Terry Stotts credita Damian Lillard por vitória sobre Dallas Mavericks
Técnico do Portland Trail Blazers afirma que pedido para desafiar jogada final veio do camisa 0 da franquia do Oregon
O técnico do Portland Trail Blazers, Terry Stotts, disse neste domingo (27) que os créditos pela vitória em cima do Dallas Mavericks por 121 a 119 são do armador Damian Lillard. O head coach afirmou que o pedido de desafiar a decisão da arbitragem na jogada final veio do camisa zero.
No lance, uma falta foi marcada a favor dos Mavs, que praticamente definiria a vitória texana. Porém, com a reversão, os Blazers tiveram a chance de conquistar a virada.
De acordo com Tim McMahon, da ESPN americana, Stotts disse logo após a partida que Lillard insistiu em pedir para que a jogada fosse desafiada, concluindo ao falar que acabou conversando sobre o assunto com seus atletas. “Se Dame não tivesse sido tão inflexível, eu provavelmente não teria desafiado. Eu disse aos jogadores: ‘Quando eu perguntar, seja sincero, porque a maioria de vocês pensa que não cometeu falta’. Confiarei em você nessas situações, mas os árbitros possuem a responsabilidade de saber se são culpados ou não”.
Lillard também comentou sobre o que chegou a falar para Stotts no momento, afirmando que conseguiu ganhar mais confiança do técnico após o pedido. “Fui até o banco e falei ‘você precisa confiar em mim. Eu acertei a bola. Eu só ouvi a bola’. Ele me disse ‘nós só temos um tempo.’ E eu só insistia em fazer ele pedir o desafio. Foi quando ele pediu a revisão. Depois do jogo, quando eu estava andando pelo túnel, olhei para ele e pensei ‘você pode confiar em mim agora. Eu não menti para você'”.
Quem não ficou feliz com a decisão final da arbitragem foi o proprietário dos Mavericks, Mark Cuban, que desabafou sobre o lance através de sua conta oficial do Twitter dando uma sugestão de mudança na regra. “Defendo a regra do desafio, mas se uma jogada for revista e ela não mostrar a repetição que justifica uma infração inexistente com uma explicação, isso terá problemas reais. Da forma que vimos na arena, parecia uma jogada limpa, mas o que aconteceu primeiro foi o contato corporal. Os fãs que estavam lá não fazem ideia do motivo da falta ter sido anulada. Não é assim que deve funcionar”. O técnico dos Mavs, Rick Carlisle, não quis comentar o assunto.
O jogador que sofreu a falta (revertida), Finney-Smith, também foi a público para falar a respeito do lance, dizendo que poderia ter “fingido” mais para poder ter mantido a marcação inicial. “Ele fez falta em mim no rebote, teve que atravessar o meu braço e a mão direita dele estava no meu quadril. São as mesmas faltas que ele recebe. Eu poderia ter vendido um pouco melhor o lance, mas é o que acontece. Tivemos várias chances e não conseguimos aproveitá-las. Não vou dar desculpas”.
O árbitro Courtney Kirkland, responsável por ter revisto o lance, disse a um repórter na noite deste domingo quais os critérios utilizados para poder ter revertido a jogada e ter feito a bola ao alto logo em seguida. “Quando Portland desafiou a jogada e pudemos ver a repetição, pudemos ter evidências claras e conclusivas que Lillard desviou legalmente a bola de Finney-Smith. Depois que a bola foi desviada legalmente, a bola ficou livre quando o apito tocou. Portanto, acabamos tendo uma bola ao alto no meio da quadra entre dois jogadores”.
A NBA aprovou em julho deste ano que começaria a implantar a regra de desafios nos jogos da temporada regular e nos playoffs após a fase de testes nas duas últimas temporadas da G League e na última edição da Summer League. O novo recurso serve para rever marcações de faltas pessoais, saída de quadra, goaltending ou interferência da cesta, dando para cada técnico o direito de usar um pedido por jogo após o pedido de tempo e sinalizar que deseja a revisão do lance, podendo ser acionado automaticamente pela arbitragem nos dois minutos finais do último quarto ou das prorrogações em caso de dúvida.
Foto: Reprodução Twitter/Portland Trail Blazers