O técnico Brian Flores se recusou a assinar um NDA (acordo de confidencialidade) de dois anos após ser demitido pelo Miami Dolphins. A informação foi revelada pelo próprio técnico em uma entrevista para o jornalista Bryant Gumbel, do HBO Sports. O documento, segundo Flores, foi oferecido por Stephen Ross, dono da franquia.

“Se eu tivesse assinado aquele documento, eu não poderia falar nada”, afirmou Flores sobre o ocorrido.

Os Dolphins negaram a informação e acusaram Flores de espalhar histórias “categoricamente falsas”:

“Isso não aconteceu. Não entendemos por que o Brian continua com esse hábito de dar declarações que ele sabe que não são verdadeiras”, declarou a equipe em um pronunciamento.

Mas Doug Widgor, um dos advogados do técnico, compartilhou em sua conta do Twitter fotos do documento que, segundo ele, Flores se recusou a assinar.

“Se Brian Flores tivesse assinado esse documento, ele teria sido impedido de revelar sua experiência”, comentou Widgor no Twitter.

Flores foi demitido em janeiro deste ano após três temporadas em Miami. Segundo a imprensa americana, a demissão foi motivada porque a relação dele com o general manager da franquia, Chris Grier, e com o quarterback Tua Tagovailoa havia se deteriorado.

Na sequência, Flores abriu um processo contra os 32 times da NFL por discriminação racial e revelou que foi pressionado por Ross para perder jogos em busca de uma melhor posição no Draft de 2020. A liga abriu uma investigação e Ross pode perder o comando dos Dolphins se as acusações forem comprovadas.

Flores, considerado um dos técnicos mais promissores da NFL antes de sua demissão, continua na liga como assistente defensivo e técnico de linebackers do Pittsburgh Steelers.

Foto: Reprodução Twitter / Around The NFL