Alejandro Villanueva diz que ficou em campo durante o hino nacional por acidente
Left tackle dos Steelers lamentou o ocorrido e reforça que equipe está unida
Em um final de semana pra lá de polêmico após as declarações do presidente norte-americano,Donald Trump, a respeito dos jogadores da NFL não manterem uma postura adequada durante a execução do hino do país, uma cena chamou a atenção no Soldier Field, em Chicago, antes do jogo entre Chicago Bears e Pittsburgh Steelers. O left tackle Alejandro Villanueva, diferentemente de seus companheiros de equipe, que ficaram nos vestiários, manteve a postura com patriotismo enquanto tocava “The Star-Spangled Banner” no estádio.
Mas o próprio Alejandro Villanueva diz que tudo isso não passou de um infeliz mal entendido. Os jogadores dos Steelers tiveram um encontro na noite anterior ao jogo para que decidissem, como equipe, qual seria a atitude que tomariam no dia seguinte. Como não chegaram a um consenso, decidiram que não estariam em campo até que a execução do hino terminasse.
Porém, na hora da partida, sentindo a necessidade de ver a bandeira dos EUA durante o hino, Villanueva, que serviu ao Exército americano em três excursões no Afeganistão, perguntou ao quarterback Ben Roethlisberger se ele poderia ficar na parte de frente do túnel para ter uma boa visão da bandeira. Big Ben concordou, mas Villanueva avançou demais, ficando visível para as câmeras. O jogador ainda tentou recuar, mas quando o hino começou, ele parou e fez o que fez durante a vida toda: colocou a mão direita sobre o coração e manteve a postura até o final.
Questionado sobre o ocorrido ao final da partida, o jogador de 29 anos lamentou o ocorrido:
“A decisão foi: Você sai durante o hino nacional e se junta aos seus companheiros? Eu sei que isso pareceria extremamente ruim. Ou, como equipe, você começa a se mexer no meio do hino nacional? A conclusão que podemos tirar depois disso é que essencialmente massacramos nosso plano”.
Sobre a união da equipe, o atleta de linha ofensiva foi sincero na resposta:
“Quando todo mundo vê a imagem onde estou sozinho, todo mundo pensa que o time, os Steelers, não estão comigo, e isso é absolutamente errado. Eu fiz o técnico Tomlin parecer ruim, e isso é culpa minha e apenas minha. Eu deixei meus companheiros em uma situação ruim e isso é minha culpa, apenas minha”.
A atitude, mesmo que sem querer do camisa 78, o colocou como uma super celebridade nos Estados Unidos e sua camisa foi a mais vendida durante todo o final de semana no site da NFL. Mais uma prova de que boa parte da torcida ainda é contra os protestos dos jogadores.
O que se sabe é que nas próximas partidas, os jogadores dos Steelers estarão em campo durante o hino nacional. Essa decisão já foi anunciada pelos capitães da equipe, Big Ben e Cam Heyward.
(Foto: Reprodução Twitter/Pittsburgh Steelers)