PRÉVIA NBA 2022-23: Indiana Pacers
Pacers, enfim, parecem abandonar a competitividade e abrir caminhos para os jovens talentos
Após uma temporada 2021-22 repleta de mudanças e que resultou em uma campanha ruim, o Indiana Pacers aposta na juventude para guiar a nova era da franquia. No início da última campanha, a equipe ainda contava com o lituano Domantas Sabonis, então, estrela e esperança da franquia, com Caris LeVert, Malcolm Brogdon e Myles Turner para voltar aos playoffs.
Porém, no primeiro ano de Rick Carlisle como técnico da equipe, as coisas não saíram tão bem. Com uma campanha bem abaixo dos 50% de aproveitamento chegando no trade deadline, os Pacers trocaram Sabonis, ala-pivô e melhor jogador do time, para o Sacramento Kings em troca de Tyrese Haliburton, armador de segundo ano e que já havia mostrado ser muito promissor pelos californianos.
Mais do que pela parte tática e técnica, a troca foi muito simbólica. Após anos competindo por playoffs, Indiana pareceu finalmente aceitar que precisa de uma reformulação de elenco. Pouco depois, a equipe se desfez de LeVert e de Torey Craig. O resultado? A terceira pior campanha da história da franquia, com 25 vitórias e 57 derrotas, terminando na 13ª posição do Leste.
Na offseason, a equipe ainda trocou Brogdon, perdeu Lance Stephenson e T.J. Warren e esteve próxima de trocar Turner e Buddy Hield, segundo rumores – ainda não descartados.
Para a temporada 2022-23, o prognóstico é mais positivo em relação às frustrações, mas não deve reservar tantas vitórias. Sem grandes reforços durante a offseason, os Pacers apostam apenas no desenvolvimento de jovens talentos que já apareceram na temporada passada como Haliburton, Chris Duarte, que fez parte do All-Rookie team de 21-22, e de Jalen Smith, ala-pivô que veio do Phoenix Suns na troca envolvendo Craig.
Além deles, a equipe ainda selecionou Bennedict Mathurin com a sexta escolha do último Draft. Na Summer League, o bom desempenho de Mathurin empolgou os torcedores, e o jovem deve formar dupla do futuro com Haliburton. E, ainda nos jovens, a equipe adquiriu Aaron Neismith, ala que veio do Boston Celtics junto com o experiente pivô Daniel Theis na troca de Brogdon.
Falando em experiência, são poucos os casos no elenco. Além de Theis, a equipe conta com T.J. McConnell, Hield e Turner. Com o desenrolar da temporada, é muito possível que alguns, ou todos, sejam trocados.
Principais chegadas: Bennedict Mathurin (Draft), Aaron Neismith e Daniel Theis
Principais saídas: Malcolm Brogdon, T.J. Warren e Lance Stephenson
Ponto forte: Talento ofensivo. Além de um treinador que nos últimos anos montou fortes ataques, a jovem equipe possui várias ferramentas ofensivas. Para pensar o jogo, Haliburton e McConnell devem dar trabalho. Pontuando, além de Haliburton a franquia conta com Mathurin, Hield e Duarte. Pra força física no garrafão, tem Turner e Smith.
Ponto fraco: Defesa. No ano passado, a equipe teve um rating defensivo de 116,1 (terceiro pior da liga). No entanto, não há sinais de melhora na área. A defesa no garrafão ganha com Smith, mas de resto falta talento e empenho da defesa. De Haliburton a Turner, nenhuma peça do elenco é conhecida por sua defesa, e o time deve sofrer novamente.
Campanha em 2021-2022: 25-57 (13ª posição do Leste)
Provável quinteto titular: Tyrese Haliburton, Bennedict Mathurin, Buddy Hield, Jalen Smith e Myles Turner
Franchise player: Tyrese Haliburton
Sexto homem: Chris Duarte
Head coach: Rick Carlisle
Briga por: Play-in. A equipe deve brigar pela décima vaga, mas falta experiência e talento para conseguir. No fim, deve ficar entre a 11ª e a 14ª colocação no Leste.
(Fotos: reprodução Twitter/Indiana Pacers)