Proibição de entrada de imigrantes de sete países aos EUA preocupa NBA
Imigrantes de países de maioria Muçulmana estão impedidos de entrar nos Estados Unidos e jogadores podem ser afetados
A proibição da entrada nos Estados Unidos de imigrantes provenientes do Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Yemen foi emitida na última sexta-feira (27) pelo presidente Donald Trump e preocupa a NBA.
O Milwaukee Bucks jogou contra o Toronto Raptors no mesmo dia em que a ordem contra os imigrantes foi promulgada. O retorno aos Estados Unidos foi motivo de preocupação para o time de Milwaukee por conta do seu pivô Thon Maker, que nasceu em Wau, no Sudão. Apesar da preocupação, Maker não teve problemas com o retorno pois tem cidadania australiana e viaja com passaporte australiano. Maker e sua família se mudaram para a Austrália em 2002.
O ala Luol Deng do Los Angeles Lakers também nasceu em Wau, no Sudão. Mas, felizmente para o time da California, Deng tem cidadania britânica desde de 2006. Assim como Thon Maker, Deng não deve encontrar dificuldades para entrar nos Estados Unidos.
A NBA tem 113 jogadores estrangeiros proveniente de 41 países, mas apenas Deng e Maker são originais de países alvos da proibição de Trump. Ainda assim, o porta voz da NBA, Mike Bass, em um comunicado obtido pelo jornalista Adrian Wojnarowski, se mostrou preocupado com a liga e pediu explicações ao governo: “A NBA é uma liga global, e nós estamos orgulhosos de atrair os melhores jogadores do mundo todo”.
O ala Rondae Hollis-Jefferson, do Brooklyn Nets, nasceu nos Estados Unidos, é muçulmano e se mostrou abalado com a proibição: “Isso é meio difícil. Isso é meio tocante”, declarou após o jogo do seu time contra o Minnesota Timberwolves. Ele completou: “Eu sinto que isso deve definitivamente ser tratado de forma diferente, eu sinto que mais pessoas devem falar e agir sobre isso”.
O pivô turco Enes Kanter, que também é muçulmano, se mostrou estarrecido no Twitter com a medida adotada por Trump: “Eu ainda não estou acreditando no banimento de muçulmanos. Nenhum ser humano deveria ser descriminado por sua raça, religião ou etnia”.
Além disso, os técnicos Steve Kerr e Gregg Popovich também repudiaram a decisão de Donald Trump. “Estamos indo contra os princípios do nosso país, criando medo. Esse é o jeito errado de fazer isso”, disse Kerr. “Isso é assustador”, afirmou Pop.
A NBA desenvolve programas como o NBA sem fronteiras que tem ações por todo o mundo, inclusive no Sudão.
(Foto: Nick Laham/Getty Images)