PRÉVIA NBA 2022-23: Orlando Magic
Orlando mais uma vez não brigará pelo título, mas possui um grupo jovem promissor e que será divertido de assistir
Apesar de terminar em último na Conferência Leste com apenas 22 vitórias na temporada passada, e não ter expectativa nenhuma de um título este ano, o Orlando Magic promete um time jovem promissor e divertido de assistir em 2022-23. Com um Draft consistente e trazendo peças importantes de volta, a equipe da Flórida pode estar preparando algo interessante para o futuro e que os fãs não veem desde Dwight Howard e companhia. Ainda não dá para apostar em título para o Magic, mas se você tem um palpite para o campeão da temporada, aproveite o código promocional Betano para escolher seu favorito.
Primeiro, é bom comentarmos sobre Paolo Banchero, primeiro escolha do Draft deste ano. Por mais que fosse cotado para a posição, muitos esperavam que Jabari Smith ou Chet Holmgren fossem selecionados primeiro pelo Magic. E, então, chegou a Summer League 2022, e tudo ficou mais claro. O ala-pivô ex-Duke jogou apenas duas partidas, porém mostrou todo seu potencial nos dois lados da quadra, junto com sua capacidade física.
O novato teve médias de 20 pontos, cinco rebotes, seis assistências, 2,5 roubos e um toco. Porém, o que mais impressionou foi a capacidade de chamar o jogo para si. Banchero pareceu pronto para um impacto imediato na liga, mesmo que ainda precise de alguns ajustes, como sua eficiência no perímetro.
Segundo, é preciso destacar o crescimento de jogadores como Franz Wagner e Wendell Carter Jr. O segundanista alemão foi um dos melhores novatos da última temporada, sendo nomeado para o All-Rookie Team. O ala foi o quarto em pontuação (15,4) entre os estreantes de sua classe em 2021-22 e mostrou bastante potencial para o futuro.
Carter Jr também coube como uma luva no lugar que antes foi de Nikola Vucevic por muitos anos. O pivô de 23 anos teve médias de double-double no ano, com 15 pontos e 10,5 rebotes. Presente nos rebotes ofensivos, o jogador tem incrementado o arremesso do perímetro em seu arsenal, tendo um aproveitamento de 32,7% nas bolas de três.
A equipe também manteve atletas importantes para a rotação. Mo Bamba e Gary Harris assinaram extensões de dois anos, recebendo, respectivamente, US$ 21 milhões e US$ 26 milhões. Bamba é um dos melhores protetores de aro da liga, com um arremesso do perímetro respeitável. Já Harris foi uma boa arma vindo do banco, obtendo 11 pontos de média na última temporada como reserva. Falando em banco, Terrence Ross se mantém na equipe como jogador mais velho e experiente, e no quesito pontuação é inegável o que ele trás para a mesa.
Além disso, o Magic trouxe o pivô Bol Bol de volta, que por conta de lesões, não teve tempo para alcançar o potencial que muitos esperavam desde o high school. Os alas Admiral Schofield e Kevon Harris assinaram um contrato two-way com a franquia, podendo atuar também na equipe afiliada da G League, o Lakeland Magic.
Porém, algumas dúvidas ainda cercam a franquia, e é importante elencar os pontos que fazem Orlando ser um time divertido de assistir, mas não uma equipe vencedora ainda. Cole Anthony tem pontuado bem (16,3), porém, com baixo aproveitamento. O armador parece ser parte do futuro do Magic na posição, mas é difícil dizer que ele continuará sendo caso não seja mais eficiente.
O agora segundanista Jalen Suggs foi uma decepção ofensivamente. O ala-armador que liderou Gonzaga para o National Championship não parece ter chegado para a NBA até o momento. Por outro lado, o jogador se mostrou diferenciado no quesito defesa, sendo um dos melhores da liga na posição no último ano. É provável que ele ainda precise de mais tempo para amadurecer.
Markelle Fultz, que voltou de uma lesão no joelho no fim da temporada, mostrou flashes do porquê foi a primeira escolha do Draft de 2017. Apesar de não ser uma ameaça do perímetro, Fultz finaliza bem perto da cesta e é inteligente em mismatches criado pelos bloqueios. Porém, com diversas lesões na carreira – inclusive outra já no training camp -, e o fato de nunca ter atingido o seu esperado potencial, é difícil cravar uma temporada saudável ou deslumbrante do ala-armador.
Mas a maior das dúvidas que cercam a franquia é sobre o ala Jonathan Isaac. O atleta não jogo basquete desde 2020, quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho. Isaac quando saudável, é um dos melhores defensores da NBA, e tê-lo de volta dará uma nova dinâmica para a equipe.
Em resumo, o Orlando Magic será uma das equipes que mais aparecerão no famoso Top 10 highlights das rodadas, e quem sabe com o crescimento de Banchero, Wagner, Carter Jr e companhia, a franquia não aumente o número de vitórias na campanha da temporada 2022-23. A verdade é que independentemente da melhora, a equipe da Flórida ainda está algumas peças distante de voltar para o tão sonhado playoffs da NBA.
Principais chegadas: Paolo Banchero e Caleb Houstan (ambos no Draft)
Principais saídas: Tim Frazier, Robin Lopez e Mychal Mulder
Pontos fortes: A juventude certamente é o ponto mais forte do Magic. A equipe tem um dos elencos mais jovens da NBA, e isso ajuda na velocidade do time e o atleticismo nos dois lados da quadra. Além disso, a franquia tem nomes com potencial para crescimento e levar o grupo de volta a pós-temporada.
Pontos fracos: A mesma jovialidade que fortaleça o time também pode prejudicar, principalmente quando falamos de maturidade e na capacidade de fechar jogos. É provável que a equipe desenvolva esse tipo de jogador. Banchero e Anthony são apostas prováveis nos momentos clutch, porém decisões em momentos cruciais normalmente acontecem nesses cenários.
Campanha em 2021-22: 22-60
Provável quinteto: Cole Anthony, Jalen Suggs, Franz Wagner, Paolo Banchero, Wendell Carter Jr
Franchise Player: Paolo Banchero
Sexto Homem: Markelle Fultz
Head Coach: Jamahl Mosley
Briga por: Nada
Foto: Reprodução/ Instagram Paolo Banchero