Com bola nos segundos finais, Loyola surpreende novamente
Depois de conseguir um upset no First Round, Loyola choca o mundo mais uma vez e segue viva na dança
Na noite anterior, maior zebra da história do College Basketball. Porém, na de hoje, 17/03, tudo seguia bem para as favoritas. #2 Duke atropelando, #5 Kentucky idem, #1 Villanova nem se fala. Contudo, a noite não passaria em branco. Um upset estava destinado a acontecer. E #11 Loyola (Chicago) fez a loucura, enlouquecer, se isso for possível. Os Ramblers derrotaram outro time melhor ranqueado ao vencer #3 Tennessee por 63 a 63.
Gravem esse nome: Clayton Custer. Foi do camisa 13 a bola do jogo. E não foi uma qualquer. Foi com sofrimento. Com a bola batendo no aro e ameaçando não cair. Mas, caiu. Mesmo assim, os Volunteers ainda tiveram uma última chance. Só que a bola, caprichosa, disse que era noite dos “mais fracos”.
“A única coisa que posso dizer é glória a Deus por isso”, disse Custer. “A bola até bateu no aro, mas eu consegui um bom salto”, explicou o armador que encerrou o duelo com 10 pontos e 3 assistências.
Quem também se destacou pelos Ramblers foi o ala Aundre Jackson. Dos sete arremessos que tentou, cinco foram no alvo. Terminou o embate com 16 pontos e 4 rebotes. Por Tennessee, Jordan Bone anotou 13 pontos e ainda distribuiu 5 assistências para seus companheiros.
Depois de vencer Miami, Loyola chegou para o confronto contra os Volunteers, sem muita responsabilidade. Afinal, do outro lado, o terceiro melhor classificado da região. Toda a pressão estava do outro lado. Só que os Ramblers são um verdadeiro terror para os ranqueados. Durante a temporada regular, mesmo fora de casa, atropelaram Florida, quinta na época, por 65 a 59.
E o começo não foi tão animador para o time de Chicago. Ligados para evitar um novo upset, Tennessee entrou com tudo. Rapidamente colocou 15 a 08 no placar. Com muito esforço de Jackson, Loyola encostou. E a virada veio numa bola de três pontos do futuro herói da noite, Cluster. Até o fim do primeiro tempo, o time se manteve na frente, indo para os vestiários com 29 a 25 de vantagem.
Na volta, seguiu controlando a diferença. Até que numa sequência de bons ataques, abriu nove pontos de liderança. Tudo parecia encaminhado. Só que Bone se recusava a desistir. O armador dos Volunteers fazia de tudo. Porém, coube a Lamonte Turner, numa bola de três, encostar de vez a contagem, com 1:50 pro fim, 61 a 59.
Nos 20 segundos finais, Grant Williams de Tennessee quase foi o herói. Primeiro, conseguiu uma boa bola de dois pontos, que deixou o jogo igual em 61. Teve tempo ainda de encaçapar um lance livre e dar a dianteira para os Volunteers.
Entretanto, a noite era de Custer. O atleta recebeu a saída lateral, foi pra cima de Bone e na velocidade conseguiu o espaço que precisava. Com um lindo salto, arremessou de forma plástica. A bola bateu no aro, na tabela, mais uma vez no aro e bingo. Loyola na liderança. Bone ainda teria uma última chance de três, mas não conseguiu acertar. Já era tarde. Mais uma noite de zebra. A Cinderela do ano, parece decidida a fazer história.
Loyola aguarda o vencedor do confronto entre #2 Cincinnati e #7 Nevada, para saber quem será o próxima adversário, agora no Sweet Sixteen. Quem duvidará dos Ramblers, certo? Depois de 33 anos longe do March Madness, eles precisavam matar as saudades.
Melhores momentos de Loyola 63, Tennessee 62:
Resultados do Second Round (17/03):
#1 Villanova 81 @ 58 #9 Alabama
#2 Duke 87 @ 62 #7 Rhode Island
#5 Kentucky 95 @ 75 #13 Buffalo
#1 Kansas 83 @ 79 #8 Seton Hall
Foto: Twitter / Loyola