O prenúncio de mais uma tragédia logo se pulverizou e se transformou em alívio. A tranquila vitória de Virginia Cavaliers sobre Oklahoma Sooners por 63 a 51 neste domingo (24), na Colonial Life Arena, Carolina do Sul, serviu para dar um basta no cenário tenso em que vivia a equipe após a histórica derrota para a cabeça-de-chave número 16 na temporada passada e o primeiro tempo contra Gardner-Webb na última sexta.

Com o resultado, os Cavaliers conseguiram uma vaga no Sweet Sixteen do March Madness, equivalente às oitavas de final do torneio, no qual irão enfrentar Oregon. É a terceira vez em seis temporadas que o time comandado por Tony Bennett consegue se classificar para essa fase.

O confronto

É bem verdade que o começo não foi dos melhores para a equipe de branco. O placar de 13 a 9 em favor dos Sooners com oito minutos de jogo deixava os torcedores de Virginia bem apreensivos, dado o já mencionado histórico recente da equipe.

Mas, como também já é de costume, o sistema defensivo de Tony Bennett logo se impôs sobre um adversário que não apresentava muitas variações ofensivas. Após o bom início, Oklahoma usava e abusava das jogadas em isolation e tentava testar ao máximo os confrontos individuais. Em vão.

Apenas três jogadores dos Sooners marcaram pontos no primeiro tempo: Brady Manek, Kristian Doolitle e Jamal Bieniemy. Os 13 pontos na primeira etapa credenciavam Manek como a salvação do inoperante ataque que o técnico Lon Kruger colocava em quadra. Do outro lado, um panorama completamente diferente: Virginia distribuía muito mais o jogo, chegando na marca de cinco jogadores com pelo menos nove pontos na partida.

A entrada de Mamadi Diakite no time titular não surpreendeu já que o atleta vinha de ótima atuação contra Gardner-Webb, mas mostrava que Bennett queria ganhar esse jogo se impondo fisicamente tanto no lado ofensivo quanto no defensivo. E foi isso que Diakite proporcionou. Com dois tempos bem sólidos, o ala nascido na Guiné foi um dos grandes destaques da partida e flertou com o duplo-duplo: 14 pontos e nove rebotes, além de contribuir com três tocos e alguns momentos de injeção de ânimo em sua equipe e torcida.

Throw it DOWN, young fella! 😤#MarchMadness | @UVAMensHoops pic.twitter.com/dA5Cs2ti0k

— NCAA March Madness (@marchmadness) March 25, 2019

Com o placar favorável em 31 a 22, o fato é que, na volta do intervalo, Virginia controlou completamente as ações.  Em nenhum momento os Cavaliers permitiram que o adversário oferecesse algum perigo no placar – desde a primeira posse do período, os Sooners nunca deixaram a diferença chegar a menos que 10 pontos. Uma prova é o desempenho de Manek, zerado na segunda etapa.

Apesar de alcançar dígitos duplos na pontuação, DeAndre Hunter, a grande estrela desse time de Virginia, teve atuação apagada: 10 pontos, 4/9 nos arremessos de quadra e cinco faltas. O armador viu seu companheiro Kyle Guy chamar o jogo e se tornar o protagonista nos arremessos, mas que também teve números decepcionantes: 0 de 10 nos chutes de perímetro e quatro pontos para o junior de Indianapolis.

Foto: Twitter / Virginia