Quem surpreendeu e quem decepcionou na temporada – Big Ten
Desequilíbrio entre os times da conferência marcou a Big Ten em 2015
A temporada de 2015 do futebol americano acabou e nada – mas nada mais mesmo – nos resta para fazer até o final de agosto. A offseason do College Football é extremamente parada e, para evitar possíveis surtos, vamos relembrar um pouco da temporada que se foi. Algumas lembranças são boas, outras nem tanto. Isso depende muito para qual universidade você torce.
Vamos fazer uma avaliação geral das equipes que fizeram temporada superior ou inferior às expectativas. As universidades que fizeram uma campanha “na média” ficarão de fora neste caso.
Avaliação geral da conferência: A Big Ten sofre do mesmo problema que a ACC, mas em escala menor: o desequilíbrio entre os times fortes e fracos da conferência é muito alto. Seis times terminaram com ao menos dez vitórias em 2015. Das que não alcançaram dez vitórias, Penn State, com sete, é a que mais venceu. No entanto, pode-se considerar que este foi um ano atípico dentro da conferência. Mas, que existe um abismo entre Ohio State e Purdue, por exemplo, é fato.
Quem surpreendeu
Iowa Hawkeyes: As expectativas para Iowa em 2015 eram modestas: para o técnico Kirk Ferentz, manter o emprego; para o time, fazer uma temporada melhor do que o decepcionante 2014. No entanto, as vitórias simplesmente vieram e, ajudados pelo calendário fraco e pela má fase de alguns rivais, os Hawkeyes terminaram a temporada regular invictos e só perderam o título da conferência no último minuto – não fosse isso, Iowa teria ido aos playoffs. O passeio sofrido contra Stanford no Rose Bowl mostrou que a equipe conquistou muito mais do que a qualidade apresentada pelo time na temporada. Ou seja: mesmo sem o título da Big Ten ou de um Bowl Game, Iowa saiu totalmente no lucro.
Michigan State Spartans: Sejamos sinceros: Michigan State não merecia estar nos playoffs. Não pela falta de qualidade, mas sim por não ser o melhor time da conferência. Depois de um começo com oito vitórias – incluindo uma contra Michigan em uma jogada final que não se repetirá por décadas – até serem surpreendidos pelo fraco time de Nebraska. A salvação dos Spartans foi a improvável vitória contra Ohio State fora de casa e com o quarterback reserva, apoiando-se basicamente no jogo corrido. O triunfo deu passe livre para o time conquistar o título da Big Ten contra Iowa, mas não sem sofrimento. A derrota na semifinal contra Alabama externou as limitações do time, principalmente na defesa. Provavelmente Ohio State não perderia (ou caso perdesse, não sofreria uma derrota por uma grande diferença de pontos), o que justifica o fato da temporada ter sido melhor do que o esperado.
Northwestern Wildcats: Sob o manto de dúvidas que pairavam no ar em Evanston após uma temporada 5-7 em 2014, Northwestern calou a maioria dos críticos que andavam com “uma pulga atrás da orelha”. Extremamente dependente de sua defesa, os Wildcats derrotaram Stanford, futura campeã da Pac-12, na sua estreia, e mantiveram-se invictos até enfrentar Michigan e Iowa, quando o setor não conseguiu prevalecer. No mais, aproveitou o calendário fraco e recheado de times fracos dentro da própria conferência para chegar às dez vitórias. A derrota sofrida contra Tennessee no Outback Bowl revelou muito sobre o próprio time, que chegou longe demais mesmo sem ter merecido tudo isso.
Quem decepcionou
Penn State Nittany Lions: Pelo seu tamanho e relevância, esperava-se um ano melhor do time. Não necessariamente em vitórias, mas em competitividade. Pela primeira vez desde 1941, perdeu para a rival estadual Temple, cedendo 10 sacks na partida. Com uma linha ofensiva horrível protegendo o quarterback Christian Hackenberg, até foi bem em alguns jogos dentro da Big Ten, mas todos contra equipes fracas. Contra as potências da conferência, não anotou mais de 20 pontos em nenhuma das ocasiões e nunca esteve perto de derrotar times como Ohio State, Michigan e Michigan State. Com a saída de Hackenberg, qual será o próximo cidadão a apanhar das linhas defensivs adversárias?
Nebraska Cornhuskers: Todos sabiam que o desempenho apresentado em 2014 era muito superior à qualidade do time em si (e que mesmo assim culminou na demissão do técnico Bo Pellini), mas também não era um time tão fraco assim. Derrotas sofridas contra Miami (FL), Illinois e Purdue são praticamente inadmissíveis, mesmo com treinador novo e uma equipe totalmente bagunçada. Por outro lado, derrotou Michigan State e, mesmo com apenas 5 vitórias na temporada regular, foi para a Bowl Season pelo coeficiente acadêmico, onde – aí sim – surpreendeu e derrotou a forte equipe de UCLA. O ano dos Cornhuskers não precisava ser tão sofrido.
Illinois Fighting Illini: A temporada começou extremamente bagunçada para Illinois ao demitir o seu treinador a uma semana da estreia. As esperanças até pareciam ter se esvaído, mas Bill Cubit (que assumiu interinamente) e sua trupe começaram muito bem o ano e realmente deram a sensação de que o time iria para a Bowl Season de novo. Porém, a equipe venceu apenas um dos últimos sete jogos em 2015 e fechou o ano com uma decepcionante campanha com 5-7. Com a efetivação de Cubit no cargo, espera-se que o time volte aos seus melhores dias.
Fotos: Reprodução/YouTube e Flickr