PRÉVIA NBA 2022-23: Washington Wizards
Longe da briga pelos playoffs em 2021-22, Wizards apostam na renovação com Bradley Beal para voltar a figurar entre as forças da NBA
O torcedor do Washington Wizards não vem se acostumando a ver a equipe entre as principais forças da NBA nos últimos anos. A franquia até chegou a ter algumas temporadas competitivas recentes, como 2013-14, 2014-15 e 2016-17, ainda quando John Wall era o cara do time.
Mesmo com alguns bons anos, os Wizards têm mais resultados piores do que melhores na última década. Já são quatro temporadas seguidas com mais derrotas do que vitórias, e apenas uma ida aos playoffs nesse mesmo período.
No entanto, a falta de resultados da equipe vem desde a mudança de nome de Bullets para Wizards, em 1997. Em 25 temporadas com o novo nome, Washington só foi aos playoffs nove vezes, e o melhor resultado foram semifinais de conferência, em quatro oportunidades.
Para virar o cenário, o Washington Wizards começou as mudanças no banco de reservas ano passado. O técnico Scott Brooks, que comandou a equipe nos cinco anos anteriores, deixou a equipe após o fim do contrato. Para o seu lugar foi escolhido o nome de Wes Unseld Jr, que foi assistente técnico de Golden State Warriors, Orlando Magic, Denver Nuggets e do próprio Washington Wizards, e teve seu primeiro ano como técnico principal.
Em sua temporada de estreia, uma campanha mediana de 35-47 e fora do play-in. Mas a expectativa não era muito maior que isso.
Olhando para a quadra, a grande aposta da equipe está em um nome que o torcedor de Washington conhece bem: Bradley Beal.
O ala-armador está na equipe desde que foi draftado em 2012, e renovou seu contrato por cinco anos no valor de US$ 251 milhões. Em 10 temporadas com a franquia, Beal tem média de 22,1 pontos, 4,2 assistências, 4,1 rebotes e 1,1 roubo de bola por jogo. O armador foi eleito três vezes para o All-Star Game neste período (2018, 2019 e 2021). Porém, ele sofreu com muitas lesões na última temporada e jogou só 40 partidas.
A manutenção de Kristaps Porziņģis, que chegou em uma troca em fevereiro de 2022 junto ao Dallas Mavericks, também empolga o torcedor. O ala-pivô de 2,21m de altura fez apenas 17 jogos com a equipe na temporada passada, mas os 22,1 pontos e 8,8 rebotes deixaram o pessoal na capital americana com um gostinho de quero mais. Resta saber se ele vai se manter saudável também.
Há uma curiosidade de ver esse time fluindo junto com Kyle Kuzma. O ala teve uma temporada de ressurgimento, após ser envolvido numa troca do Los Angeles Lakers por Russell Westbrook. Se mantiver o nível apresentado, será um terceiro nome importante no quinteto titular.
A equipe também fez algumas movimentações interessantes ao longo da free agency. Depois de bons anos com os Nuggets, o ala Will Barton chega para reforçar a equipe, e pode começar a temporada já no quinteto titular, assim como o armador Monté Morris, que também atuou em Denver nos últimos anos.
Outras figurinhas conhecidas na NBA que desembarcaram em Washington nesta temporada são o armador Delon Wright, que estava no Atlanta Hawks, e o ala-pivô Taj Gibson, que viveu seu melhor momento da carreira no Chicago Bulls e estava no New York Knicks.
Pelo Draft, os Wizards agregaram na primeira rodada o ala-armador Johnny Davis, que atuava pela Universidade de Wisconsin. Em dois anos na NCAA, Davis teve 13,4 pontos, 6,2 rebotes e 1,1 roubo de bola por jogo. O jovem atleta tem condições de contribuir ofensiva e defensivamente com a equipe, mas fica a curiosidade de quanto de tempo de quadra ele receberá em sua temporada de calouro.
Por fim, a saída mais marcante fica por conta do brasileiro Raulzinho Neto. Depois de duas temporadas, e com alguns bons jogos, o armador saiu e foi para o Cleveland Cavalier. Outra saída de mais nome é Tomáš Satoranský. O armador vai jogar no Barcelona, da Espanha.
De uma maneira geral, a equipe se “reforçou” com a manutenção de Bradley Beal e Kristaps Porziņģis. O período de free agency também teve saldo positivo, com a adição de nomes conhecidos como Will Barton e Monté Morris, e sem a perda de jogadores de muito impacto. A saúde das principais estrelas da equipe será fundamental para determinar o sucesso da equipe, que busca voltar a figurar entre as principais equipes da liga.
Foto: Reprodução / Twitter Washington Wizards
Principais chegadas: Will Barton, Monté Morris, Delon Wright, Taj Gibson e Johnny Davis (via Draft)
Principais saídas: Tomas Satoransky, Raul Neto e Thomas Bryant
Ponto forte: Manutenção do elenco. O fim da novela Bradley Beal foi a grande notícia da free agency. Entre temporadas com mais vitórias do que derrotas, a presença de um All-Star pode fazer a diferença entre uma equipe que vai para uma que não vai aos playoffs. Outro ponto importante é a permanência de Kristaps Porziņģis, que fará sua primeira temporada completa pela franquia.
Ponto fraco: Assim como as manutenções foram positivas, as lesões são motivo de preocupação. Beal e Porziņģis têm grande histórico de lesões, e a ausência de um deles pode fazer a diferença durante o ano. Na última temporada, os dois atletas somaram 91 jogos, pouco mais do que a metade do que poderiam ter se tivessem jogado a temporada completa.
Campanha em 2021-22: 35-47 (12º lugar da Conferência Leste)
Provável quinteto: Kristaps Porziņģis, Kyle Kuzma, Will Barton, Bradley Beal e Monté Morris
Franchise player: Bradley Beal
Sexto homem: Rui Hachimura
Head coach: Wes Unseld Jr.
Briga por: Vaga no Play-in