir os depoimentos de todas as 22 mulheres que acusaram Watson. Além disso, o quarterback já saberia se enfrentaria ou não acusações criminais.

Nove das 22 mulheres que acusam o jogador optaram por seguir com o processo civil. Dessa forma, Watson prestará um depoimento sob juramento a respeito dessas nove acusações.

Tony Buzbee, advogado que representa as 22 mulheres, publicou um comunicado a respeito da decisão e criticou a estratégia adotada pela defesa de Watson.

“A defesa de Deshaun Watson afirma clara e publicamente que ele é inocente e não busca nada além de limpar o próprio nome, mas ele se recusa a sentar-se em uma sala para encarar quem o acusa e responder a perguntas sob juramento. Hoje, Watson buscou um novo adiamento. No entanto, apesar dos esforços, o tribunal determinou que, ao menos com relação a essas nove acusações, não haverá adiamentos”.

Rudney Hardin, por sua vez, indicou que aconselhará Watson a exercer o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento.

“A obrigação de um advogado é proteger o cliente. Enquanto houver uma investigação criminal em curso, é justo que possamos esperar para ver se resultará em condenações ou não antes de decidir se submeterá alguém a depoimentos”.

O pedido da defesa foi parcialmente atendido. O depoimento de Watson, inicialmente marcado já para esta semana, foi adiado para o dia 22 de março. O quarterback dos Texans, que segue envolvido em rumores de troca, também é alvo de uma investigação independente conduzida pela NFL.

(Foto: Reprodução Twitter/Houston Texans)