PRÉVIA NBA 2021-2022: #17 New Orleans Pelicans
Com a chegada de Willie Green no comando técnico, expectativa do núcleo jovem alcançar seu potencial cresce na Louisiana
O New Orleans Pelicans é uma das equipes com maior núcleo de talento dentro da NBA, mas nas últimas temporadas tem acumulado eliminações frustrantes, muito pelas escolhas duvidosas para o comando técnico da franquia.
Os últimos dois técnicos dos Pelicans foram os veteranos Alvin Gentry e Stan Van Gundy e ambos conseguiram tirar pouco do elenco jovem da franquia, sendo que Van Gundy ainda saiu de New Orleans com diversos problemas no vestiário da equipe.
Por isso, o general manager David Griffin finalmente foi atrás de um treinador com um perfil mais jovem e com experiência em projetos de sucesso na NBA: Willie Green. Após se aposentar como jogador em 2015, Green foi assistente técnico de Steve Kerr no Golden State Warriors e de Monty Williams no Phoenix Suns.
Com essa bagagem vencedora, Green poderá trazer uma nova mentalidade ao vestiário dos Pelicans, que conta com peças do calibre de Zion Williamson e Brandon Ingram. Além delas, Griffin fez boas movimentações na offseason e adicionou o excelente pivô Jonas Valanciunas e o talentoso armador Devonte’ Graham.
Green ainda terá em suas mãos peças jovens e que ainda têm um potencial latente, como Nickeil Alexander-Walker, Kira Lewis Jr., Trey Murphy III e Naji Marshall, sendo esses dois últimos atletas que mostraram bom potencial na Summer League e G League nos últimos anos.
Outra chegada importante conseguida por Griffin foi a Mike D’Antoni para o cargo de supervisor técnico. Na temporada passada, D’Antoni foi muito importante no auxílio de Steve Nash no comando do Brooklyn Nets, sendo que em New Orleans o veterano treinador deve trabalhar mais focado no desenvolvimento das jovens estrelas.
Com todo esse cenário, os Pelicans se tornam uma das franquias com maior potencial de causarem surpresa dentro da NBA. Mesmo em uma equilibrada Conferência Oeste, o desenvolvimento das jovens peças pode colocar New Orleans na rota dos playoffs após três anos.
Principais chegadas: David Griffin foi ousado no mercado de trocas na offseason e trocou Lonzo Ball, Eric Bledsoe e Steven Adams por Jonas Valanciunas e Devonte’ Graham. Ambas as movimentações tornam o elenco mais completo.
Valanciunas é melhor nas duas pontas que Adams e pode ser um complemento muito interessante a Zion Williamson no garrafão, enquanto Graham teve um início meteórico com o Charlotte Hornets e mesmo sem a qualidade na armação de Ball, é um pontuador mais eficiente, em especial nos chutes do perímetro.
Principais saídas: As três peças que saíram nas trocas são nomes de impacto, mas nenhum vai deixar muitas saudades em New Orleans.
Eric Bledsoe veio apenas como um dos contrapesos após a saída de Jrue Holiday para o Milwaukee Bucks e nunca conseguiu se tornar o armador principal da equipe. Já Adams seguiu sem causar impacto ofensivo e defensivamente, foi muito exposto pelos principais pivôs da Conferência Oeste. Por fim, Lonzo Ball chegou com muitas esperanças do Los Angeles Lakers, mas sua irregularidade ofensiva e problemas no encaixe com Zion tornaram a manutenção do armador em New Orleans insustentável.
Ponto forte: É muito surpreendente que os Pelicans não tenham conseguido chegar aos playoffs nas últimas três temporadas com jogadores de nível All-Star como Zion Williamson e Brandon Ingram no elenco.
Zion é um atleta completo e mostrou na última temporada o quão dominante pode ser no garrafão, tendo as melhores médias de pontos no garrafão para um jogador na NBA desde Shaquille O’Neal na temporada 1999-2000. Já Ingram é um pontuador com muito talento, dentro e fora do garrafão, um estilo que combina muito bem com Zion. Tendo o auxílio de Graham, o ala pode se tornar uma arma ainda mais perigosa para as defesas adversárias.
Ponto fraco: Por mais que a defesa no garrafão tenha melhorado com a chegada de Jonas Valanciunas, os Pelicans ficaram entre as piores defesas da NBA nas últimas três temporadas. A Conferência Oeste tem alguns dos melhores ataques da NBA e os Suns demonstraram que uma defesa forte, mitigando as principais chaves do adversário, é fundamental para se ir longe nos playoffs.
Por isso, Green precisa ter muita atenção para fazer uma defesa mais eficiente, principalmente no perímetro. Se o trio de armadores-alas Graham, Alexander-Walker e Ingram conseguir fazer melhor trabalho para auxiliar o garrafão, os Pelicans podem ser uma força motriz dentro da Conferência Oeste.
Campanha em 2020-2021: 31 vitórias e 41 derrotas
Head coach: Willie Green (1ª temporada em New Orleans)
Provável quinteto titular: Devonte’ Graham, Nickeil Alexander-Walker, Brandon Ingram, Zion Williamson e Jonas Valanciunas
Franchise Player: Zion Williamson não é apenas a principal estrela dos Pelicans, mas se as lesões ficarem afastadas, o ala poderá se tornar um dos principais jogadores da NBA.
Jogando 61 dos 72 jogos feitos pelos Pelicans na última temporada, Zion demonstrou que pode ficar saudável e com isso suas médias chegaram a 27 pontos, 7,2 rebotes, 3,7 assistências, 61% de aproveitamento dos chutes de quadra e 29,4% nas bolas de três.
Além disso, Zion demonstrou grande talento para a finalização das jogadas no poste baixo. Esses recursos, somados à potência física do jogador tornam o ala uma arma ofensiva rara no basquete mundial.
Unicórnios como Shaq, LeBron James e Giannis Antetokounmpo deixaram seu legado com títulos e prêmios individuais na NBA. Essa dominância física é o caminho para a glória, resta saber se Zion Williamson vai conseguir seguir evoluindo para chegar a esse patamar.
Briga por: Mesmo sob nova direção com Willie Green, os Pelicans não têm mais tempo para esperar por reconstrução. O elenco precisa alçar voos mais altos e tem potencial e qualidade para isso. Com diversas dúvidas sobre as principais forças da Conferência Oeste, as chances de New Orleans voltar a receber um jogo de playoffs são consideráveis, com o recorde entre 40 e 50 vitórias um número possível para esse elenco.
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New Orleans Pelicans: posição 17
Fotos: Reprodução/Twitter New Orleans Pelicans; Reprodução/ Twitter New Orleans Hornets; Tom Pennington/Getty Images