Andy Dalton diz que se sente ‘machucado’ por demora em corte dos Bengals
Quarterback acredita que teria mais chance de achar novo time se fosse dispensado antes pela franquia de Cincinnati
O quarterback Andy Dalton afirmou, em entrevista publicada no site oficial do Cincinnati Bengals nesta sexta-feira (1º), que se sente machucado com a demora no qual a franquia levou para dispensá-lo. O play caller acredita que seria mais fácil encontrar um novo time caso tivesse sido cortado antes.
Para Dalton, há múltiplos fatores para os Bengals não terem conseguido nenhuma troca. Um dos motivos é a quantidade de quarterbacks disponíveis no mercado, como Cam Newton e Jameis Winston, além das promessas do Draft da NFL deste ano. Apesar disso, times como Chicago Bears e New England Patriots ainda conversaram com a franquia pelo Red Rifle.
“Eu acho que teria acontecido diferente se eu fosse um free agent antes do ano novo da liga começar. Eu ainda estava sob contrato e aquilo me machucou. Eu tenho certeza que os times sabiam que eles [os Bengals] pegariam um quarterback com a escolha número 1. Eles me dispensariam e não teria motivo nenhum para correr atrás de nada”, explicou Dalton.
De fato, era extremamente improvável que os Bengals continuassem com Dalton no elenco após a seleção do quarterback Joe Burrow, destaque na temporada passada do futebol americano universitário. Com o corte, a franquia de Cincinnati poupou cerca de US$ 18 milhões de teto salarial que podem ser utilizados na restruturação de contratos ou novas aquisições para o time.
Ainda que aparentemente magoado, Dalton também destacou o carinho que recebeu de Cincinnati desde o Draft da NFL de 2011, quando foi selecionado na segunda rodada. De acordo com o quarterback, desde que os Bengals anunciaram seu corte, o jogador recebeu diversas mensagens positivas dos torcedores, algo que ele considera mais importante que o futebol americano.
“Eu recebi muito suporte durante toda minha carreira. Eu tenho sentido isso desde ontem quando eles anunciaram. Eu não vou dizer que fui pouco querido ou pensar que merecia mais do que estou tendo. Aconteceram muitas coisas boas nos últimos anos. Isto é maior do que futebol americano.”, explicou.
A passagem de Dalton em Cincinnati foi marcada por altos e baixos em relação a críticas da torcida e da imprensa. Apesar disso, o quarterback tem o maior número de passes para touchdown da história da franquia, com 204, o segundo em jardas aéreas (31.594), ficando atrás apenas de Ken Anderson (32.838), e é o terceiro play caller com mais jogos (132) pelos Bengals, completando o pódio que tem Boomer Esiason (133) e, claro, Anderson (192).
Dos três jogadores citados no parágrafo anterior, apenas Dalton não foi ao Super Bowl. O ruivo sequer conseguiu uma vitória em jogo de playoff, caindo cinco temporadas seguidas (2011-2015) na rodada de Wild Card. Os reveses deram ao jogador a fama de “amarelão”, mas nas dez temporadas que esteve à frente dos Bengals, ele conseguiu mais drives de virada nos últimos dois minutos que levaram à vitória que Cam Newton ou até mesmo Aaron Rodgers.
(Foto: Reprodução Facebook/Cincinnati Bengals)