Agora é oficial: Steve Kerr, treinador do Golden State Warriors, é o novo comandante da seleção masculina de basquete dos EUA. Há sete anos como técnico principal dos Warriors, Kerr também assumirá o comando do Dream Team até os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

O treinador de 56 anos terá a responsabilidade de levar os Estados Unidos ao triunfo da Copa do Mundo de 2023, que será sediada no Japão, Indonésia e nas Filipinas. Além disso, ele terá o grande desafio de continuar o legado olímpico deixado pelas lendas Gregg Popovich e Mike Krzyzewski (ou Coach K), que conquistaram a medalha de ouro nas últimas quatro olimpíadas.

Três vezes campeão da NBA e eleito Treinador do Ano em 2016, Kerr fez parte da comissão técnica de Popovich nos jogos de Tóquio 2020. Mesmo assim, ele demonstrou surpresa com a decisão. “Foi uma experiência incrível fazer parte da seleção dos EUA, mas você não para pra pensar: ‘Ah, talvez eu seja o próximo treinador'”, disse o comandante em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (20).

“Não é algo com o que você sonha. Então, você não nem se dá o luxo de pensar: ‘E se…’. Você apenas abaixa a cabeça e trabalha. Por isso, quando a ligação veio, me deu calafrios”, completou.

Kerr será o 16º técnico diferente a tentar levar a seleção americana ao ouro olímpico, algo que 13 dos últimos 15 conseguiram. Ao seu lado, o ex-jogador terá o auxílio de dois grandes treinadores da NBA: Monty Williams, do Phoenix Suns, e Erik Spoelstra, do Miami Heat.

Williams, inclusive, já teve a experiência de assistente técnico durante a campanha de ouro dos EUA nas olimpíadas do Rio de Janeiro 2016. “Mal posso esperar para trabalhar com todos esses caras”, disse Kerr.

CURRY NA SELEÇÃO?

A parceira entre Steve Kerr e Steph Curry já rendeu três títulos na NBA, mas será que irá continuar presente em âmbito internacional? Questionado se uma das grandes estrelas da liga fará parte do projeto da seleção nos próximos anos, Kerr foi direto e disse: “Veremos”.

Curry tem 33 anos, mas nunca esteve presente em Jogos Olímpicos. O armador dos Warriors chegou a demonstrar interesse em participar de Tóquio 2020, mas a pandemia da COVID-19 atrapalhou os planos.

“Essas coisas são bem fluídas. (…), você apenas tem que deixar as coisas se desenrolarem porque as decisões de cada jogador mudam constantemente. Se Steph tiver saudável e quiser jogar, tenho certeza que posso convencer Grant [Hill] e Sean [Ford, ambos diretores técnicos da seleção] a colocarem ele no elenco”, revelou o treinador de Golden State e dos EUA.

(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)