PRÉVIA NBA 2021-2022: #27 Cleveland Cavaliers
Elenco com potenciais jovens estrelas pode se tornar uma das surpresas dentro da próxima temporada
O Cleveland Cavaliers é uma franquia feita por estrelas como Jim Chones, Mark Price, Larry Nance, LeBron James e Kyrie Irving. Sem nomes dessa estatura, toda estrutura parece perder um pouco do brilho e a não classificação aos playoffs nas últimas três temporadas exemplifica isso.
Mas o presente da franquia não é uma terra arrasada. Mesmo com o contrato gigantesco de Kevin Love durando ainda mais duas temporadas, o núcleo de jovens estrelas dos Cavaliers dá muitas esperanças aos torcedores.
Collin Sexton, Darius Garland e o recém-chegado calouro Evan Mobley podem formar um trio muito interessante por muitos anos em Cleveland, justamente por estarem em um ambiente sem grandes ambições para o futuro próximo. Menos pressão e mais desenvolvimento!
Só que alguns pontos de interrogação têm que ser colocados nessa equação. O primeiro é justamente qual rumo os Cavaliers vão tomar nos próximos anos: seguir desenvolvendo seus jovens talentos ou ser agressivo no mercado e trocar esses potenciais por estrelas (alô, Ben Simmons).
Além disso, J.B. Bickerstaff é um técnico que ainda carrega muitas dúvidas. Por mais que tenha conseguido ajustar a bagunça deixada por John Beilein, os Cavaliers nunca conseguiram dar um grande salto de produtividade nas mãos do treinador. Não seria surpreendente um ajuste de rota durante a próxima temporada.
Por fim, a Conferência Leste não fraca como foi nas últimas décadas. Milwaukee Bucks e Brooklyn Nets têm elencos para brigar pelo título da NBA, Atlanta Hawks, Miami Heat, Boston Celtics, Philadelphia 76ers e Chicago Bulls têm ao menos uma estrela, enquanto Indiana Pacers e New York Knicks têm bons elencos para brigar por playoffs.
Cleveland terá que se colocar dentro dessa briga se quiser sonhar em quebrar o jejum de playoffs, mas para isso um dos rumos apontados acima terá que ser bem definido pelo front office. As janelas na NBA fecham de um ano para o outro e os Cavaliers precisam estar atentos para não desperdiçarem a chance de dar um salto de qualidade.
Principais chegadas: Evan Mobley foi a principal adição no elenco dos Cavaliers nesta offseason. O ala-pivô de USC, vindo do Draft, tem um grande potencial, mas vai precisar trabalhar diversos aspectos do seu jogo na transição para a NBA, em especial no ataque. Defensivamente pode formar uma das duplas mais físicas da liga no garrafão com Jarrett Allen.
No mercado de agentes livres, o general manager Koby Altman trouxe algumas peças interessantes para a equipe como o veterano armador espanhol Ricky Rubio e o ala finlandês Lauri Markkanen, que teve uma temporada de calouro meteórica no Chicago Bulls, mas sofreu com as diversas trocas de técnico na franquia de Illinois.
Principais saídas: A única peça perdida que traz algum impacto para os Cavaliers é a saída de Larry Nance Jr (Portland Trail Blazers). Mas as chegadas de Mobley e Markkanen somadas a um melhor aproveitamento de Kevin Love deixam claro como a ida de Nance Jr. para Portland nem de longe causa preocupação em Cleveland.
Ponto forte: A dupla ‘Sexland’ é sem dúvida muito interessante de se assistir. Quando Darius Garland foi escolhido pelos Cavaliers no Draft um ano após a seleção de Collin Sexton, muitas dúvidas pairavam sobre o encaixe dos jogadores. Mas ambos mostraram que se complementam em quadra e podem ser um fator decisivo para Cleveland voltar a ver um jogo de playoffs.
Com os movimentos feitos na offseason, Bickerstaff ganha diversas opções para trabalhar com a rotação dos armadores. Seja com Rubio assumindo o papel na posição 1 e deixando Sexton mais livre para os arremessos e Garland como ala em um time mais baixo ou com Okoro (mais defensivo) e Markkanen (melhor pontuador e mais alto) como alas.
Ponto fraco: Visto que Kevin Love não é mais um jogador regular dentro da NBA, os Cavaliers não têm nenhuma estrela consistente em seu elenco, como os Bucks têm em Giannis, os Nets em qualquer uma das peças do Big 3, os Hawks com Trae e assim por diante.
Por mais que Sexton seja talentoso e deva se tornar um dos melhores armadores da NBA nos próximos anos, é inegável como falta consistência ao jogador para colocar os Cavaliers com um time contender dentro da Conferência Leste.
Como disse acima, a Conferência Leste dificilmente vai dar vagas nos playoffs para equipes medianas. Então é preciso brilho mais constante para esses jovens talentos de Cleveland para qualquer chance de sucesso na próxima temporada.
Campanha em 2020-2021: 22 vitórias e 50 derrotas
Head coach: J.B. Bickerstaff (2ª temporada em Cleveland)
Provável quinteto titular: Collin Sexton, Darius Garland, Isaac Okoro, Evan Mobley e Jarrett Allen
Franchise Player: O crescimento dos números de Sexton temporada por temporada demonstram que o armador entra em seu quarto ano na NBA com potencial de finalmente se tornar um All-Star.
Na última temporada, Sexton anotou 24,3 pontos, 4,4 assistências, um roubo de bola, 50,8% nos chutes de quadra e 37,1% nas bolas de três (único quesito que apresentou queda em comparação com a temporada anterior).
Como dito acima, o armador precisa ser mais constante para se colocar entre as estrelas da liga e colocar os Cavaliers em um patamar maior. Esta temporada pode ser um divisor de águas para Sexton finalmente provar que o futuro é agora em Cleveland.
Briga por: Hoje os playoffs parecem inalcançáveis para os Cavaliers, mas uma explosão da juventude do elenco pode mudar todo o cenário. Por essa ótica, acho que Cleveland fica em um meio termo e deve terminar a temporada com entre 35 e 40 vitórias, números que devem deixar a franquia ao menos em condições de disputar o torneio play-in por uma das vagas adicionais aos playoffs.
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Cleveland Cavaliers: posição 27
Fotos: Divulgação/USA Basketball e Reprodução/Twitter USC Men’s Basketbal