Silver não quer atletas da NBA ajoelhados no hino nacional
Adam Silver afirma que não espera que atletas sigam Colin Kaepernick, mas reafirma luta da NBA por questões sociais
De acordo com Ohm Youngmisuk, da ESPN, o comissário da NBA, Adam Silver, aproveitou a Reunião de Governadores da liga para declarar que espera que seus jogadores se mantenham em pé quando o hino nacional for executado nos jogos da temporada regular.
Vários jogadores do mundo do basquete, como Stephen Curry, Kevin Durant e LeBron James, apoiaram a iniciativa de Colin Kaepernick. O quarterback do San Francisco 49ers passou a se ajoelhar durante a execução do hino nas partidas de sua equipe, em protesto contra a violência policial e o racismo institucional contra os afro-americanos. Apesar do apoio, as estrelas da NBA não têm reproduzido o ato de Kaepernick, sendo que alguns times fizeram com que seus jogadores passassem o momento solene de braços dados, com o mesmo propósito de Colin.
“Eu não sei se os jogadores estão organizando alguma coisa,” Silver disse na reunião de sexta-feira. “Tudo o que posso dizer é o que temos visto em vários jogos de pré-temporada até agora, é que nossos jogadores estão em pé para o hino nacional. Seria a minha esperança que eles continuassem a ficar de pé durante o hino nacional. Eu acho que é a coisa apropriada a fazer.“.
O escritório da NBA espera uma abordagem coletiva para a mudança social positiva, incentivando o ativismo e discurso dos atletas da organização atrás de um memorando enviado aos mesmos no mês passado.
”Estas ideias baseiam-se nas ações que muitos de vocês já tomaram ou apoiaram, incluindo a convocação de conversas comunitárias nos mercados da NBA para envolver os jovens, pais, líderes comunitários e a aplicação da lei em um diálogo franco,” lê-se no memorando, que foi assinado por Silver e Michele Roberts, chefe do sindicato dos jogadores.
Ainda no encontro, Silver afirmou que não há organização melhor posicionada que a NBA e seus jogadores quanto às questões que preocupam a sociedade americana. Ele continuou dizendo que espera seguir fazendo a diferença.
“Antes de existirem questões em torno do hino, aconteceu de eu estar no do ESPY deste ano, quando nossos quatro jogadores se levantaram e explicaram os seus pontos sobre a necessidade de nos unirmos e trabalharmos em nossas comunidades, e nós tentamos operar em seus desafios… para ver qual o impacto podermos ter, o que eles podem ter como atletas individuais e de que forma podemos contribuir como campeonato em conjunto com as nossas equipas. Penso que estamos progredindo.”.
(Foto: reprodução vídeo /NBC)