Quem surpreendeu e quem decepcionou na temporada – Conference USA
C-USA ficou marcada pelo abismo entre os times fortes e fracos da conferência
A temporada de 2015 do futebol americano acabou e nada – mas nada mais mesmo – nos resta para fazer até o final de agosto. A offseason do College Football é extremamente parada e, para evitar possíveis surtos, vamos relembrar um pouco da temporada que se foi. Algumas lembranças são boas, outras nem tanto. Isso depende muito para qual universidade você torce.
Vamos fazer uma avaliação geral das equipes que fizeram temporada superior ou inferior às expectativas. As universidades que fizeram uma campanha “na média” ficarão de fora neste caso.
Quem surpreendeu
Poucos times na conferência conseguiram se tornar elegíveis para a Bowl Season. Mesmo assim, alguns times surpreenderam e apresentaram desempenho acima da média, criando um abismo entre as equipes mais fortes e as equipes mais fracas da C-USA.
Western Kentucky Hilltoppers: Apesar de favorita ao título da conferência, Western Kentucky surpreendeu pela extrema facilidade com que conquistou o título. Destaque para o prolífico ataque da equipe, que teve média de 44,3 pontos por jogo e teve seu quarterback titular, Brandon Doughty, ultrapassando a marca das 5 mil jardas lançadas. As únicas derrotas, vindas contra Indiana e a poderosa LSU, podem ser consideradas normais para um programa com poucos recursos. É preferível mencionar o fato do time ter derrotado Vanderbilt fora de casa e ter terminado no Top 25 final da Associated Press.
Marshall Thundering Herd: Mesmo com um time tecnicamente muito inferior ao de 2014, o qual venceu 13 jogos e se sagrou campeão da C-USA, Marshall conseguiu manter um bom nível e arriscou, por alguns momentos, o favoritismo de Western Kentucky na divisão. Não fossem as derrotas para Ohio e Middle Tennessee – que não eram tecnicamente superiores a eles – talvez a universidade tivesse chegado novamente à marca de 13 vitórias. O trabalho do treinador Doc Holliday merece ser destacado. É a terceira temporada consecutiva com ao menos 10 vitórias. Nesses três anos, o programa venceu seu Bowl Game nas três ocasiões.
Southern Mississippi Golden Eagles: Em 2015, o time venceu mais que o dobro de jogos das 3 temporadas anteriores. O time teve um grande salto de desempenho na temporada: quase 40 pontos por jogo, em média, mais de 500 jardas por partida e uma campanha 9-5, que lhe rendeu o título da divisão da divisão oeste da C-USA. As derrotas vieram realmente contra times tecnicamente superiores, com exceção discutível de Marshall: Mississippi State, Nebraska, Western Kentucky e Washington (na Bowl Season). No entanto, o treinador Todd Monken deixou a universidade para se tornar coordenador ofensivo do Tampa Bay Buccaneers, deixando o cargo vago. Até o momento da publicação, o programa seguiu sem técnico.
Quem decepcionou
Sete das doze universidades da Conference USA não conquistaram as seis vitórias necessárias para ir à Bowl Season. Porém, poucas surpreendem. Neste caso, apenas duas se destacam:
Old Dominion Monarchs: Com a saída do quarterback Taylor Heinicke em 2014, esperava-se um desempenho extremamente abaixo da campanha 6-6 produzida no ano anterior. No entanto, a temporada regular mostrou que o time tinha, sim, capacidade de ir melhor. Derrotas para Florida International e Florida Atlantic – esta na última semana da temporada – fizeram com que o programa ficasse com campanha 5-7 e fora da Bowl Season novamente, desta vez por não ter conquistado as 6 vitórias mesmo (no ano passado, Old Dominion ficou de fora por estar no ano de transição para a FBS).
North Texas Mean Green: Uma das profissões mais difíceis do mundo é treinar North Texas. Dan McCarney que o diga. Treinador da universidade desde 2011, conseguiu ir à Bowl Season apenas em 2013. Após um 2014 com campanha 4-8, as expectativas da equipe em 2015 eram baixas. No entanto, a queda foi muito maior do que a esperada. Com uma média de 41,3 pontos cedidos (7ª pior da FBS) uma vergonhosa derrota por 66-7 em casa contra Portland State, da FCS (derrota que custou o cargo para McCarney), North Texas, mesmo tendo um programa fraco, conseguiu decepcionar até os mais céticos. Seth Littrell, ex-treinador assistente de North Carolina, terá que desarmar a bomba que é treinar um dos piores programas da primeira divisão.
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