Mais uma polêmica envolvendo o uso de imagem de atletas universitários pode vir à tona. A família de Leonard Fournette virou alvo de investigação por parte de LSU por ter lançado um site em que usava a marcante frase “BUGA Nation” do running back para vender produtos.

As regras da NCAA impedem veementemente que os jovens lucrem com seus nomes ou imagens. E isso já gerou muita contestação, porque a própria liga tem receitas multimilionárias cedendo suas aparências para jogos de videogame, por exemplo – sem falar da venda de camisas.

Um advogado representante de LSU já começou a entrevistar envolvidos com o caso. A mãe do craque, Lory Fournette, garantiu que o site ficou no ar apenas por 24 horas em 2014 antes de ser fechado. Paul Price, empresário da família, teria recebido entre 10 e 20 mil dólares de investidores para iniciar o empreendimento, já que todos acreditavam no sucesso de Fournette e também da loja virtual. Hoje, é possível ver que o nome do atleta é bastante rentável, com uma camisa sua usada em jogo tendo sido leiloada por 101 mil dólares, destinados a ajudar as vítimas de uma enchente no estado da Carolina do Sul.

Fournette ainda iria estrear pelos Tigers na NCAA quando o site foi lançado. “BUGA” vem da frase “Being United Generates Attitude“, criada pela família do RB – em tradução livre: “união gera atitude”. O corredor chegou baladíssimo do high school à universidade. Era considerado um dos cinco melhores da classe de 2014 e logo mostrou que não ia decepcionar.

Fournette correu para 1034 jardas e 10 touchdowns como freshman. Agora, após nove jogos de sua segunda temporada, já tem 1383 jardas e 16 TD’s, e já superou a marca de 200 jardas em três partidas. Com tudo isso, é sério candidato ao Heisman Trophy e também a guiar os Tigers ao título da conferência SEC e aos playoffs.

A NCAA já vem causando polêmica por não permitir o lucro de atletas há algum tempo. Ed O’Bannon, que jogou basquete na década de 90 em UCLA, ganhou processo contra a liga por ter usado sua imagem sem que ele recebesse nada por isso. A defesa argumentou que pagar os atletas contraria o princípio de amadorismo que sempre a regeu, e que o pagamento dos jovens seriam as bolsas universitárias e a possibilidade de se formar de graça. Fournette é apenas mais uma ‘vítima’ do sistema.