Jogadores de UCLA não confiam em Chip Kelley e exigem proteções em retorno durante pandemia
Em encontro virtual do time, atletas apoiam documento para garantir segurança na volta ao campus
Em todo os Estados Unidos, equipes esportivas se preparam para o retorno dos esportes durante a pandemia do coronavírus. O futebol americano está incluído nessa situação, tanto o profissional quanto o universitário. Porém, em UCLA, os jogadores não confiam no plano do head coach Chip Kelley para a volta. Dessa forma, vários atletas apoiam um documento para garantir proteção nessa regresso ao campus.
Durante uma reunião de time na noite de terça-feira (16), 30 jogadores da equipe apoiaram um documento para protegê-los do pandemia da COVID-19 durante o retorno. O jornal Los Angeles Times teve acesso a essa declaração dos atletas e divulgou alguns pontos a respeito.
No documento, os universitários demonstraram falta de confiança e descontentamento no plano do treinador Chip Kelley para o retorno das atividades. Segundo consta, os jogadores não acreditam que o head coach não age no melhor dos interesses, incluindo sobre a saúde de seus comandados.
Dessa forma, os jogadores exigiram um “oficial de saúde independente” (em tradução livre) para examinar se os protocolos de prevenção estão sendo seguidos nas atividades esportivas. Denúncias totalmente anônimas para descumprimento e direito de decisão se volta ou não para o campus sem sofrer retaliações e/ou perder bolsa de estudos foram outros exigências.
A UCLA também não foi poupada de críticas e insatisfações, incluindo situações antes da pandemia. No documento foi escrito que a Universidade “falhou perpetuamente conosco (jogadores)”, justificando com “casos de lesões negligenciadas e mal administradas”, porém, sem citar exemplos.
“A decisão de retornar aos treinos durante uma pandemia global nos colocou, estudantes-atletas, na linha de frente de uma batalha que nós, como nação, ainda não conseguimos vencer. Consideramos que, como alguns dos primeiros membros da comunidade a tentar retornar à normalidade, precisamos ter garantias que nos permitam tomar decisões informadas e de sermos protegidos, independentemente da nossa decisão”, afirma o documento.
Caso as exigências não sejam cumpridas, no papel estão previstas retaliações: “Se nossas demandas não forem atendidas, evitaremos eventos de reforço, eventos de recrutamento e todas as atividades promocionais relacionadas ao futebol americano”.
(Foto: Reprodução Facebook/UCLA Athletics)