Os Estados Unidos voltaram a ser um dos epicentros mundiais da pandemia do novo coronavírus e por isso a chegada dos atletas em Orlando tem preocupado o comissário da NBA, Adam Silver.

Em entrevista coletiva virtual, Silver apontou que espera que existam casos positivos para a doença dentro do World Disney Resort, mas que os atletas e membros das comissões técnicas serão testados e mantidos em quarentena por ao menos dois dias.

“Nós não ficaremos surpresos se nas primeiras chegadas em Orlando tivermos novos atletas testando positivo. O cenário mais preocupante é quando eles entrarem no campus, passarem pela quarentena e então tivermos testes positivos. Aí teremos um problema”, explicou Silver.

Vale lembrar que a NBA irá fechar o World Disney Center e manter todos os elencos das franquias participantes em quarentena no local, não sendo possível que durante as competições eles deixem o complexo.

“Novos casos nos fariam ver que temos um buraco em nossa bolha e que nossa quarentena não está funcionando bem, o que é muito preocupante”, continuou Silver.

Por isso, o comissário admitiu que um aumento de casos positivos dentro do World Disney Center pode resultar em uma segunda pausa – talvez definitiva, da temporada.

Para tentar evitar a contaminação, Brooklyn Nets, Denver Nuggets, Los Angeles Clippers, Miami Heat, Milwaukee Bucks e o Sacramento Kings fecharam seus centros de treinamentos na última semana para viajar até Orlando com menores chances de contaminação.

Segundo o Departamento da Saúde da Flórida, nesta terça-feira (8) foram registrados novos 7.347 casos de coronavírus, sendo que o estado tem 213.794 pessoas infectadas pela doença.

“No papel, segundo nossos especialistas, isso deve funcionar. Eu estou confiante, com base nos casos positivos que estamos vendo em nossos jogadores e no público geral em todo país, que será mais seguro nesse campus do que fora dele”, salientou Silver.

Mas o comissário admitiu que não está deixando os protocolos de segurança de lado e que a NBA pode voltar a paralisar a temporada em caso de um novo surto do coronavírus entre os atletas.

“Podemos analisar o vírus e tentar rastrear se há mais de um caso, inclusive se é o mesmo vírus ou uma variação genética após a passagem de um jogador para outro. Mas certamente se tivermos uma epidemia em nosso campus, iremos parar novamente”, finalizou Silver.

Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images