Duke conta com ‘sorte’ mais uma vez no fim e vence Virginia Tech
Novo erro adversário no último arremesso possibilita Duke avançar no March Madness
A noite desta sexta-feira (30) foi marcada por um novo capítulo que envolvia tensão para Duke e desfecho nos últimos instantes. Na Capital One Arena, em Washington D.C., a equipe novamente teve que contar com a sorte (de campeã?) para derrotar Virginia Tech por 75 a 73, vitória esta que classificou os Blue Devils para o Elite Eight do March Madness. O raio não caiu exatamente duas vezes no mesmo lugar (a partida contra UCF foi na Carolina do Sul), mas sua intensidade foi bem parecida com o jogo da fase anterior.
É a 22ª vez que a universidade vai às quartas de final do torneio. Agora, eles tentarão vencer a cabeça de chave número 2 Michigan State no domingo, às 18h (horário de Brasília), para voltar ao Final Four, fato que não ocorre desde 2015.
O confronto
Antes mesmo de começar a partida, o primeiro baque: Cam Reddish, ala de 13 pontos por jogo em média, estava fora de combate devido a um problema no joelho. Coach K foi obrigado a repensar sua estratégia ofensiva, já que Reddish era peça fundamental nesse setor. Em seu lugar, entrava o armador segundanista Alex O’Connell.
Zion Williamson, então, absorveu ainda mais o protagonismo e chamou para si a responsabilidade dos ataques no início do duelo. Aliando sua força física e técnica, foi capaz de dominar o garrafão e ainda converter um arremesso de fora do perímetro, marcando sete dos primeiros nove pontos da equipe. Logo após o primeiro intervalo, o técnico de Virginia Tech, Buzz Williams, resolveu optar por dobrar a marcação na área pintada – e deu certo. Williamson não conseguiu espaços e foi limitado a mais duas cestas no restante do período.
Duke então se viu obrigada a distribuir mais rápido seu jogo no perímetro, especialmente com Tre Jones. O armador que vinha mal no quesito durante o torneio (1/10) converteu três arremessos em quatro tentativas de três pontos nos primeiros 20 minutos. Jones terminaria o jogo com 5-7 nos chutes atrás do arco, 22 pontos e oito assistências.
Mais exclusivo às assistências na primeira etapa (7, 11 somando os dois tempos), o que se viu foi um R.J. Barrett muito mais agressivo e pontuador na parte final da partida: 15 dos seus 18 pontos vieram desse período. Duplo-duplo para o ala.
Do outro lado, Virginia Tech também concentrava-se na atuação fora do perímetro. Wabissa Bede e Justin Robinson (vindo do banco) faziam boa partida, mas quem se destacava era Ahmed Hill com seus três arremessos de três pontos convertidos e 13 pontos no primeiro tempo, que terminava em 38 a 34 em favor dos Hokies. Hill logo mais seria o personagem principal dessa história.
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— NCAA March Madness (@MarchMadnessMBB) March 30, 2019
Na volta do intervalo, o show foi dele: Zion Williamson. Ninguém conseguia parar o homem. Nem as dobras de marcação com Ty Outlaw e Kerry Blackshear Jr, muito menos as ações individuais. Agora, Zion conseguia proporcionar um poderio ofensivo que Duke tanto desejava: toda a tática defensiva de Buzz Williams havia se desintegrado.
Contudo, os rebotes de Blackshear e as jogadas, individuais e coletivas, organizadas por Robinson ainda colocavam os Hokies no jogo. Mesmo com toda a dominância física e técnica de Duke, tínhamos um empate entre as equipes com 25 segundos para o fim.
Ahmed Hill andava sumido no jogo, zerado no segundo tempo e com quatro faltas cometidas. Foi aparecer logo pra que…
O placar marcava 75 a 73 para Duke faltando 25 segundos para o fim. Tre Jones recebeu a falta, mas errou o primeiro lance livre que acalmaria as coisas a favor do seu time e a bola voltava para VT. Os Hokies fariam duas precipitadas jogadas para três pontos, mas mesmo assim conseguiram o rebote ofensivo e o pedido de tempo antes do estouro do cronômetro.
Relógio marcando 1,1 segundo pro fim, os bloqueios e as movimentações funcionam e… Hill se livrou da marcação e desperdiçaria o arremesso mais fácil e mais cruel de sua vida. Virginia Tech teve três chances para virar e não obteve êxito. Melhor para os atletas e o treinador de Duke, que voltaram a sorrir aliviados.
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