Ohio State bate Clemson e avança para a final do College Football
Buckeyes conquistam primeira aparição na final desde 2014 em atuação histórica de Justin Fields
“The” Ohio State Buckeyes atropelou a equipe Clemson Tigers na noite desta sexta-feira (01/01), no Mercedez-Benz Superdome, em Nove Orleans, e conquistou o Sugar Bowl e uma vaga na final dos playoffs do futebol americano universitário.
A partida entre dois dos melhores quarterbacks do college football, semifinal dos playoffs da NCAA, prometia ser um duelo ofensivo intrigante. E não decepcionou. Trevor Lawrence (33/48, 400 jardas, 2 TDs, 1 INT), principal nome para ser a primeira escolha do Draft da NFL de 2021 e Justin Fields (22/28, 385 jardas, 6 TDs, 1 INT), fizeram um duelo que não será esquecido tão cedo.
O destaque foi mesmo o quarterback dos Buckeyes. Fields teve um jogo quase perfeito estatisticamente falando, o que já seria impressionante para qualquer jogador. Mas fazer isso com as costelas quebradas nas semifinais do college football contra um dos dois melhores times do país é absolutamente extraordinário e digno do prêmio de MVP do Sugar Bowl. O jogador levou uma forte pancada ainda no primeiro tempo, mas seguiu em campo e deu um show.
Fields teve ajuda dos outros dois principais jogadores ofensivos de Ohio State, Trey Sermon (31 corridas, 193 jardas, 1 TD) e Chris Olave (6 recepções, 132 jardas, 2 TDs). Por Clemson, destaque para Cornell Powell (8 recepções, 139 jardas, 2 TDs).
Além da performance histórica dos quarterbacks, a chave da partida foi a defesa dos Buckeyes. Apesar de ceder 400 jardas aéreas e quase 500 jardas totais, a defesa de Ohio State teve um jogo muito acima das expectativas, pressionando Lawrence e forçando cinco punts do ataque dos Tigers. Destaque especial para o linebacker Tuf Borland, que foi eleito o MVP defensivo da partida.
O técnico de Ohio State, Ryan Day, comandou um verdadeiro massacre ofensivo para conquistar sua primeira vitória em playoffs em sua carreira como head coach. Foram 639 jardas totais, a terceira maior marca cedida por Clemson em sua história.
Com a vitória, Fields e os Buckeyes terão 10 dias para se recuperar antes de enfrentar Alabama na final do College Football Playoffs, no Hard Rock Stadium, em Miami, no dia 10 de janeiro.
(Imagem: reprodução)
O JOGO
Após um three and out no primeiro drive da partida, Justin Fields, Trey Sermon e Chris Olave tiveram um primeiro tempo perfeito com cinco campanhas de touchdown e 35 pontos anotados.
Com o placar 21 a 14, Fields sofreu uma pancada na costela do linebacker James Skalski – que foi expulso do jogo por targeting – e seguiu no jogo com fortes dores na região da costela. Mesmo assim, o jovem quarterback de Ohio State lançou mais quatro touchdowns – somados aos dois que já havia lançado – para concluir uma noite impecável e carregar seu time até a final.
ANOTHER OHIO STATE TOUCHDOWN ‼️
Buckeyes take a 35-14 lead over Clemson at the half #CFBPlayoff pic.twitter.com/dfIapkdp73
— ESPN (@espn) January 2, 2021
O primeiro tempo de Lawrence, Etienne e Rogers não foi tão bom. Após um ótimo início com dois touchdowns no primeiro quarto, o ataque da equipe laranja estacionou e acumulou punts: foram quatro na primeira metade da partida.
O segundo tempo começou como o primeiro acabou: com os Buckeyes caminhando com facilidade pelo meio da defesa dos Tigers. No entanto, um desvio em passe de Fields para Olave gerou uma interceptação para Clemson, que parecia que poderia virar a maré do jogo. Mas a noite era mesmo de Ohio State. Após um touchdown dos Tigers cortar a liderança para 14 pontos, Fields novamente encontrou Olave em profundidade e jogou um banho de água fria na equipe comandada por Dabo Swinney.
Justin Fields has the LAUNCH CODES 🚀 @justnfields @OhioStateFB
(via @espn) pic.twitter.com/scu3PqbeNN
— The Checkdown (@thecheckdown) January 2, 2021
A partir daí o jogo parecia acabado. Lawrence, que teve um jogo pior do que os números sugerem, ainda teve dois fumbles, uma interceptação dropada e uma consumada no último drive ofensivo de sua equipe na partida.
A culpa não foi toda do quarterback de Clemson, que não teve muita ajuda do restante do elenco, mas a interceptação no último drive foi a pá de cal em uma noite para esquecer. Se essa foi a última partida da carreira universitária de Lawrence, certamente o que fica é um gosto ruim na boca.