PRÉVIA NBA 2021-2022: #29 Orlando Magic
Com um núcleo jovem, o objetivo do Magic para a temporada deve ser o desenvolvimento dos garotos
Após perder na primeira rodada dos playoffs nas temporadas 2018/2019 e 2019/2020, o Orlando Magic entrou no ano passado mais uma vez sonhando com uma vaga na pós-temporada, principalmente apoiado na tradicional boa defesa do treinador Steve Clifford. Porém, após sofrer com inúmeras lesões durante a temporada, o Magic resolveu mudar o rumo. Cansado de ser um time organizado, mas que não tinha qualquer expectativa de superar a primeira rodada dos playoffs, a franquia decidiu iniciar uma reconstrução mais agressiva.
Mesmo com o time ainda com chances matemáticas de brigar por uma vaga no play-in, o front office optou por trocar os principais jogadores do elenco no decorrer da temporada, incluindo o duas vezes all-star Nikola Vucevic, o francês Evan Fournier e o ala Aaron Gordon.
A partir daí a equipe se tornou uma das piores da NBA. Ainda sem contar com Markelle Fultz e Jonathan Isaac, lesionados, Orlando virou um saco de pancadas e venceu apenas 6 dos últimos 28 jogos. Dos jogadores que vieram nas trocas, o principal destaque foi Wendell Carter Jr., ex-Bulls que conviveu com muitas lesões nos primeiros anos na NBA, mas que foi bem nas 22 partidas que jogou no time da Flórida, com médias de 11,7 pontos e 8,8 rebotes.
Para a temporada 2021-2022 as mudanças continuam. Steve Clifford deixa o comando da equipe após quatro temporadas e para o seu lugar foi contratado Jamahl Mosley, que trabalhava como assistente no Dallas Mavericks. O recado é claro: sai um treinador conhecido pela defesa forte e por manter o time competitivo todas as noites e chega um novato para desenvolver os jovens talentos e fazer um trabalho a longo prazo.
Falando em jovens talentos, Orlando aposta muito no núcleo Markelle Fultz, Jonathan Isaac, Cole Anthony, Jalen Suggs, Franz Wagner e Wendell Carter Jr, todos com 23 anos ou menos. Os dois primeiros da lista pouco jogaram na última temporada (Isaac sequer entrou em quadra) e esperam superar as lesões para a atual temporada. Apesar da esperança em dias melhores para os dois, ambos não devem estar prontos para o início da temporada. Já Cole Anthony foi uma das poucas boas notícias da temporada passada. Em um ataque com dificuldade de pontuar em meia-quadra, o novato foi um dos poucos jogadores capazes de criar algo para a equipe, mesmo demonstrando muita inconsistência (algo natural para um rookie). Vamos ficar de olho no desenvolvimento dele.
Apesar dos jogadores citados, o foco dos olhares dos fãs da NBA está voltado para o calouro Jalen Suggs. Cotado para sair no top 4 do último draft, o guard vindo da universidade de Gonzaga acabou “sobrando” na pick 5. Conhecido pelo estilo competitivo e enérgico de jogar basquete, o jovem é a grande esperança para a reconstrução do Magic. Além dele, o time também escolheu dentro da zona de loteria o ala-pivô alemão Franz Wagner, irmão de outro jogador do Magic, Moritz Wagner, que foi destaque nas duas temporadas em que atuou na universidade de Michigan.
Orlando também sonha com o desenvolvimento de jovens jogadores menos badalados, como Chuma Okeke (segundanista), RJ Hampton (veio na troca com os Nuggets), Gary Harris (também vindo dos Nuggets) e Mo Bamba (6ª escolha no fortíssimo Draft de 2018).
O único jogador que é destaque da equipe, mas que foge do padrão da juventude é o ala Terrence Ross, que mesmo tendo “apenas” 30 anos, definitivamente não está na mesma linha do tempo do restante do elenco. Conhecido por ser um dos melhores reservas da liga, o experiente arremessador é capaz de “colocar fogo” nas partidas com o seu bom arsenal ofensivo. Apesar do destaque, é improvável imaginar que ele também não seja trocado durante a temporada, já que o objetivo de Orlando é dar o máximo de tempo para os garotos jogarem.
Para adicionar um pouco de experiência ao elenco, chegaram Robin Lopez e E’Twaun Moore, mas nenhum dos dois muda o patamar da equipe de Orlando.
É difícil falar em “tank” no início da temporada, mas Orlando talvez seja o time da Conferência Leste com a menor ambição para a próxima temporada. Definitivamente o que menos importa é a colocação da equipe.
(Foto: Ethan Miller/Getty Images)
Principais chegadas: Jalen Suggs, Franz Wagner, Robin Lopez e E’Twaun Moore
Principais saídas: Dwayne Bacon, James Ennis e Otto Porter Jr
Ponto forte: Com um time mais jovem e mais atlético, a expectativa é que o Magic seja um time que corra melhor a quadra do que nas últimas temporadas, podendo machucar os adversários em transição.
Ponto fraco: É até difícil citar apenas um ponto fraco, já que o time está bastante enfraquecido, mas a boa defesa que foi marca do Magic nas últimas temporadas já não existe mais. Eles tiveram o 26º pior rating defensivo na temporada passada e a tendência é que o setor seja ainda pior em 2022. Além disso, Orlando foi o time com o pior aproveitamento de quadra na temporada passada, o que também não deve melhorar para o próximo ano.
Campanha em 2020-2021: 21-51 (penúltimo na Conferência Leste)
Provável quinteto titular: Markelle Fultz, Jalen Suggs, Terrence Ross, Jonathan Isaac e Wendell Carter Jr.
Sexto homem: Cole Anthony
Franchise player: Jalen Suggs
Head coach: Jamahl Mosley (1ª temporada como HC na NBA)
Briga por: Nada. O mais provável é que o Magic seja o pior time do Leste na temporada.
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Orlando Magic: posição 29