PRÉVIA NBA 2021-2022: #4 Phoenix Suns
Após vencer o Oeste na temporada passada, o Phoenix Suns busca se firmar como equipe de elite na NBA
Foram mais de 10 anos sem disputar playoffs, mas a espera foi recompensada. Em um ano brilhante, o Phoenix Suns terminou a temporada regular com o segundo lugar da conferência e bateu Lakers, Nuggets e Clippers nos playoffs para vencer o Oeste pela terceira vez em sua história. Na final a equipe do Arizona acabou derrotada pelos Bucks, mas definitivamente foi uma temporada positiva.
Buscando repetir o sucesso de 2021, o general manager James Jones teve como estratégia manter o núcleo da equipe. Chris Paul assinou sua extensão contratual e mais uma vez vai ser o líder do elenco. Na temporada passada, o armador terminou em quinto na disputa do MVP e teve médias de 16,4 pontos e 8,9 assistências por jogo, mostrando que mesmo aos 36 anos de idade ainda tem gasolina no tanque.
O armador encaixou muito bem no sistema do velho conhecido Monty Williams, que foi também seu treinador nos Hornets. O impacto do armador não reflete apenas nos números pessoais, mas também da equipe. Os Suns terminaram o ano como o terceiro com mais assistências e apenas o 27º em erros, algo tradicional das equipes lideradas pelo veterano armador.
Mesmo com todo impacto do CP3, é inegável que a grande “cara” da franquia segue sendo Devin Booker. Nos cinco primeiros anos da carreira profissional do ala-armador, o Phoenix Suns não conseguiu sequer competir, levantando várias dúvidas se Booker seria um jogador capaz de liderar uma boa equipe. As desconfianças agora não existem mais, já que ele foi all-star pela segunda vez na carreira e mais uma vez foi o maior pontuador da franquia, com médias de 25,6 pontos por jogo. Nos playoffs as médias foram de 28,2 pontos por jogo, incluindo uma atuação histórica no jogo 6 contra os Lakers, no Staples Center, em que ele terminou com 47 pontos.
O pivô da equipe mais uma vez será Deandre Ayton. Primeira escolha do Draft 2018, o atleta das Bahamas teve a melhor temporada da carreira. Além de ser uma arma muito perigosa finalizando ao redor do aro, a principal evolução aconteceu na defesa. Com grande capacidade de proteção de aro, Ayton mostrou grande mobilidade para um jogador do seu tamanho, não ficando muito exposto quando era obrigado a defender jogadores mais baixos.
Vale destacar também a pós-temporada dele. Nos playoffs, Ayton terminou com 65% de aproveitamento nos arremessos de quadra e com médias de duplo-duplo, com 15,8 pontos e 11,8 rebotes por jogo. A única preocupação com o futuro do Ayton fica por conta da novela ao redor da renovação de contrato dele. Mesmo com todo mundo esperando a oferta máxima para a renovação, o dono da franquia, Robert Sarver, segue relutante em pagar o pedido do pivô. Vamos ver como isso vai impactar no desempenho do jovem de 22 anos.
O impacto do pivô foi tão grande nos últimos playoffs, que uma grande carência do elenco acabou ficando escancarada: a falta de um pivô reserva, principalmente após a lesão de Dario Saric. Buscando suprir esta necessidade, a franquia trouxe JaVale McGee, que estava no Denver Nuggets e venceu o ouro olímpico pela seleção americana nas Olímpiadas de Tóquio.
Outra novidade do elenco é o armador Landry Shamet, que chegou na noite do Draft trocado pelo Brooklyn Nets pela escolha de primeira rodada dos Suns. Shamet, que chegou a jogar em Philadelphia quando Monty Williams era auxiliar por lá, deve ser um dos homens de confiança do treinador vindo do banco. Conhecido pelo seu bom arremesso de três, ele se junta a Cameron Payne como substitutos das estrelas da armação dos Suns.
Payne, inclusive, garantiu sua renovação contratual. O armador que chegou por um contrato curto na “bolha” de Orlando mostrou o seu valor e assinou por mais três anos com a franquia. Em um time que joga em um ritmo mais lento com CP3 na armação, Payne vem do banco para dar velocidade e energia ao time.
Para completar os destaques do elenco, talvez a parte mais subestimada da equipe seja o trio de alas. Com muita versatilidade defensiva e ofensiva, o trio Mikal Bridges, Jae Crowder e Cameron Johnson consegue defender múltiplas posições, oferece arremessos de três e ataques ao aro recebendo em movimento.
Na offseason os Suns também contrataram o armador Elfrid Payton, que vem para a sua segunda passagem na franquia do Arizona, e assinou com o ala Chander Hutchinson, vindo dos Bulls.
Além das contratações, outra novidade nem tão novidade assim pode ser o pivô Jalen Smith. Rookie draftado na loteria de 2020, o jogador teve poucas oportunidades na última temporada e pode ser uma aposta vinda do banco para 2022.
A manutenção da base e a continuidade do trabalho do treinador Monty Williams colocam Phoenix mais uma vez na briga do Oeste.
(Foto: Harry How/Getty Images)
Principais chegadas: Landry Shamet, JaVale McGee, Chandler Hutchinson e Elfrid Payton.
Principais saídas: Jevon Carter, Torey Craig, Langston Galloway e E’Twaun Moore.
Pontos fortes: O jogo de meia-distância da dupla Paul e Booker. Ambos são jogadores dominantes no ataque de pick-and-roll e aproveitam a tradicional defesa em drop para usarem o arremesso para demolirem as defesas adversárias.
Pontos fracos: Na temporada passada o maior problema foi o backup do Ayton. Saric até deu conta do recado sendo um 5 espaçador e que conseguia ocupar o espaço defensivamente, mas nos playoffs após a lesão dele o problema ficou ainda mais escancarado, tendo que jogar ou com formações mais baixas ou com Frank Kaminsky. Vamos ver se McGee consegue suprir o problema.
Campanha em 2020-21: 51-21 (finalista da NBA, derrotado pelo Milwaukee Bucks)
Provável quinteto titular: Chris Paul, Devin Booker, Mikal Bridges, Jae Crowder e Deandre Ayton
Sexto homem: Cameron Johnson
Franchise player: Devin Booker
Head coach: Monty Williams (terceiro ano nos Suns)
Briga por: Título. Mesmo não sendo o favorito, Phoenix mostrou seu potencial na temporada passada e tem margem para evolução.
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Phoenix Suns: posição 4