Vanessa Bryant processa chefe de polícia por vazamento de fotos do acidente de Kobe
A viúva de Kobe Bryant alega que as fotos ainda existem e que chefe de polícia estaria encobrindo os demais oficiais
Nesta terça-feira (22), Vanessa Bryant, viúva de Kobe Bryant, entrou com um processo contra o chefe de polícia do condado de Los Angeles, Alex Villanueva. A motivação é o vazamento de fotos do acidente de helicóptero que vitimou Kobe, a filha do casal Gianna e outras sete pessoas.
Luis Li, advogado de Vanessa, em nota publicada nesta terça-feira (22), escreveu que o processo “é sobre responsabilidade e sobre como evitar que esse comportamento vergonhoso aconteça com outras famílias que sofram perdas no futuro”.
A acusação é de que oficiais da polícia tiraram fotos do helicóptero e dos corpos e divulgaram nas redes sociais na época. Villanueva, em entrevista à NBC News em março, já havia reconhecido que as fotos foram feitas, mas garantiu que todas elas já haviam sido apagadas. “Identificamos os oficiais envolvidos, eles vieram sozinhos para a delegacia e admitiram que tiraram as fotos e as aparagam. E estamos satisfeitos que os envolvidos tenham feito isso”, disse à época.
No entanto, o processo alega que as fotos ainda existem e que o chefe de polícia está encobrindo os agentes. “O departamento recusou formalmente os pedidos de informações da Sra. Bryant, dizendo que era ‘incapaz de ajudar’ em qualquer investigação e não tinha obrigação legal de fazê-lo. Cabe agora ao tribunal dizer ao departamento quais são as suas obrigações”, escreveu Li ainda no comunicado.
Existe um projeto de lei, ainda não assinado pelo governador da Califórnia, que prevê que tirar fotos não autorizadas de pessoas mortas em acidente ou crime vire também um crime. O projeto foi criado justamente depois do acidente de Kobe Bryant, em 26 de janeiro de 2020.
Além disso, Vanessa Bryant também processou a família do piloto do helicóptero, Ara Zobayan, por negligência e falta de cuidado por voar num nevoeiro. O irmão do piloto disse que Kobe conhecia os riscos ao voar e por isso não tem direito à indenização por danos. A empresa do helicóptero, Island Express, por sua vez, atribuiu a tragédia a um “ato de Deus”.
(Foto: Stefanie Keenan / Getty Images para Baby2Baby)