Warriors vencem Rockets no jogo 7 e garantem vaga na 4ª final de NBA seguida
Golden State teve, pra variar, terceiro período arrasador para conquistar o Oeste mais uma vez
O Golden State Warriors está mais uma vez na final da NBA. Nesta segunda-feira (28), o time californiano derrotou fora de casa o Houston Rockets por 101 a 92 e conquistou a Conferência Oeste pelo quarto ano consecutivo.
O adversário será o mesmo das últimas três decisões: o Cleveland Cavaliers de LeBron James. O primeiro jogo da série acontece na quinta-feira (31), em Oakland. Os Warriors podem jogar 4 das 7 partidas da final em casa, se necessário. Lembrando que Golden State foi campeão em 2015 e 2017, e perdeu para os Cavs em 2016.
Assim como fizeram em toda a temporada regular e playoffs, os Warriors venceram o jogo basicamente no terceiro período. Nesta noite, levaram a melhor na parcial por 33 a 15 depois de irem para o intervalo perdendo por 11 – filme bem semelhante ao do jogo 6. Os Rockets, por sua vez, foram um desastre na bola de três: chegaram a errar 27 tiros do perímetro seguidos (empatando recorde da NBA em playoffs) e terminaram com 7 de 44, uma marca terrível para um time que usa esse recurso como principal arma. O placar dos arremessos de três terminou em 41% a 15,9% para Golden State.
Kevin Durant foi um dos grandes nomes do jogo, com 34 pontos (21 no segundo tempo), cestinha da partida. Porém, não se pode negar a importância de Stephen Curry, que fez 27 (19 no segundo tempo), com 7 de 15 nas bolas de três, sempre castigando os Rockets a cada erro do outro lado nos tiros de fora. Ele ainda flertou com um triple-double, com 10 assistências e 9 rebotes, além de 4 roubadas de bola e 1 toco. Um monstro!
Stephen Curry knocks down 7 triples en route to 27 PTS, 10 AST, 9 REB, guiding the @warriors back to the #NBAFinals for a 4th straight season!#DubNation #NBAPlayoffs pic.twitter.com/SDj5giilbe
— NBA (@NBA) May 29, 2018
Completando o desempenho das estrelas de Golden State, Klay Thompson anotou 19 pontos, sendo importante demais apesar de perder boa parte do jogo por excesso de faltas – foram três só no primeiro período. Draymond Green fez dez pontos com mais 13 rebotes. Lembrando que o outro titular da equipe mais uma vez foi desfalque: Andre Iguodala, com uma lesão no joelho.
Falando em lesão, Chris Paul também não jogou pelos Rockets, com um problema muscular, um desfalque ainda mais sério e sentido na prática. Sem ele, James Harden foi o cestinha do time com 32 pontos, mas falhou demais nos momentos decisivos, especialmente na bola de três, em que acertou apenas 2 de 13. Titular na ausência de CP3, Eric Gordon foi bem com 23 pontos. Clint Capela teve 20 pontos e nove rebotes. P.J. Tucker teve 14 pontos e 12 rebotes, sendo oito ofensivos.
Mas nada se compara a Trevor Ariza, titular de Houston e que não pontuou no jogo apesar de tentar 12 arremessos de quadra em 41 minutos em quadra. É mole? Já o brasileiro Nenê Hilário não teve um minuto sequer.
O JOGO
No primeiro tempo, vimos um roteiro bem parecido com o do jogo 6. Apesar da ausência de Chris Paul, o Houston Rockets começou com tudo, trabalhando bem a bola, equilibrando seu jogo ofensivo dentro do garrafão e do perímetro e marcando muito bem. Mais uma vez, o Golden State Warriors era forçado a jogar no isolation e tinha dificuldades.
No primeiro período, vantagem de cinco pontos para os Rockets. No segundo, mais seis, totalizando 11 no intervalo. Pouco pelo que se viu em quadra. Destaque para uma última cesta de Eric Gordon, que atravessou a quadra para fazer a bandeja no estouro do cronômetro, enchendo o time da casa de moral.
🚨 Eric Gordon takes it all the way to beat the buzzer! 🚨#Rockets #NBAPlayoffs pic.twitter.com/NV1JedtI9U
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Mas assim como no jogo 6 e em diversas vezes durante o ano, os Warriors vieram com tudo para o terceiro período e foram minando os Rockets na defesa e no ataque. Curry e Durant começaram a derrubar bolas de todo jeito, enquanto do outro lado, como já citamos, Houston chegou a enfileirar 27 bolas de três erradas. A cada falha lá, do Golden State não perdoava cá.
Mike D’Antoni também se perdeu bastante ao não saber a hora certa de pedir tempos e também na utilização de seu elenco. Se até o jogo 5 ele vinha apostando em rodar apenas sete jogadores, sem CP3 ele deu mais minutos a nomes como Joe Johnson e Ryan Anderson. Este último, além de nada efetivo no ataque, levou um baile completo de Curry na defesa.
STEPH RANGE! 😮😮#DubNation pic.twitter.com/7Jff45C9OB
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O último período começou com os Warriors sete pontos na frente e aqui vimos algo, enfim, diferente em relação ao jogo 6: os Rockets conseguiram manter a partida viva até os instantes finais, dando uma acalmada nas jogadas de ataque e marcando um pouco melhor. Mas o estrago já estava feito e virar sobre o atual campeão seria tarefa praticamente impossível. Ainda mais com tantos erros em arremessos de três, que poderiam ir reduzindo a vantagem, o que de fato não aconteceu.
Os Warriors venceram por 101 a 92 e mostraram força diante de adversidades que ainda não haviam sentido desde que Kevin Durant chegou na Califórnia. Se para muitos a final do Oeste era também uma final antecipada da NBA, depois do teste pelo qual Golden State passou, é difícil não pensar que o terceiro título da franquia em quatro anos é questão de dias.
Western Conference Finals Champion @warriors! pic.twitter.com/3U9fTo1s2n
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>> Atualizado em 29 de maio de 2018, à 01h28.
A SÉRIE: Houston Rockets (#1) 3-4 Golden State Warriors (#2)
JOGO 1: 14/5, Warriors 119 @ 106 Rockets
JOGO 2: 16/5, Warriors 105 @ 127 Rockets
JOGO 3: 20/5, Rockets 85 @ 126 Warriors
JOGO 4: 22/5, Rockets 95 @ 92 Warriors
JOGO 5: 24/5, Warriors 94 @ 98 Rockets
JOGO 6: 26/5, Rockets 86 @ 115 Warriors
JOGO 7: 28/5, Warriors 101 @ 92 Rockets
(Foto: Bob Levey/Getty Images)