Kohlhausen faz jogo da vida e TCU tira 31 pontos de diferença para vencer Oregon
Com atuação sublime de quarterback, Horned Frogs realizam milagre para serem campeões do Alamo Bowl
Você já ouviu falar em Bram Kohlhausen? Não? Então se prepare, porque a história que o camisa 6 de TCU escreveu, na vitória sobre Oregon por 47 a 41, que valeu o título do Alamo Bowl para os Horned Frogs, é daquelas inesquecíveis.
Sua cara com a virada dos Horned Frogs:
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— RedditCFB (@RedditCFB) January 3, 2016
“Este será um dia que eu vou contar aos meus netos. Esta é uma noite que nunca pensei que iria acontecer”, disse o quarterback que só foi titular, pois o antigo dono do posto, Trevone Boykin, se envolveu em uma briga de bar dois dias antes do jogo e foi afastado pelo técnico Gary Patterson.
Sobre o jogo, para começar, seu time desceu para o intervalo perdendo “só” por 31 a 0. Isso mesmo. Um atropelo se concretizava aos olhos da incrédula torcida da universidade texana. Para piorar, um dos últimos atos de Kohlhausen foi uma interceptação.
Na volta do intervalo, logo na primeira campanha, conseguiu liderar TCU para um field goal. O estrago ficou ainda menor, quando conectou Jaelan Austin para 26 jardas, após a defesa forçar um “three and out” dos Ducks: 31 a 10.
Foi então que veio um dos lances chave da partida: logo no kickoff, os Horned Frogs conseguiram forçar um fumble e recuperar a bola com Mike Tuaua. O próprio Kohlhausen resolveu a parada correndo para o TD, 31 a 17.
Trick play numa conversão de 2 pontos:
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Assustados, os atletas de Oregon não conseguiam manter o ataque em campo, que havia perdido o QB Vernon Adams por lesão ainda no primeiro tempo. E o ataque de TCU não parou. Nas duas campanhas posteriores, um FG de 34 jardas de Jaden Oberkrom e um touchdown de Aaron Green, colocaram a equipe muito próxima do milagre: 31 a 28.
Faltando apenas 19 segundos para o fim do tempo normal, Oberkrom apareceu mais uma vez para conseguir o improvável. Num chute mais fácil, de 22 jardas, TCU enfim empatou em 31 a 31 o duelo.
Prorrogação. Bola com os Horned Frogs. Touchdown. Kohlhausen encontrou Emanuel Porter e deu a improvável liderança para seu time. Só que Royce Freeman quis aumentar a agonia do jogo e empatou em 38 a 38.
Mais uma chance para os dois lados. É bom lembrar que a prorrogação no College Football não tem tempo, como na NFL. As equipes vão disputando até uma vencer, posse por posse. Quando uma pontua, a outra tem a chance de igualar e conseguindo, começa com a bola a próxima sequência. Os ataques começam na linha de 25 jardas do adversário.
Oregon conseguiu apenas uma FG de 44 jardas com Aidan Schneider. Os Horned Frogs precisaram recorrer a um de 46 jardas, mas contaram mais uma vez com o pé calibrado de Oberkrom. 41 a 41.
Pela terceira vez, iríamos para a tentativa da vitória por um dos lados. E quem melhor que o improvável herói Kohlhausen para resolver? Com uma corrida de 8 jardas, foi a endzone e deu a dianteira a TCU por 47 a 41, já que o time tentou uma conversão de 2 pontos, mas não conseguiu.
Um novo herói na cidade: Bram Kohlhausen:
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Era a hora da defesa. E ela não falhou. Desviando um passe fatal de Jeff Lockie numa 4ª para 8, TCU fez história. Igualou a maior virada da história dos bowls. E muito por causa da grande noite de Bram Kohlhausen.
O lance que decidiu o confronto:
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“Eu disse a ele (no intervalo): ‘Você pode imaginar – seu pai faleceu e onde quer que esteja está assistindo, o quanto seria absurdo virar esse jogo? Consegue imaginar?”, o treinador Patterson disse, relembrando o pai do atleta que faleceu devido a um câncer em novembro.
“Eu apenas dei-lhe um abraço e comecei a chorar com ela. Adoraria que ele estivesse aqui e pudesse ver isso acontecer, mas sei que ele está assistindo lá em cima”, encerrou Kohlhausen.
Um jogo para a história.
Melhores momentos de TCU 47, Oregon 41:
Outros resultados:
Liberty Bowl: Arkansas 45 – 23 Kansas State
Cactus Bowl: West Virginia 43 – 42 Arizona State
TaxSlayer Bowl: Georgia 24 – 17 Penn State