Dan Snyder foi acusado de assédio sexual em 2009, revela Washington Post
Documento obtido pelo jornal revelou que caso terminou em acordo de US$ 1,6 milhão com uma funcionária da franquia
Além das acusações enfrentadas atualmente, Dan Snyder esteve envolvido em outro problema legal anteriormente. De acordo com documentos obtidos pelo Washington Post e divulgados nesta terça-feira (21), o proprietário do Washington Commanders foi acusado de abuso e assédio sexual por uma funcionária do time em 2009.
Conforme revelado pelo documento, a funcionária, que não teve o nome divulgado, acusou Dan Snyder de apalpá-la e tentar tirar as roupas dela. O episódio teria ocorrido em um compartimento privado do avião da franquia de Washington em abril de 2009, durante a volta de uma viagem a negócios para Las Vegas.
O time conduziu uma investigação particular e concluiu que as acusações teriam sido inventadas com o intuito de extorquir Snyder. No entanto, a franquia chegou a um acordo de US$ 1,6 milhão com a funcionária em troca de manter o caso em segredo e de não processar o time.
Snyder e os Commanders se recusaram a comentar o caso. No entanto, em 2020, durante outra investigação sobre abusos sexuais do proprietário, Snyder mencionou o episódio de 2009 e afirmou que a acusação “não tinha mérito”.
A investigação conduzida pelo time foi auxiliada pelo advogado Howard Shapiro, do escritório WilmerHale. O então COO de Washington, David Donovan, foi sócio da empresa e supervisionou os trabalhos.
Na carta que apresentou as conclusões da investigação, Donovan e Shapiro afirmam que o avião era silencioso e pequeno, o que facilitaria para que os demais passageiros ouvissem alguma movimentação. De acordo com o trabalho conduzido, não houve relatos de nenhum dos presentes a respeito da acusação.
Outros fatores citados são a porta para o compartimento do avião teria ficado aberta durante toda a viagem, e que outros passageiros e integrantes da tripulação teriam frequentado o compartimento. Donovan também alegou que a funcionária “usava roupas reveladoras” e “flertou com outros homens em Las Vegas”.
De acordo com a política da NFL, acusações de abuso e assédio sexual devem ser conduzidas sob a supervisão da própria liga. Entretanto, isso não ocorreu no caso citado. Snyder, a NFL, Donovan, Shapiro e representantes do escritório WilmerHale se recusaram a comentar.
O Washington Post procurou três especialistas em investigações de abuso sexual para comentar a respeito da investigação conduzida pela franquia. Os especialistas acreditam que o resultado da investigação foi justificável, porém, criticaram algumas das provas apresentadas e também as palavras usadas com o claro intuito de prejudicar a imagem da funcionária.
(Foto: Reprodução Twitter/Around the NFL)