Darron Lee, linebacker dos Jets, afirma que sabia das jogadas dos Lions antes mesmo dos snaps
Defensor que interceptou Matthew Stafford duas vezes, relata que defesa dos Jets estava lendo a mente do QB adversário
Detroit Lions e New York Jets abriram a rodada dupla do Monday Night Football da última segunda-feira (10). E antes do confronto, poucos puderam imaginar que o lado verde de Nova Iorque sairia vencedor pelos sonoros 48 a 17.
O quarterback dos Lions Matthew Stafford foi interceptado quatro vezes, incluindo uma pick-six, em uma noite para ser esquecida. A defesa dos Jets esteve em uma noite irrepreensível e anulou qualquer produção ofensiva dos donos da casa.
Matt Patricia, novo head coach de Detroit, não poderia pedir uma estreia pior. A torcida espera que o primeiro ensaio não se repita e que tudo não tenho passado de um “azar” de principiante. Para tanto, Stafford deverá reverter o quadro rapidamente. Mas o péssimo desempenho ofensivo da equipe pode ter razões mais importantes do que a simples ineficiência dos Lions.
De acordo com Darron Lee, linebacker dos Jets, as jogadas desenhadas pelo ataque de Detroit estavam sendo identificadas antes mesmo dos snaps. “Estávamos chamando as jogadas defensivas de acordo com o posicionamento do ataque deles”, disse Lee em entrevista a Rich Cimini, da ESPN americana.
O linebacker interceptou Stafford em duas oportunidades, incluindo uma pick six. “Nós identificamos os sinais. Sabíamos tudo que iria ocorrer. Isso é a preparação que uma defesa tem de ter. Parecia que estávamos dentro da cabeça dele”.
Exemplificando o que Darron Lee relatou ao jornalista, um lance na partida fica claro de como a defesa dos Jets estava mais que lendo a mente do QB dos Lions. No início do segundo quarto, em uma terceira descida para 15 jardas, um defensor dos Jets grita a seus companheiros: “screen, screen!”, indicando a jogada que iria ser executada. Dito e feito. Stafford tentou um passe screen para Golden Tate, que prontamente foi aniquilado pela defesa dos Jets.
Questionados sobre uma influência externa nas leituras das jogadas ofensivas dos Lions, os Jets indicaram que estudaram muito o ataque adversário e por isso foram tão bem sucedidos na partida. “Isso se chama estudo. Tivemos um dia extra de preparação por jogar na segunda-feira. Era um jogo grande, fora de casa, e vencer dessa maneira é importantíssimo para iniciar a temporada”, afirmou o novo cornerback dos Jets, Trumaine Johnson.
Se tudo isso soa familiar a Detroit, é porque realmente é. Em 2015, sob o coordenador Joe Lombardi, os Lions foram surpreendidos da mesma forma. Golden Tate afirmou em uma rádio local que jogadores de outras equipes confirmaram que sabiam sobre as jogadas que os Lions iriam executar.
Lombardi foi despedido um mês após o ocorrido. Não há indícios que Patricia despeça seu coordenador ofensivo, após uma partida em que nada deu certo. No entanto, é mais um problema para Jim Cooter. Se por um lado, o coordenador é visto como o homem que elevou o jogo de Stafford, por outro lado, há um consenso sobre a frustração das jogadas previsíveis chamadas por ele. Um misto de uma fraca combinação de rotas dos recebedores, inabilidade em esquematizar o jogo corrido e uma das piores eficiências na redzone entre todas as equipes da NFL.
O cuidado da franquia agora é não deixar que uma partida coloque em xeque todo um trabalho. Contudo, Cooter deverá olhar com atenção para suas tendências de jogo apresentadas na última segunda-feira. O coordenador terá a responsabilidade de fazer os ajustes necessários para não terminar sua trajetória como seu antecessor.
(Foto: New York Jets/Site Oficial)