PRÉVIA NBA 2023-24: Detroit Pistons
Com seis jogadores de 22 anos ou menos e Monty Williams no comando, Pistons tentam subir de nível em 2023/2024
O Detroit Pistons vem de quatro temporadas seguidas com 23 vitórias ou menos, terminando a temporada regular entre 13º e 15º do Leste em cada um dos anos. Acumulando escolhas de loteria de Draft em sequência, a franquia chegou a um ponto em que concentra um grande número de jovens, mas ainda não conseguiu dar um próximo passo dentro de quadra. Veremos isso na próxima temporada? Se você acha que sim, saiba mais sobre como apostar no basquete e deixe seus palpites para a temporada.
Pensando em uma evolução, os Pistons passaram Dwane Casey para a direção e contrataram Monty Williams, técnico com experiência sobre elencos jovens.
Depois da desmontagem do elenco de 2018/2019, último dos Pistons que foi aos playoffs, a franquia da Motor City escolheu Killian Hayes na sétima posição do Draft 2020, Cade Cunningham com a primeira escolha do Draft 2021 e Jaden Ivey na quinta escolha do Draft 2022. Para 2023, novamente com a quinta escolha, Detroit escolheu o ótimo ala-armador Ausar Thompson e tem nele seu grande reforço para a próxima temporada.
Uma das piores defesas da NBA na última temporada, os Pistons atacaram essa deficiência principalmente com a seleção de Ausar, um defensor versátil, ágil e físico. Pensando em dar um passo no desenvolvimento do time, a franquia trocou pelo veterano e sólido armador Monte Morris para ser um backup à dupla Cade-Ivey, e por Joe Harris, ala-armador especialista nas bolas de três e inteligente nas movimentações de quadra, algo que faltava no elenco para a rotação. As perdas mais sentidas são as de Hamidou Diallo e Cory Joseph, mas as novas aquisições se encaixam melhor dentro do atual elenco.
Junto aos jogadores de garrafão Jalen Duren e Isaiah Stewart, Ausar, Cunningham, Ivey e Hayes têm entre 20 e 22 anos de idade e formam um dos núcleos extremamente jovens mais promissores da liga. Nas mãos de Williams o time tem boas chances de mostrar um basquete melhor em relação à temporada passada.
A dupla de armadores principal é o grande motor do time. Cade Cunningham e Jaden Ivey querem viver em 2023/2024 o que não conseguiram viver na última temporada. Depois de somente 12 partidas, Cunningham teve uma lesão na canela esquerda e perdeu todo o restante da temporada. Mesmo no pouco tempo, o armador em corpo de ala teve bons momentos mostrando um melhor aproveitamento em usar seu tamanho para criar para si mesmo e para os outros. Ivey acabou pegando certo protagonismo na ausência do parceiro e acelerou um desenvolvimento interessante como pontuador e passador.
Ausar jogava mais como ala-armador na Overtime Elite, mas no elenco dos Pistons será empurrado para a ala e isso não significa problema algum. Extremamente versátil para marcar e ágil e forte para infiltrar, o jovem de 21 anos deve impactar logo de cara com seu jogo explosivo. Melhorar o aproveitamento nos arremessos mais distantes da cesta é essencial para a evolução, mas o que o ala já mostrou na Summer League em relação a seu domínio dos dois lados da quadra coloca um sorriso no rosto do torcedor de Detroit.
Discrepante em relação ao elenco, mas somente pela idade, Bojan Bogdanovic, aos 34 anos, repetirá a dose como ala/ala-pivô e será o mais velho em quadra. Bog foi o cestinha da franquia na última temporada (21,6 pontos, melhor da carreira) e não é exagero falar que o croata teve sua melhor temporada na NBA em 2022/2023. Além da pontuação, ele teve 41,1% de aproveitamento nas bolas de três (terceiro melhor da carreira) e 88,4% no lance livre (quarto melhor). Com Cade saudável e a chegada de Ausar, a pressão por pontuação será menor sobre o croata e isso fará bem à dinâmica ofensiva da franquia.
No meio da temporada 2021/2022, os Pistons trouxeram Marvin Bagley e no meio da última, foi a vez de James Wiseman desembarcar. Embora duas escolhas número 2 de Draft, ambos devem assistir à passagem de Jalen Duren. Do alto de seus 19 anos, o agora segundanista é uma força impressionante dentro do garrafão, principalmente pelo seu tamanho, físico, agressividade e excelente tempo para rebotes, características que o levaram para médias de 9,1 pontos e 8,9 rebotes, sendo 3,4 ofensivos, em sua temporada de calouro. Ainda melhor do que as médias, Duren teve partidas impressionantes, mostrando seu potencial, como sua estreia com um double-double de 14 pontos e dez rebotes e um jogo de 30 pontos e 17 rebotes contra o San Antonio Spurs.
Do banco, uma unidade mais sólida com Morris/Hayes, Alec Burks, Harris, Isaiah Stewart e Wiseman/Bagley dão certa profundidade ao elenco. Os Pistons parecem ter abraçado algumas missões de recuperação de jovens jogadores, como Bagley e, principalmente, Wiseman. Vindos com grande expectativa do college para a NBA, os dois nunca atenderam. Se a franquia conseguir apresentar a melhor versão de ambos, pode ter no garrafão uma força a ser explorada.
Cria-se uma expectativa pela primeira temporada de Williams com os Pistons e o elenco jovem, que, se tudo der certo, se manterá saudável para a temporada. Se isso se confirmar, apesar de ainda não fazer barulho em busca dos playoffs, Detroit será, definitivamente, um time divertido de se assistir.
(Foto: Nic Antaya/Getty Images)
Principais chegadas: Ausar Thompson, Monte Morris e Joe Harris
Principais saídas: Cory Joseph e Hamidou Diallo
Ponto forte: A evolução da dupla formada por Cade Cunningham e Jaden Ivey e a presença física no garrafão.
Ponto fraco: A defesa é o problema a ser dirimido na temporada, mesmo com peças adquiridas na direção dessa melhoria.
Campanha em 22-23: 17-65 (15º lugar do Leste)
Provável quinteto: Cade Cunningham, Jaden Ivey, Ausar Thompson, Bojan Bogdanovic e Jalen Duren
Franchise player: Cade Cunningham
Sexto homem: Monte Morris
Head coach: Monty Williams
Briga por: Parte baixa da tabela