PRÉVIA NBA 2022-23: Miami Heat
Depois de chegar perto das finais da NBA na temporada anterior, franquia busca voltar ao caminho dos títulos com poucas movimentações no mercado
O Miami Heat é uma das franquias de maior ascensão nas últimas temporadas da NBA. Depois de ter chegado nas Finais da NBA em 2020 e sendo derrotado pelo Los Angeles Lakers por 4 a 2, era esperado que a equipe voltasse a disputar o título da liga nos anos seguintes, mas não conseguiu cumprir tal tarefa. A eliminação para o Milwaukee Bucks, em 2021, por 4 a 0 na primeira rodada e a queda para o Boston Celtics nas finais da Conferência Leste em 2022 por 4 a 3 não trouxeram o sonho da Heat Nation de voltar a viver os tempos do Big 3 de Dwyane Wade, LeBron James e Chris Bosh.
Com um elenco focado em vitórias e em como conquistá-las, a franquia comandada por Pat Riley buscará voltar aos seus tempos de glória com poucas movimentações no mercado, chegando a frustrar alguns torcedores durante a offseason na tentativa de trazer mais uma superestrela para o seu elenco por meio das trocas.
A única chegada que o Heat conseguiu nessa pré-temporada foi de Nikola Jovic, ala sérvio selecionado na 27ª escolha do Draft de 2022. Uma de suas principais habilidades é o arremesso de três pontos, uma das principais armas do elenco do time da Flórida. Em sua passagem no basquete sérvio, o novo camisa 5 da equipe de Miami teve médias de 41,5% de aproveitamento no perímetro pelo campeonato profissional e pelo campeonato sub-19.
Mesmo tendo um elenco jovem onde apenas três dos 16 jogadores tem mais de dez anos de experiência na liga, a busca de Pat Riley acabou sendo a chegada de mais um superastro veterano para adicionar mais talento e ajuda para Jimmy Butler e Bam Adebayo. O primeiro alvo foi Kevin Durant, que chegou a pedir ao Brooklyn Nets para ser trocado. Mas nenhuma oferta para o time de Nova York foi suficiente para trazer KD para a Flórida. O outro alvo foi Donovan Mitchell, na época no Utah Jazz. O ala-armador colocou o Heat dentro da sua lista de times que gostaria de ir, mas novamente, os pacotes oferecidos não agradaram o front office da franquia de Salt Lake City, e o “Spida” acabou indo parar no Cleveland Cavaliers.
A única “saída” foi a renovação com Udonis Haslem, veterano na NBA e no Heat. Jogador mais velho em atividade com 42 anos, UD vem entrando pouco em quadra nos últimos anos (58 partidas nos últimos seis anos), mas isso não é pelo fato de lesões. O ala-pivô entende desde que foi contratado em setembro de 2003 o que é a Heat Culture nos tempos de Stan Van Gundy, Pat Riley e, hoje, de Erik Spoelstra. Sua presença no elenco acaba sendo mais como de um assistente técnico, sendo muito visível a sua vontade de ganhar em algumas partidas importantes em playoffs, quando chega a “dar bronca” nos seus companheiros.
Outra “chegada” importante do Heat foi a de Tyler Herro. O Baby GOAT, como é chamado pelos torcedores, disputará sua quarta temporada neste ano, mas já está com um bom contrato garantido. Isso é por conta da extensão contratual de quatro anos por US$ 130 milhões. Depois de ter sido eleito o Sixth Man of the Year da temporada 2021-22, o camisa 14 pode esperar por mais nesse novo ano que se inicia em sua carreira, tendo anotado 20,7 pontos na temporada anterior.
Porém, um time com poucos reforços acabou perdendo algumas peças importantes e queridas para os torcedores e elenco. A principal saída acaba sendo a de PJ Tucker, que recusou a sua player option para poder assinar um contrato de três anos por US$ 33 milhões com o Philadelphia 76ers. Tucker era muito importante defensivamente no time, principalmente quando Adebayo estava fora de quadra. Sua ausência poderá causar impactos nos espaços a serem abertos aos jogadores, mas poderá se adaptar ao longo do campeonato.
Outro desfalque será Markieff Morris, que também decidiu sair de Miami e ir para outro time da Conferência Leste. O destino de “Keef” foi o Brooklyn Nets. Mesmo chegando na temporada passada, o ala-pivô não deverá fazer tanta falta para a Heat Nation, já que disputou apenas 17 jogos por conta de uma lesão no pescoço ocorrida durante o “encontro” com Nikola Jokic no início da temporada 2021-22.
O principal foco do Heat, nesse começo de temporada, será adaptar o elenco sem a presença de Tucker, que contribuía nas rotações tanto no ataque quanto na defesa. Um jogador que acaba sendo muito bem-visto nessa função é Caleb Martin, que nessa pré-temporada conseguiu abrir muitos espaços para Adebayo finalizar as jogadas. Mas a principal questão para esse começo é como será a atuação de Kyle Lowry no elenco. Sua primeira temporada no Heat não foi a que todos esperavam, mas é visível que ele está mais determinado para voltar a levantar o título da NBA como fez com o Toronto Raptors de 2018-19.
A realidade do Heat é que eles possuem um elenco inexperiente e muito jovem, com uma média de 27,4 anos. Mas com a Heat Culture em prática no cotidiano com Pat Riley, Erik Spoelstra, Udonis Haslem. Jimmy Butler e companhia, a franquia tem um bom elenco e boas peças para poder reforçar o seu elenco e o desejo de voltar a ser campeão da NBA.
(Foto: Reprodução Twitter/Miami Heat)
Principais chegadas: Nikola Jovic (Draft)
Principais saídas: P.J. Tucker e Markieff Morris.
Ponto forte: Defesa. Com 105,6 pontos sofridos na temporada anterior, o Heat foi o quarto time com a melhor defesa no campeonato.
Ponto fraco: Erros no ataque. Com 14,6 erros cometidos, o Heat foi o terceiro time com mais turnovers na temporada, ficando atrás apenas do Golden State Warriors (14,9) e do Houston Rockets (16,5).
Campanha em 2021-22: 53-29 (Primeiro colocado da Conferência Leste; eliminado na Final da Conferência Leste pelo Boston Celtics por 4 a 3).
Provável quinteto: Kyle Lowry, Duncan Robinson, Jimmy Butler, Caleb Martin e Bam Adebayo.
Franchise player: Jimmy Butler.
Sexto homem: Tyler Herro.
Técnico: Erik Spoelstra.
Briga por: Título.