[PRÉVIA] Playoffs NBA 2022: Phoenix Suns x New Orleans Pelicans
Atual vice-campeão da liga e com a melhor campanha da atual edição, Suns chegam com favoritismo contra os Pelicans, uma das surpresas do ano
Finalmente os playoffs da NBA batem na nossa porta e os apaixonados por basquete podem acompanhar os confrontos entre os grandes times da liga. Phoenix Suns e New Orleans Pelicans começam a medir forças neste domingo (17), em duelo válido pela primeira rodada da pós-temporada 2021-2022, que coloca frente a frente o time que ficou na liderança da Conferência Oeste e de toda a liga contra o que se classificou com a oitava vaga, após superar dois concorrentes no play-in.
De um lado, o franco favorito Phoenix Suns, atual vice-campeão e com a melhor campanha disparada da primeira fase desta edição com 64-18, um recorde na história da franquia Suns. Comandado pelo experiente e decisivo Chris Paul e por um Devin Booker que vive sua melhor fase na carreira, Phoenix chega aos playoffs como um dos grandes candidatos a conquistar a NBA.
De outro lado, New Orleans, uma grata surpresa, que mesmo desfalcado de Zion Williamson, principal jogador do time, conseguiu campanha de 36-46, superou San Antonio Spurs e Los Angeles Clippers no play-in, e chega tentando fazer ainda mais história. Com Brandon Ingram sendo o franchise player do time e com bons nomes, como C.J. McCollum e Jonas Valanciunas, os Pelicans prometem fazer jogo duro contra os Suns.
Diante disso, o que esperar dessa série? Confira em mais uma prévia do The Playoffs!
Foto: Reprodução Twitter/Phoenix Suns
SUNS X PELICANS: COMO CHEGAM
Após temporada regular espetacular e quebrando o recorde da franquia, os Suns chegam aos playoffs “metendo medo” nos adversários. Comandado por Monty Williams e mantendo praticamente o mesmo elenco que foi finalista da NBA na temporada passada, Phoenix tem a dupla Devin Booker e Chris Paul como seus principais jogadores. Mais maduro, Booker vive sua melhor temporada desde que foi draftado, em 2015 e tem números interessantes de 26,8 pontos por jogo, além de cinco rebotes e 4,8 assistências.
Já Paul, com 36 anos de idade e almejando seu primeiro anel de campeão da NBA, parece se rejuvenescer a cada temporada e a desfilar em quadra, sendo decisivo sobretudo nos momentos finais das partidas. o armador tem 14,7 pontos por partida até aqui, com 4,4 rebotes e 10,8 assistências.
Além da dupla, os Suns tem um garrafão poderoso com o titular Deandre Ayton, forte na defesa, excelente reboteiro e com muito contribuição ofensiva, com 17,2 pontos por jogo e 10,2 rebotes, média de double-double. Completando o quinteto titular, Mikal Bridges, que a exemplo de Booker vem evoluindo muito e faz, sem dúvidas, sua melhor temporada na liga e o experimente Jae Crowder, considerado um “carrapato” na parte defensiva e com muita contribuição ofensiva, principalmente nas bolas do perímetro.
E como um time não se faz só com o quinteto titular, Phoenix tem “munição” de sobra no banco de reservas para suprirem os titulares nos momentos de descanso. Como Paul ficou fora de alguns jogos na temporada regular, Cameron Payne e Cameron Johnson ganharam valiosos minutos e corresponderam bastante. A dupla chega a pós-temporada com muita importância dentro da rotação, prometendo contribuir muito com o time.
Reserva de Ayton, o veterano JaVale McGee é outro que aparece muito bem vindo do banco. Tricampeão da liga, com bastante vontade e vigor físico, McGee é peça vital na rotação de Monty Williams para ajudar Phoenix a conquistar seu primeiro título da NBA.
Os Pelicans, por sua vez, começaram a temporada sem Lonzo Ball, que acabou parando no Chicago Bulls, e com dúvidas sobre a condição física de Zion Williamson. A temporada foi se desenrolando e New Orleans teve a dura notícia de que não poderia contar com Williamson durante todo ano. Mesmo assim, Brandon Ingram chamou para si a responsabilidade de ser “o cara” dentro da franquia e teve médias de 22,7 pontos, 5,8 rebotes e 5,6 assistências por partida.
No início da temporada, Jonas Valanciunas foi um reforço de peso para a franquia de Nova Orleans e correspondeu com médias de double-double, com 17,8 pontos e 11,4 rebotes. Para melhorar ainda mais o poderio do time, C.J. McCollum e Larry Nance Jr. foram contratados no meio da temporada e McCollum se tornou peça fundamental ao lado de Ingram, com Nance vindo do banco.
Soma-se a esses nomes o garoto Herb Jones, grata surpresa dos Pelicans. Um forte marcador com grande potencial para se desenvolver ainda mais e se tornar grande dentro da liga.
Garantindo vaga no play-in com a oitava vaga da Conferência Oeste, New Orleans precisou medir forças contra o San Antonio Spurs, onde venceu por 113 a 103 e depois ainda teve de despachar o Los Angeles Clippers, em difícil duelo disputado nesta sexta-feira (15), e vencido pelos Pelicans por 105 a 101, com grande atuação de Ingram, principalmente no último quarto.
O CONFRONTO
É inegável que Phoenix possuí mais opções capazes de decidir jogos dentro de seu elenco e por isso é o favorito da série. Além de ter um quinteto titular mais forte, os Suns contam com nomes de mais importância vindo do banco de reservas. Dentre os titulares, Herb Jones terá dificuldades, pois terá a difícil missão de tentar parar Chris Paul.
Já o duelo entre Booker e McCollum promete ser um dos mais interessantes. Ambos tem muito poder de fogo e vivem excelente fase, com Booker sendo o melhor jogador dos Suns e C. J. tendo mudado os Pelicans de patamar após sua chegada e sendo peça fundamental na classificação.
Nas alas, Jae Crowder e Mikal Bridges serão o responsáveis por tentar parar Brandon Ingram. Crowder é forte na marcação e um dos jogadores que mais traz dificuldades aos ataques adversários. Assim sendo, Ingram terá trabalho se quiser seguir sendo um nome de destaque e com grande médias de pontos.
No garrafão, um duelo de titãs. Ayton x Valanciunas será briga boa de se ver entre dois dos pivôs mais ativos de toda liga, tanto ofensivamente, quanto defensivamente.
Como já mencionado, o banco de reservas dos Suns tem nomes importantes, como McGee, Cameron Payne e Cameron Johnson, levando vantagem sobre os Pelicans, que contam com Nance Jr. sendo o nome mais importante dos que não iniciam as partidas.
RETROSPECTO
Foram quatro confrontos durante a temporada regular, com vantagem em favor do Phoenix Suns que venceu três vezes, com apenas uma derrota.
No primeiro embate, em novembro de 2021, Phoenix aproveitou o mando de quadra e venceu por 112 a 100, em jogo que Chris Paul distribuiu 18 assistências e que Mikal Bridges foi o principal nome ofensivo, anotando 22 pontos.
No dia 4 de janeiro de 2022, em New Orleans, nova vitória dos Suns, dessa vez por 123 a 110, com 33 pontos anotados por Devin Booker e 15 assistências para Chris Paul.
Já no dia 25 de fevereiro, em jogo disputado em Phoenix, vitória dos Pelicans por 117 102. Em partida que McCollum e Ingram combinaram para 60 pontos e os Suns não contaram com Paul, machucado, New Orleans foi superior e conseguiu importante vitória para cima do time mais poderoso da liga.
Por fim, no dia 15 de março, mais um duelo dentro da quadra do time de New Orleans e os Suns venceram por 131 a 115. Paul não esteve em quadra novamente, mas Booker teve ótima atuação com 27 pontos e o conjunto de Phoenix funcionou.
A SÉRIE: Phoenix Suns (#1) x New Orleans Pelicans (#8)
JOGO 1: New Orleans Pelicans@ Phoenix Suns, 17/4, 22h (horário de Brasília)
JOGO 2: New Orleans Pelicans@ Phoenix Suns, 19/4, 23h (horário de Brasília)
JOGO 3: Phoenix Suns @ New Orleans Pelicans, 22/4, 22h30 (horário de Brasília)
JOGO 4: Phoenix Suns @ New Orleans Pelicans, 24/4, 22h30 (horário de Brasília)
JOGO 5: New Orleans Pelicans@ Phoenix Suns, 26/4, horário a confirmar*
JOGO 6: Phoenix Suns @ New Orleans Pelicans, 28/4, horário a confirmar*
JOGO 7: New Orleans Pelicans@ Phoenix Suns, 30/4, horário a confirmar*
*Jogos só acontecem se necessário
PALPITE: Suns 4-1 Pelicans
O Phoenix Suns é o grande favorito, não só ao confronto, mas como também a um possível título da NBA. Depois de bater na trave na temporada passada, nomes importantes chegaram ao elenco e com Devin Booker e Mikal Bridges em grande crescimento e vivendo suas melhores fases, até aqui, nas carreiras, o time cresceu ainda mais. Se a dupla seguir jogando como foi na temporada regular e Chris Paul continuar chamando a responsabilidade com maestria, sobretudo nos momentos cruciais da partida, a missão dos Pelicans será das mais indesejáveis.
Ao time de New Orleans, já mais desgastado após dois duelos parelhos contra os Spurs e os Clippers no play-in, cabe a Ingram e McCollum continuarem com o protagonismo que vem sendo mostrado para tentar chamar o que seria a grande “zebra” dos duelos de playoffs.
Vejo Phoenix num patamar acima de New Orleans, com poucas chances dos Pelicans conseguiram se sobressair numa série de sete jogos.