PRÉVIA NBA 2022-23: Phoenix Suns
Franquia do Arizona espera superar offseason turbulenta para voltar a brigar no topo do Oeste
Finalista em 2020-21, o Phoenix Suns tinha o desafio na temporada passada de comprovar que o time era competitivo de verdade e que não foi apenas um “acaso” que o levou à decisão contra o Milwaukee Bucks. E olhando para a temporada regular de 2021-22, a franquia do Arizona mostrou sua força e conseguiu a melhor campanha de toda a liga. O problema foi nos playoffs, quando foram eliminados pelos Mavs em uma atuação trágica jogando em casa.
Levando em conta o baque da eliminação, toda a polêmica envolvendo o dono Robert Sarver, que está suspenso por um ano e colocou a franquia à venda, o afastamento de Jae Crowder e a conturbada extensão contratual do Deandre Ayton, a desconfiança voltou a ser grande com os Suns projetando a próxima temporada.
O elenco não passou por grande transformação. O armador segue sendo Chris Paul, que mesmo com 37 anos ainda é um dos melhores “gestores” de jogo da liga com sua sensacional visão de quadra e capacidade de potencializar seus companheiros. A última impressão não foi a melhor, já que ele não conseguiu ser um grande fator na série contra os Mavs e no primeiro round foi praticamente neutralizado pelo até então desconhecido José Alvarado. Vamos ver se o “Point God” ainda tem gasolina no tanque.
Apesar do peso do nome do armador, a estrela maior é Devin Booker. Dono da posição 2 e melhor jogador ofensivo da equipe, o camisa 1 é a grande esperança para conduzir a franquia. Booker e Chris Paul formam um perímetro fortíssimo e com enorme capacidade de punir os rivais no jogo de meia-distância, já que ambos são fenomenais nesse tipo de jogo.
As alas pertencem a duas joias da franquia: Cam Johnson, que foi um dos melhores arremessadores de três na temporada passada, deve, finalmente, ser o titular da equipe; e Mikal Bridges, a grande âncora defensiva (ficou em segundo no prêmio de defensor do ano em 21/22). Além do aspecto da marcação, o ala deve também ter um papel maior no ataque, já que ele recebeu uma gorda extensão contratual.
O pivô segue sendo Deandre Ayton. Ele até aceitou o contrato oferecido pelo Indiana Pacers, mas os Suns utilizaram sua prioridade e assinaram com o jogador por quatro anos. O bahamense evoluiu muito defensivamente desde que entrou na NBA e já é um dos melhores reboteiros da liga, além de ser um protetor de aro acima da média, apesar de ainda não estar na elite no quesito. Ofensivamente, ele está mais refinado, mas ainda é um problema a falta de agressividade e o baixo volume de cobranças de lances livres por jogo.
O banco talvez seja o maior problema hoje, já que com o Jae Crowder fora da rotação, faltam opções capazes de manter o nível do quinteto titular. O inconsistente Cam Payne é o armador reserva. Outro jogador de perímetro é Landry Shamet, que não convenceu a torcida na temporada passada. Torey Craig é um ala sólido e bom defensor, mas também não empolga. Talvez a única boa noticia da segunda unidade é Dario Saric, que não atuou na temporada passada e deve voltar para a rotação
A realidade é que mesmo com as polêmicas, os Suns seguem com um núcleo jovem e um bom time no papel. Vamos ver se o treinador Monty Williams será capaz de mais uma vez contrariar os especialistas e devolver a equipe para o topo do Oeste.
Foto: Reprodução Twitter/Phoenix Suns
Principais chegadas: Damion Lee, Josh Okogie e Jock Landale
Principais saídas: JaVale McGee, Elfrid Payton, Aaron Holliday e Abdel Nader
Ponto forte: O jogo de meia distância da dupla Devin Booker e Chris Paul. Ambos são capazes de controlar a velocidade do jogo e punir as equipe que jogam com pivôs muito recuados.
Ponto fraco: O banco. O time tem poucas armas na segunda unidade para manter o desempenho dos titulares.
Campanha em 21-22: 64-18 (Primeiro do Oeste – eliminado nas semifinais da conferência)
Provável quinteto: Chris Paul, Devin Booker, Mikal Bridges, Cam Johnson e Deandre Ayton
Franchise player: Devin Booker
Sexto homem: Dario Saric
Head coach: Monty Williams
Briga por: Título