Calouros com maior impacto imediato no Fantasy: running backs
Quais running backs calouros podem ter mais sucesso no seu time de fantasy football? Confira a lista
Estamos em maio, então ainda é muito cedo para falar de fantasy football, certo? Errado! Passado o Draft da NFL e determinados os landing spots de cada calouro, perspectivas e projeções podem ser feitas pensando no melhor fantasy game do planeta.
Ainda que as chamadas ligas dynasty – aquelas em que você carrega o mesmo elenco ano após ano e, por isso, demandam um planejamento mais a longo prazo – já estejam se movimentando, o foco aqui será nos calouros que farão a diferença para suas franquias – e nossos times de fantasy – já em 2021.
Depois de termos revelado o top 3 para quarterbacks, hoje o dia é daquela posição cada vez menos valorizada na “vida real”, mas que continua muito importante para o fantasy: os running backs! Vamos a um top 5 de RBs calouros que devem ter impacto imediato em 2021.
Foto: Reprodução/ Instagram Najee Harris
1. Najee Harris (Pittsburgh Steelers)
Volume, volume, volume.
Ainda que se questione a qualidade da linha ofensiva dos Steelers ou mesmo o fato de a equipe ter priorizado um corredor que já conta com 23 anos de idade com sua escolha mais valiosa no NFL Draft 2021, certo é que, para o fantasy, o destino foi dos melhores.
Mike Tomlin e sua preferência, que já dura mais de uma década, em utilizar o chamado RB bell cow muito provavelmente garantirão uma média de mais de 15 toques na bola por jogo ao camisa 22, que, mesmo sem a expectativa de ter um bom número de jardas por carregada em função dos prováveis problemas com sua linha ofensiva, certamente fará com que, simplesmente pela quantidade de touches que lhe são projetados, assegure um lugar entre os 20 melhores RBs para o fantasy na próxima temporada, com upside de top 10, considerando sua técnica refinada e facilidade em receber passes.
2. Travis Etienne (Jacksonville Jaguars)
Nova comissão técnica significa novos tempos para o backfield dos Jaguars. Mesmo contando com o undrafted free agent James Robinson e seu salário de ótimo custo-benefício levando em conta o quanto ele foi produtivo como calouro em 2020, Urban Meyer e companhia não hesitaram em, logo com sua segunda escolha de primeira rodada, selecionar o corredor vindo de Clemson, promovendo o reencontro com o novo rosto da franquia, Trevor Lawrence.
Todo esse capital de Draft faz com que se interprete com muita desconfiança a declaração de Meyer, logo depois do Draft, no sentido de que Robinson e o recém-adquirido Carlos Hyde formariam o “one-two punch” nas primeiras e segundas descidas, enquanto Etienne seria o “third down back” da equipe.
Eis a razão: em se tratando de uma franquia com muitas outras necessidades e carências antes do processo de seleção de 2021, mas que decidiu por draftar um RB tão cedo, não vislumbro outra possibilidade que não o rápido, vertical e explosivo Etienne dominando o backfield pelo menos a partir da segunda metade da temporada.
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3. Javonte Williams (Denver Broncos)
Tido por muitos como o mais equilibrado dentre os prospectos de RB da classe deste ano, Williams tem tudo para seguir caminho semelhante ao de Etienne em seu primeiro ano na liga.
Dividindo o RB room com o veterano Melvin Gordon, atleta que convive com lesões com alguma frequência e já está na parte final da carreira e no último ano de contrato com a franquia de Denver, Javonte tem tudo para assumir a titularidade, no mais tardar, na parte final da temporada.
Ajuda essa perspectiva o fato de os Broncos terem feito um movimento de trade up logo no início do segundo round do Draft para selecioná-lo à frente do Miami Dolphins – destino este que teria sido ainda mais interessante para o fantasy.
Isso porque fico com um pé atrás em relação à criatividade do coordenador ofensivo Pat Shurmur, além da tendência que o treinador principal Vic Fangio, no comando da equipe desde 2019, vem tendo em utilizar um comitê de corredores.
4. Michael Carter (New York Jets)
Companheiro de Javonte Williams no College, Carter foi o quarto RB escolhido no Draft, com a segunda escolha da terceira rodada. Este fato, em conjunto com a escassez de habilidade de seus companheiros de backfield no nível profissional (Tevin Coleman, La’Mical Perine e Ty Johson), dá ao novo camisa 32 dos Jets a chance de se estabelecer como o principal corredor do time logo no primeiro ano, contrariando as expectativas de que o jogador de 91 kg e 1,75 m de altura seria apenas um passing downs back no nível profissional.
Por outro lado, além desses atributos físicos não tão robustos, preocupa o sistema em que ele provavelmente será inserido, ou seja, aquele proveniente de San Francisco, trazido pelo novo coordenador ofensivo Mike LaFleur, irmão do técnico dos Packers, que, apesar de muita criatividade para gerar espaços a serem explorados pelos RBs, promove uma ampla rotatividade entre eles, afastando Carter da tão buscada consistência de toques e pontuação para o fantasy.
5. Trey Sermon (San Francisco 49ers)
Ainda que inserido em um dos backfields mais populosos da NFL, ao lado de nomes como Raheem Mostert, Jeff Wilson, Wayne Gallman e do também recém-draftado Elijah Mitchell, sem contar com a já mencionada propensão da franquia em rodar seus corredores jogo a jogo e durante as partidas, pesa em favor de Sermon seu capital de Draft, já que ele foi o quinto jogador da posição selecionado, ainda no terceiro round, e após uma movimentação de troca para cima.
Considerando, ainda, que os demais RBs escolhidos há pouco mais de uma semana foram para equipes que já contam com titulares mais estabelecidos, o novo bruiser dos Niners fecha nosso ranking, muito embora suas perspectivas de produção sejam muito melhores em ligas dynasty, na medida em que, a partir de 2022, Mostert e Wilson não mais estarão sob garantia de contrato e, ao lado do móvel QB Trey Lance, seu estilo de jogo pode ser muito favorecido.