Suprema Corte dos EUA vota a favor de compensação a atletas da NCAA
Em resultado unânime, juízes mantêm decisão que NCAA viola leis antitruste ao limitar pagamentos acadêmicos a jogadores
Uma decisão da Suprema Corte dos EUA pode pavimentar o caminho para o futuro dos esportes universitários. Em votação unânime no caso NCAA v. Alston, os juízes determinaram nesta segunda-feira (21) que a NCAA não pode impedir a compensação financeira baseada em “benefícios educacionais”.
O redator, juiz Neil Gorsuch, manteve uma decisão anterior de nível distrital responsável por determinar que a NCAA violava leis antitruste ao limitar as compensações financeiras baseadas em benefícios acadêmicos aos jogadores.
Na decisão, Gorsuch reforçou que a Suprema Corte analisou a questão apenas sob o ponto de vista educacional. O juiz afirmou que as universidades têm direito a oferecer compensações financeiras ilimitadas aos atletas, desde que relacionadas à educação deles.
Já o juiz Brett Kavanaugh foi além, afirmando que o modelo comercial da NCAA seria considerado ilegal em qualquer outro segmento de mercado. Kavanaugh também ressaltou que as regras atuais, incluindo a proibição de remuneração aos atletas, não deverão durar por muito mais tempo diante de novos desafios legais.
Steve Burman, um dos advogados envolvidos na ação, acredita que será possível remover por completo as restrições de pagamentos nos esportes universitários. Dessa forma, a decisão no caso NCAA v. Alston poderia pavimentar o caminho para que atletas universitários sejam remunerados como tal.
A definição de “amadorismo” nos esportes universitários é considerado pela NCAA como um de seus pilares. No entanto, a regra de 115 anos começa a ser derrubada aos poucos. Decisões recentes de estados determinaram que atletas podem ser remunerados por terceiros em relação ao direito de imagem.
(Foto: Reprodução site oficial/NCAA)